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Ação da Cidadania e Cufa lançam campanha para ajudar os ianomâmis

Governo federal declarou emergência em saúde em território Ianomâmi

O território Yanomami é povoado por quase 27 mil pessoas de 8 povos, seis deles isolados (Ricardo Stuckert / PR) (Ricardo Stuckert/Agência Brasil)

O território Yanomami é povoado por quase 27 mil pessoas de 8 povos, seis deles isolados (Ricardo Stuckert / PR) (Ricardo Stuckert/Agência Brasil)

AB

Agência Brasil

Publicado em 23 de janeiro de 2023 às 14h52.

Última atualização em 23 de janeiro de 2023 às 15h02.

As organizações não governamentais (ONGs) Ação da Cidadania e Central Única das Favelas (Cufa) lançaram campanha de doação para ajudar no enfrentamento à situação de emergência sanitária dos povos que vivem na Terra Indígena Ianomâmi, em Roraima.

De acordo com a Ação da Cidadania, é preciso agir urgentemente para levar alimentos para o povo ianomâmi: “570 crianças ianomâmi morreram de fome nos últimos quatro anos e centenas de idosos e crianças estão em situação de desnutrição aguda, e esse número pode ser bem maior já que os órgãos que deveriam monitorar a situação foram completamente desestruturados”.

A ONG informou que está trabalhando em ação coordenada junto aos órgãos do governo federal, como o Ministério do Desenvolvimento Social e a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), entidades militares e locais para levar alimentos para os ianomâmis.

A Cufa se uniu à Frente Nacional Antirracista para promover um mutirão solidário para arrecadação de alimentos para os ianomâmi. Algumas lideranças das duas ONGs vão para Roraima acompanhar in loco a mobilização e a distribuição das doações.

“Não podemos ter informação do que está acontecendo com os ianomâmis e ficar de braços cruzados. Vamos usar toda a nossa capilaridade e capacidade de mobilização, como já fizemos em outras campanhas para ajudar ao máximo possível”, disse, em nota, Kalyne Lima, copresidenta da Cufa.

Quem quiser participar, pode doar nas sedes físicas da Cufa nos mais diversos lugares do país, pois nesta semana, estão saindo caminhões com doações de todo o Brasil rumo a Roraima, pelo pix ou pela vakinha.

“A nossa luta é por todos os povos. Não podemos ver o sofrimento desses irmãos indígenas, tão importantes para a construção da nossa sociedade, e não fazermos nada. A Frente Nacional Antirracista está junto com os ianomâmis”, afirmou Anna Karla Pereira, coordenadora da frente.

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