Brasil

A partir de hoje nenhum candidato às eleições pode ser preso

Segundo o Código Eleitoral, a não ser em caso de flagrante, nenhum candidato pode ser preso a partir deste sábado. A proibição visa impedir o uso político de prisões


	Para garantir que a eleição não seja prejudicada por uso político de prisões, ninguém pode ser preso a partir do dia 30
 (Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas)

Para garantir que a eleição não seja prejudicada por uso político de prisões, ninguém pode ser preso a partir do dia 30 (Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de setembro de 2014 às 06h00.

São Paulo - A partir de hoje, nenhum candidato a um cargo nas eleições desde ano pode ser preso. Segundo o artigo 236 do Código Eleitoral, há uma exceção para caso de flagrantes. Mesários e fiscais de partido gozam da mesma proteção.

A partir do dia 30 de setembro, todos os eleitores terão o mesmo benefício, que vigorará até 48 horas depois do encerramento das votações. Neste período, nenhuma autoridade poderá prender qualquer eleitor. Há exceções para flagrantes, sentença criminal condenatória por crime inafiançável ou ainda desrespeito à salvo-conduto.

A medida, que está presente desde o Código Eleitoral de 1932, tem o objetivo de garantir que a eleição não seja prejudicada por conta do uso político de prisões e abusos de autoridade.

O Código Eleitoral de 1932 vedava a prisão de eleitor nos cinco dias antes ao início da eleição e  até 24 horas após o seu encerramento, salvo na única hipótese de flagrante delito. Anos mais tarde, em 1950, foi incluída a garantia também aos candidatos, que tiveram a restrição ampliada para desde 15 dias antes do início da eleição. 

Os 15 dias foram estabelecidos por este ser um periodo decisivo para a eleição, já que muitos eleitores tendem ter certeza do voto durante o período. 

O desrespeito à salvo-conduto só foi incluído como exceção à regra em 1965 no Código Eleitoral que vigora até hoje. 

Acompanhe tudo sobre:EleiçõesEleições 2014Política no BrasilTSE

Mais de Brasil

Dino determina que cemitérios cobrem valores anteriores à privatização

STF forma maioria para permitir símbolos religiosos em prédios públicos

Governadores do Sul e do Sudeste criticam PEC da Segurança Pública proposta por governo Lula

Leilão de concessão da Nova Raposo recebe quatro propostas