Brasil

A seis meses das eleições, Lula quer liberação de recursos a prefeituras para obras

As ordens de serviço para a construção de encostas contarão com investimento de R$ 40 milhões a partir de convênio entre a gestão municipal e o Ministério das Cidades

Ao lado de Lula, participou o prefeito da capital, João Campos (PSB) (Ricardo Stuckert / PR/Divulgação)

Ao lado de Lula, participou o prefeito da capital, João Campos (PSB) (Ricardo Stuckert / PR/Divulgação)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 5 de abril de 2024 às 12h03.

Última atualização em 5 de abril de 2024 às 12h34.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira 5, no Recife, onde cumpriu agenda pela manhã, que, muitas vezes no governo federal, as áreas responsáveis pela liberação de dinheiro são “mão de vaca” e não querem liberar recursos. A seis meses das eleições municipais, Lula quer que a gestão federal libere o dinheiro para que os prefeitos sejam capazes de fazer as obras necessárias em suas regiões.

“Muitas vezes no governo, sobretudo na parte do governo que trabalha com finança, e isso vale para política, para clube de futebol, para sindicato, para associação de moradores, quem está cuidando do dinheiro fica muito mão de vaca, quem está cuidando do dinheiro não quer liberar dinheiro para nada, tudo é muito complicado, tudo demora”, disse no evento de assinatura de ordens de serviço para construção de encostas no Recife.

Investimentos para obras no Brasil

As ordens de serviço para a construção de encostas contarão com um investimento de R$ 40 milhões a partir de convênio entre a gestão municipal e o Ministério das Cidades. Ao lado de Lula, participou o prefeito da capital, João Campos (PSB), com quem o chefe do Executivo estuda um apoio à reeleição a Recife nas eleições municipais.

“É muito importante que os prefeitos tenham recursos para fazer as obras que são consideradas necessárias”, acrescentou. Na fala, Lula defendeu que sejam feitos investimentos em obras que antecipem tragédias, como enchentes. “Uma obra dessa que custa R$ 40 milhões tem valor, quem sabe, mais importante de uma obra que custa R$ 15 bilhões, R$ 20 bilhões”, defendeu.

Segundo Lula, no governo, há o agravante de que “funcionários” responsáveis pela liberação dos recursos “começaram a ficar com medo de liberar dinheiro”. “Porque, como todo mundo acusa todo mundo, quando um funcionário libera um dinheiro e é acusado, ele tem que abrir um processo e é ele quem tem que pagar os custos do advogado”, disse.

“Então, muitas vezes ele [funcionário] fala: ‘Ah, esse ministro chegou aqui com pressa, pensa que manda, mas ele só tem 4 anos, eu tenho 20’”, citou Lula. Segundo o chefe do Executivo, a função do governo federal é fazer com que o dinheiro “chegue na ponta”.

Após agenda no Recife, Lula segue para Juazeiro do Norte, no Ceará. Às 11h, de acordo com a agenda presidencial, ele participa da cerimônia de assinatura de ordem de serviço para implantação do Ramal do Salgado, parte da transposição do rio São Francisco, e visita as obras da Ferrovia Transnordestina, em Iguatu (CE). Às 12h50, de acordo com a agenda, o presidente da República retorna para Brasília.

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