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A princípio não há possibilidade de delação, diz advogado de Eike

O empresário deixou a sede da Polícia Federal na noite desta terça-feira, 31, depois de ser ouvido formalmente pelos agentes federais

Eike: esse é o primeiro depoimento de Eike desde que foi preso (Ueslei Marcelino/Reuters)

Eike: esse é o primeiro depoimento de Eike desde que foi preso (Ueslei Marcelino/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 31 de janeiro de 2017 às 20h59.

Rio de Janeiro - O empresário Eike Batista deixou a sede da Polícia Federal na noite desta terça-feira, 31, depois de ser ouvido formalmente pelos agentes federais pela primeira vez depois da sua prisão. Ele permaneceu 3h45 na superintendência, na zona portuária.

Na saída, Eike foi escoltado pelo estacionamento até o carro da PF que o levará de volta à Cadeia Pública Bandeira Stampa, conhecida como Bangu 9, no Complexo Penitenciário de Gericinó, na zona oeste. Curiosos acompanharam a saída, mas não houve manifestações hostis, como ocorreu na chegada do empresário.

Os procuradores Eduardo El Hage e Leonardo de Freitas, coordenador da força-tarefa da Lava Jato no Rio, já haviam deixado o local. A Polícia Federal informou que não divulgará o teor do depoimento do empresário.

O advogado de Eike, Fernando Martins, disse na tarde desta terça-feira que "a princípio não há possibilidade de delação" por parte do empresário. Ele aguardava a chegada de Eike para acompanhá-lo no depoimento.

Eike Batista chegou às 14h45 para depor na Delegacia de Combate à Corrupção. Preso desde segunda-feira, 30, ele chegou em uma caminhonete preta da PF, escoltado por outra viatura.

Algumas pessoas esperavam a chegada do lado de fora e entoaram gritos de "ladrão, ladrão" no momento do desembarque. Eike estava com uniforme de preso: calça jeans, camiseta e sandálias.

Entre os curiosos que foram à sede da PF, um homem estava fantasiado do super-herói Thor, mesmo nome de um dos filhos do ex-bilionário.

Esse é o primeiro depoimento de Eike desde que foi preso. A autorização para o depoimento foi dada pela juíza Débora Valle de Brito, substituta da 7ª Vara Federal.

Antes de embarcar para o Brasil, Eike sinalizou em entrevistas que pretende colaborar com as investigações, ao afirmar que vai mostrar "como as coisas são".

Martins chegou a dizer, na porta do presídio Ary Franco, no Rio, que ainda não teria uma estratégia de defesa definida. A expectativa é que ele opte por uma delação premiada, mas, para isso, terá que negociar com o Ministério Público Federal (MPF).

Visitas

A Secretaria de Administração Penitenciária (SEAP) disse que, até às 16h nesta terça-feira, nenhum familiar registrou pedido de visitação do empresário Eike Batista, no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na zona oeste do Rio.

O processo leva pelo menos 15 dias da entrada do pedido à concessão de autorização para visita. (Colaborou Constança Rezende)

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