Araçatuba - A Polícia Civil e a Polícia Federal de Bauru (SP) desarticularam um esquema de tráfico de drogas que eram trazidas do Mato Grosso do Sul para comercialização no Estado de São Paulo.

O esquema era investigado havia um ano, período em que a Polícia Civil prendeu 14 pessoas e apreendeu 1,3 tonelada de maconha e 50,5 quilos de cocaína, em Bauru e em cidades do Mato Grosso do Sul.

Nesta sexta-feira, 6, os agentes prenderam em operação 10 pessoas, todas de classe média e alta de Bauru, moradoras em condomínios fechados e de alto padrão, e o dono de uma revendedora de veículos.

"Isso comprova que veículos também eram usados como moeda para o pagamento dos carregamentos de drogas", disse o delegado Seccional de Bauru, Ricardo Luiz de Paula Martines.

De acordo com o delegado, o grupo, indiciado por associação ao narcotráfico, era responsável por financiar e coordenar a logística do tráfico.

"São pessoas de um nível mais elevado do narcotráfico, cujos nomes não apareciam entre os traficantes e nem eram de conhecimento dos pontos de venda de drogas", explicou.

"Era uma organização criminosa, cujos integrantes nunca colocavam a mão nas drogas, mas lucravam muito com o tráfico", completou.

Segundo o delegado, os suspeitos tinham padrão de vida elevado e alguns deles viviam exclusivamente com os recursos obtidos com o tráfico.

Durante a operação, também foram cumpridos 27 mandados de busca e apreensão.

Foram apreendidos diversos veículos, entre eles, três carros de luxo importados, avaliados em cerca de R$ 1 milhão, computadores, e R$ 11 mil em dinheiro, que estava guardado na casa de um dos suspeitos.

A polícia suspeita de participação do crime organizado no esquema, que funcionava a partir da cidade de Dourados (MS) onde a maconha e cocaína eram adquiridas, para depois serem distribuídas na região de Bauru e também levadas para grandes centros, como São Paulo e Rio de Janeiro.

Duas pessoas de Dourados que seriam responsáveis por abastecer os traficantes de Bauru foram presas.

Além delas, cinco suspeitos, que já estavam detidos, também tiveram a prisão temporária expedida pela Justiça, e outras cinco, fugiram dos agentes e investigadores.