Mantega: o julgamento foi adiado e será reaberta a fase de coleta de provas (Ueslei Marcelino/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 4 de abril de 2017 às 12h31.
Brasília - O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) acatou o pedido da defesa da ex-presidente Dilma Rousseff e deferiu o pedido para que o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega seja ouvido no âmbito da ação que pede a cassação da chapa Dilma-Temer por abuso de poder político e econômico em 2014. Com isso, o julgamento foi adiado e será reaberta a fase de coleta de provas.
Também foram deferidos os pedidos para que João Santana, Mônica Moura e André Santana sejam ouvidos. Somente após a colheita dos depoimentos é que passará a contar o novo prazo de 5 dias para as alegações finais da defesa da ex-presidente Dilma.
Flávio Caetano, advogado da ex-presidente Dilma Rousseff, apresentou uma questão de ordem no início da sessão solicitando mais tempo para a defesa. O prazo dado pelo relator, ministro Herman Benjamin, havia sido de dois dias, mas a defesa da petista pediu cinco dias de prazo. Segundo Caetano, na "reta final houve um atropelo". "O direito de defesa não foi respeitado", afirmou o advogado.
A pressa do ministro Herman Benjamin, que é relator do processo, em liberar para julgamento a ação incomodou integrantes do (TSE), segundo apurou o jornal O Estado de S. Paulo.
Pelo menos dois ministros criticaram reservadamente o prazo de 48 horas fixado por Herman Benjamin para que o PSDB - responsável por mover a ação contra a chapa - e as defesas de Dilma e Temer apresentassem suas alegações finais.
"O ideal seria cinco dias. A decisão dele não atendeu aos critérios da razoabilidade", afirmou um ministro antes da sessão desta terça-feira, 4.