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Acampamento na porta da PF em Curitiba fica esvaziado

O clima entre moradores da região e manifestantes, que já foi tenso nos primeiros dias da prisão do petista, agora é mais ameno

Acampamento em abril: moradores ainda reclamam da mudança de rotina no bairro (Rodolfo Buhrer/Reuters)

Acampamento em abril: moradores ainda reclamam da mudança de rotina no bairro (Rodolfo Buhrer/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 15 de julho de 2018 às 10h22.

Curitiba - Depois de 100 dias da prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, após condenação na Lava Jato, o número de manifestantes que mantém a vigília "Lula Livre" no entorno do prédio da Superintendência da Polícia Federal (PF) em Curitiba passou de quase 2 mil por dia para 200 pessoas por semana. De acordo com a direção do PT, ao todo, cerca de 100 mil pessoas já passaram pelo local.

O clima entre moradores da região e manifestantes, que já foi tenso nos primeiros dias da prisão do petista, agora é mais ameno. A maior parte das pessoas que se concentram na porta da PF não dorme mais em barracas próximas, mas em alojamentos emprestados ou casas de amigos e parentes.

Mesmo assim, moradores ainda reclamam da mudança de rotina no bairro, já que as quadras estão protegidas por faixas de segurança, além das constantes manifestações de apoio ao ex-presidente. Todos os dias, os manifestantes gritam "bom dia", "boa tarde" e "boa noite" ao ex-presidente.

Amanhã deve haver uma audiência de conciliação promovida pelo Ministério Público, envolvendo PT e movimentos sociais, como CUT e MST, grupos de direita, como o Movimento Brasil Livre (MBL), e a Polícia Federal, para tratar do futuro da vigília pró-Lula.

"A gente não tem paz, não consegue sair de casa. Dizem que o ex-presidente é um preso político, mas na verdade hoje eu é que me sinto refém do PT", criticou a consultora de seguros Vivian Comin. Ela afirma que os apoiadores do petista intimidam moradores contrários à vigília.

Já a costureira Rosa de Fátima Trento Espíndola, também vizinha da vigília, apoia a causa e até auxilia os manifestantes com o seu trabalho. "Acho que os moradores acabaram entendendo que cada um tem seu livre arbítrio. Acredito que, em relação aos que não apoiam (o manifesto), a situação está mais tranquila", disse.As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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