STF: vídeo da reunião ministerial pode gerar um novo capítulo da crise política
Da Redação
Publicado em 22 de maio de 2020 às 06h27.
Última atualização em 22 de maio de 2020 às 06h50.
Chegou a hora da verdade. Nesta sexta-feira (22), acaba o prazo informado pelo decano do Supremo Tribunal Federal (STF), Celso de Mello, para sua decisão sobre a divulgação do vídeo de uma fatídica reunião ministerial.
A divulgação pode ser integral, como quer o ex-ministro Sergio Moro, ou parcial, como querem a Procuradoria Geral da República e a Advocacia-Geral da União.
De acordo com o que já circulou na imprensa sobre o material, a reunião do dia 22 de abril foi cheia de palavrões e deixa explícita a intenção do presidente Jair Bolsonaro de interferir na Polícia Federal em benefício de aliados e amigos.
Este foi o argumento citado por Moro para justificar sua demissão do Ministério da Justiça, que gerou o inquérito no STF, aberto a pedido da PGR, e que ficou sob responsabilidade de Mello.
O vídeo acabaria sendo entregue na sexta-feira (08) e exibido alguns dias depois exclusivamente aos advogados de Moro e membros da AGU, assim como a investigadores envolvidos no caso.
Nesta semana, foi a vez de Mello assistir. Agora, talvez chegue aos olhos do público, com potencial de gerar um novo capítulo da crise política na qual o presidente se meteu em meio à pandemia do novo coronavírus, que já deixou mais de 20 mil mortos no país.