EXAME.com (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 30 de abril de 2014 às 13h23.
São Paulo – Após a intensa movimentação nas redes sociais observada nos últimos dois dias, a petição online que pede a saída de Renan Calheiros (PMDB-AL) da presidência do Senado ultrapassou um milhão de assinaturas por volta das 15h25 de hoje. O organizador do abaixo- assinado na plataforma de mobilização social Avaaz promete enviá-la ao próprio Senado e à Presidência da República quando ela atingir 1,3 milhão de votos.
O número refere-se a 1% do eleitorado nacional e é o montante exigido para que os cidadãos possam protolocar projetos de iniciativa popular no Congresso.
No caso da petição, no entanto, não há qualquer utilidade no número. O organizador da mobilização, Emiliano Magalhães, diz que pretende usá-lo para pressão política.
“Poderemos causar um rebuliço na mídia, desafiar as restrições desta iniciativa popular e exigir a revogação do presidente do Senado, Renan Calheiros”, afirma ele no texto de apresentação do abaixo-assinado.
Validade
É possível, no entanto, que parte das assinaturas não sejam válidas. No Facebook, um homem disse que assinou a petição duas vezes. “Apenas usei dois emails diferentes”, escreveu o internauta. Dos EUA, alguém assinou sob o nome de Barack Obama.
A Avaaz afirma que mantém mecanismos para coibir assinaturas duplicadas ou que forneçam e-mails inexistentes.
A pressão contra Renan Calheiros tem aumentado nas mídias sociais. O primeiro abaixo-assinado contra ele, que buscava impedir sua chegada à presidência do Senado, teve menos de 500 mil assinaturas.
Em 2010, quando reelegeu-se senador, Renan obteve 840 mil votos.
Agora escolhido pelos pares novamente para presidir a Casa, cargo ao qual havia renunciado em 2007, ele pode ter um inquérito aberto no Supremo Tribunal Federal sobre o suposto uso de notas frias para justificar sua capacidade financeira em pagar a pensão da filha com a jornalista Mônica Veloso.
A denúncia foi feita pela Procuradoria Geral da República, que o acusa de peculato (desvio de dinheiro público), falsidade ideológica e uso de documento falso.
EXAME.com entrou em contato com a assessoria do senador para que ele pudesse se pronunciar sobre a petição, mas não obteve retorno até o fechamento desta reportagem.
Atualizado às 12h do dia 13/02 com informações da Avaaz