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"Abin paralela": CGU abre processos contra servidores da PF que atuaram na gestão de Ramagem

Três agentes serão investigados por se ausentarem ao serviço por mais de 60 dias entre os anos de 2021 e 2022

Controladoria-Geral da União (CGU) (Divulgação/Divulgação)

Controladoria-Geral da União (CGU) (Divulgação/Divulgação)

Agência o Globo
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Agência de notícias

Publicado em 11 de abril de 2024 às 08h58.

A Controladoria-Geral da União (CGU) abriu processos administrativos disciplinares (PADs) contra três servidores do Departamento de Polícia que serão investigados por se ausentarem ao serviço por mais de 60 dias entre os anos de 2021 e 2022, quando estiveram cedidos à Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

Como o GLOBO revelou em março do ano passado, nesse período a Abin utilizou um programa secreto chamado FirstMile para monitorar a localização de alvos pré-determinados por meio dos aparelhos celulares. Após a reportagem, a Polícia Federal abriu um inquérito e identificou que a ferramenta foi utilizada para monitorar políticos, jornalistas, advogados e adversários do governo Bolsonaro.

De acordo com a PF, além de policiais federais e servidores da Abin, o então diretor da pasta à época, Alexandre Ramagem, e o vereador do Rio Carlos Bolsonaro são investigados por suposta participação na chamada “Abin paralela”. Em janeiro, eles foram alvos de mandados de busca e apreensão. Ambos negam os crimes.

Segundo a CGU, as condutas de Marcelo Araújo Bormevet, Felipe Arlotta Freitas e Eliomar da Silva Pereira serão analisadas nos PADs, conforme determina a Lei nº 8.112/1990. Ainda segundo a pasta, serão garantidos aos envolvidos o direito à ampla defesa e ao contraditório. O prazo de conclusão dos trabalhos é de 60 dias, prorrogáveis por igual período.

Ainda segundo a CGU, os servidores estão suspensos de exercerem suas funções públicas, em virtude de decisão do Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), proferida em 25 de janeiro e relacionada com a investigação sobre a “Abin paralela”.

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