Operário instalando cabos em um poste de energia elétrica em Santa Teresa, no Rio de Janeiro (Dado Galdieri/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 11 de agosto de 2014 às 18h24.
Brasília - Os puxadinhos e os gatos foram a causa da maioria dos acidentes com morte na rede elétrica no ano passado. A Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee) contabilizou 317 mortes em 2013, o maior número desde 2008, quando 329 óbitos foram registrados.
Desse total de 317 mortes, 101 foram registradas em ocorrências de construção e manutenção predial e 41 em casos de ligação clandestina.
De acordo com o presidente da Abradee, Nelson Leite, a maioria dos acidentes ocorre em obras da construção civil informal, principalmente nas periferias das cidades, os chamados "puxadinhos".
Também foram mencionados acidentes com obras de reforma, pintura e instalação de painéis e placas em estabelecimentos comerciais.
As ligações elétricas clandestinas, conhecidas como gatos, também são mais frequentes nas periferias, principalmente em áreas de invasão e proteção ambiental.
Depois dos puxadinhos e gatos, destacam-se as mortes relacionadas a incidentes envolvendo poda de árvore, com 16 casos, instalação de antenas de TV, com 13, e pipas, com 12.
Para diminuir o número de ocorrências, a Abradee lançou a 9ª Semana Nacional da Segurança da População com Energia Elétrica, com anúncios publicitários e dicas sobre prevenção na conta de luz dos consumidores.
Em 2012, a Abradee informou a ocorrência de 830 acidentes, com 297 mortes. Segundo a associação, há uma queda na taxa média de mortes de 1,5% ao ano desde 2001, quando foram registradas 381 mortes.
Entre 2007 e 2013, foram registradas 310 mortes por ligação clandestina. Segundo a Abradee, 32% delas ocorreram na Região Norte, que atende apenas 8% da população. Em contrapartida, 19% dos óbitos ocorreram no Sudeste, que atende 42% da população.