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A um ano da Copa, Fifa diz haver tempo para obras que faltam

O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke disse nesta quarta-feira que a federação internacional está satisfeita com o que foi feito até agora

"O que estávamos esperando para a Copa das Confederações foi feito, e o que temos que fazer para a Copa do Mundo ainda temos 12 meses a fazer", disse Valcke  (Tomaz da Silva/ABr)

"O que estávamos esperando para a Copa das Confederações foi feito, e o que temos que fazer para a Copa do Mundo ainda temos 12 meses a fazer", disse Valcke (Tomaz da Silva/ABr)

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Da Redação

Publicado em 12 de junho de 2013 às 17h00.

Rio de Janeiro - A Copa das Confederações começa no sábado com só seis estádios prontos dos 12 necessários para o Mundial de 2014 e sem as principais obras de infraestrutura prometidas pelo governo para a Copa do Mundo. Apesar disso, a Fifa garantiu que os exatos 12 meses até o início do torneio são suficientes para concluir os preparativos.

O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, autor da emblemática frase do "chute no traseiro" usada para cobrar mais agilidade dos preparativos do Brasil, disse nesta quarta-feira que a federação internacional está satisfeita com o que foi feito até agora, e ressaltou que ainda há um ano para concluir o que falta.

Os jogos da Copa das Confederações acontecem em seis das 12 cidades-sede do Mundial, de 15 a 30 de junho, como forma de preparação para o grande evento do ano que vem. No entanto, as obras de mobilidade urbana, de reforma de aeroportos e os projetos de tecnologia não ficaram prontos a tempo para serem utilizados agora, e a previsão é que estarão concluídos somente em 2014.

"O que estávamos esperando para a Copa das Confederações foi feito, e o que temos que fazer para a Copa do Mundo ainda temos 12 meses a fazer", disse Valcke a jornalistas.

O secretário estava acompanhado de Pelé e do ministro do Esporte, Aldo Rebelo, em um evento na praia de Copacabana para marcar a contagem regressiva de um ano para a Copa do Mundo, em que foi inaugurado um relógio desenhado pelo arquiteto Oscar Niemeyer.

Em balanço das obras divulgado em dezembro do ano passado, o governo informou que nenhum de 53 projetos de mobilidade urbana para a Copa estava pronto, e que a maioria tinha prazo de conclusão em maio de 2014, a um mês do início do Mundial. Nos aeroportos, dos 30 projetos relacionados ao Mundial só oito estavam prontos.

Desde o princípio da preparação brasileira, a Fifa sempre estabeleceu como maior preocupação as obras nos aeroportos e de transportes nas cidades-sede do Mundial, argumentando que o país não apresentava a infraestrutura necessária para receber de 600 mil a 1 milhão de turistas estrangeiros esperados para a competição do ano que vem.


Sem plano B

Como apenas dois dos seis estádios da Copa das Confederações ficaram prontos dentro do prazo de dezembro do ano passado, as arenas também passaram a ser alvo de preocupação. O Maracanã e o Estádio Nacional Mané Garrincha, por exemplo, só puderam ser testados a menos de um mês do início da competição.

De acordo com Valcke, a situação das arenas está resolvida e as seis restantes para a Copa do Mundo ficarão prontas até dezembro deste ano.

"Isso vai acontecer", disse Valcke. "Não há plano B, não há outra solução a não ser ter os 12 estádios. Os 12 estádios são o que todos estão falando, e nesse meio tempo temos que garantir que quando as pessoas vierem ao Brasil, será fácil para elas virem ao Brasil, e é nisso que estamos trabalhando." Segundo o ministro Aldo, o país realizou um grande esforço para construir os estádios, melhorar a infraesterutura e os aeroportos, para "fazer com que as 12 cidades-sede possam receber os turistas e as seleções cumprindo a grande expectativa que cerca uma Copa do Mundo no Brasil".

Sobre os aeroportos, Valcke disse que a Fifa está de acordo com os planos do governo de utilizar instalações temporárias para atender o público esperado para a Copa do Mundo. Na Copa das Confederações não existe a expectativa de problemas aéreos porque somente 3 por cento dos ingressos foram vendidos para torcedores de fora do país.

"Vamos trabalhar para ter certeza que teremos as instalações temporárias para garantir que o fluxo de pessoas seja bom, vai tudo acontecer bem, vai dar certo. Há um entendimento claro de todas as partes do que precisa ser feito."

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