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Abin monitora riscos para a Copa do Mundo

A Agência Brasileira de Inteligência está acompanhando as manifestações para avaliar o risco de intensificação dos protestos perto da Copa


	Protesto no Rio de Janeiro: o acompanhamento começou a ser feito no ano passado, durante as manifestações de junho
 (Fernando Frazão/ABr)

Protesto no Rio de Janeiro: o acompanhamento começou a ser feito no ano passado, durante as manifestações de junho (Fernando Frazão/ABr)

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Da Redação

Publicado em 13 de fevereiro de 2014 às 07h08.

Brasília - A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) está acompanhando as manifestações no Rio e em outras cidades brasileiras para avaliar o risco de intensificação dos protestos, especialmente mais perto da Copa do Mundo. A avaliação da agência é de que a situação deve piorar conforme o evento se aproxima, especialmente pela visibilidade trazida pela própria Copa.

A possibilidade de manifestações é um dos fatores de risco levantados pela Abin para os Cenários - relatórios sobre questões de segurança e de organização que podem atrapalhar a organização de grandes eventos.

Desde 2013, o risco de ações por parte dos chamados "grupos de pressão" já era classificado como alerta vermelho entre as "fontes de ameaça" analisadas, juntamente com questões como acidentes de trânsito e criminalidade.

A agência está acompanhando a "temperatura" das manifestações e a possibilidade de crescimento usando o que chama de fontes abertas: redes sociais como Facebook e Twitter, depoimentos policiais e acompanhamento de partidos e outras organizações. A intenção é verificar riscos, tamanho, infiltrações de partidos políticos e financiamento dos protestos.

O acompanhamento começou a ser feito no ano passado, durante as manifestações de junho, e foi incorporado ao que já era feito nos Cenários para a Copa. Quando as manifestações contra o governo eclodiram, a falta de informações causou uma crise no governo.

Envolvidos com a segurança da Copa, os agentes de inteligência teriam negligenciado o acompanhamento dos movimentos sociais e de informações que mostravam o crescimento do que começou como manifestação contra o aumento da passagem de ônibus.

Na época, uma força-tarefa foi montada para começar a acompanhar as redes sociais, onde as ações começavam, e o acompanhamento foi incorporado ao Mosaico, sistema online de acompanhamento de cerca de 700 temas definidos pelo ministro-chefe do GSI, general José Elito.

Como o Estado revelou no mês passado, a Abin terá um esquema especial para a Copa do Mundo. Portaria publicada no fim de 2012 por Elito determinou que, para a competição e outros eventos, sejam estabelecidos um Centro de Inteligência Nacional em Brasília, Centros de Inteligência em cada uma das cidades-sede e um Centro de Inteligência de Serviços Estrangeiros.

Nele, atuarão "representantes dos serviços de inteligência estrangeiros acreditados no Brasil ou os que venham a ser especialmente designados para acompanhar a realização dos grandes eventos". O centro possivelmente ficará no Rio e seu foco será contraterrorismo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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