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A relação perigosa do brasileiro com o álcool e o volante

Desde 2012, o percentual de adultos que admitem manter o hábito de beber e dirigir nas capitais do país caiu em 22%. Veja o infográfico.

Caneca de cerveja (Thinkstock)

Caneca de cerveja (Thinkstock)

Valéria Bretas

Valéria Bretas

Publicado em 11 de julho de 2016 às 09h37.

Última atualização em 9 de agosto de 2019 às 16h04.

São Paulo – Desde 2012, quando o governo aplicou uma política de tolerância zero para quem insistir em dirigir depois do consumo de bebidas alcóolicas, a proporção de adultos que admitem manter tal hábito nas capitais brasileiras caiu em 22%.

De acordo com a pesquisa Vigilância de Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), em 2015, 5,5% dos moradores das capitais admitiram que pegavam no volante depois de ingerir qualquer quantidade de álcool.

A mistura de álcool e volante é mais comum entre os homens: 9,8% afirmaram cometer a infração, enquanto que apenas 1,8% da população feminina abusava da combinação.

O endurecimento da Lei 11.705/2008, também conhecida como Lei Seca, veio em dezembro de 2012. Com a decisão, o valor da multa para o motorista que bebe antes de dirigir passou de R$ 957,65 para R$ 1.915,30 – no caso de reincidência dentro de 12 meses, o valor é dobrado.

Além disso, a regra anterior livrava o condutor da multa caso o nível alcóolico detectado pelo bafômetro fosse de até 0,1 miligrama de álcool por litro de ar. A política de tolerância zero reduziu o limite para 0,05 mg/l de ar expelido.

Entre as capitais, Florianópolis é a que apresentou o maior percentual (13%) de entrevistados com mais de 18 anos que declararam assumir a direção após o consumo de álcool. Em contrapartida, Recife (2,6%), Maceió (2,9%) e Vitória (3,2%) são as que menos arriscam.

Veja, no infográfico, um retrato dessa combinação perigosa.

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