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A nova Previdência; Irã x Trump…

Reforma da Previdência O brasileiro poderá se aposentar só depois de completar 65 anos de idade e 25 anos de contribuição para ter direito à aposentadoria. A mudança, que já era esperada, está prevista na proposta de reforma da Previdência apresentada nesta terça-feira. Para ter direito ao benefício integral, o trabalhador precisará contribuir 49 anos. […]

ADRIANA ANCELMO: ex-primeira-dama do Rio foi presa pela Operação Calicute / Ricardo Moraes/ Reuters (Ricardo Moraes/Reuters)

ADRIANA ANCELMO: ex-primeira-dama do Rio foi presa pela Operação Calicute / Ricardo Moraes/ Reuters (Ricardo Moraes/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 7 de dezembro de 2016 às 05h55.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h55.

Reforma da Previdência

O brasileiro poderá se aposentar só depois de completar 65 anos de idade e 25 anos de contribuição para ter direito à aposentadoria. A mudança, que já era esperada, está prevista na proposta de reforma da Previdência apresentada nesta terça-feira. Para ter direito ao benefício integral, o trabalhador precisará contribuir 49 anos. As novas regras valem para mulheres de até 45 anos e homens até 50. Para quem estiver acima desse patamar, haverá regra de transição. Segundo o governo, a reforma promoverá uma economia de cerca de 678 bilhões de reais em dez anos. Em 2018, a economia projetada é de 4,6 bilhões de reais.

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Quem é afetado pela reforma

Pela reforma apresentada, policiais civis e federais passarão a ser submetidos à regra de idade mínima de 65 anos. O políticos, que hoje têm critérios especiais de aposentadoria, também passam a obedecer às regras do INSS. Os trabalhadores rurais, que até agora não eram obrigados a contribuir para o INSS, terão de fazer contribuições para se aposentar. A alíquota do rural será obrigatória, mas a ideia é que seja baixa — já a idade mínima também será dos 65 anos. Já policiais militares e bombeiros não estão incluídos, já que respondem a regra previdenciárias estaduais.A reforma já está no Congresso e o governo espera que seja aprovada até meados do ano que vem.

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Combustível: quem paga é o consumidor

Era previsível, menos de 24 horas após a Petrobras elevar os preços da gasolina e do diesel, a conta já está sendo repassada ao consumidor. Segundo o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de São Paulo (Sincopetro), o repasse médio até agora é de 0,10 por litro de gasolina e de 0,15 por litro de diesel. Vale lembrar que, nos dois últimos meses, quando a Petrobras promoveu cortes nos preços, não houve redução no preço de venda aos postos e a queda não chegou ao consumidor. Até a última sexta, sete semanas após o primeiro corte, o preço da gasolina para o consumir havia caído apenas 0,03% e o do diesel, 0,9%.

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Veículos: a saída é exportar?

Pela primeira vez no ano a produção de veículos mensal no Brasil ficou acima de 200.000 unidades. Em novembro, segundo dados da Anfavea, a produção de veículos foi de 213.000 — uma alta de 21,8% na comparação com o mesmo mês de 2015 e de 22,4% na comparação com outubro de 2016. Já as vendas de veículos caíram 12% na comparação mensal — para 178.000 veículos. Já as exportações de veículos cresceu 56,4% e chegou a 57.000 veículos — o melhor mês desde agosto de 2013. Enquanto isso a venda de máquinas agrícolas e rodoviárias cresceu 61,3% em novembro ante o mesmo mês do ano passado. Já na comparação com outubro as 3.603 unidades vendidas representam um recuo de 25,2%.

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Mulher de Cabral presa

A advogada Adriana Ancelmo, esposa do ex-governador do Rio de Janeiro Sergio Cabral (PMDB), foi presa nesta terça-feira pela Operação Calicute. A prisão é de caráter preventivo, determinada pelo juiz Marcelo Bretas, da 7a Vara Federal Criminal do Rio. No pedido de detenção, o Ministério Público Federal entende que a ex-primeira-dama recebeu propinas de Cabral por meio de seu escritório de advocacia e teria lavado mais de 6,5 milhões de reais com a compra de joias entre 2007 e 2016. Também nesta terça, Adriana e Cabral viraram réus por participação no esquema de corrupção que teria desviado 224 milhões de reais de contratos públicos do estado.

Conflito no Rio

Servidores públicos do Estado do Rio e a Polícia Militar entraram em confronto nesta terça-feira em manifestação contra as medidas de ajuste fiscal propostas pelo governo de Luiz Fernando Pezão. Houve tentativa de tomada do prédio da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), onde deputados estaduais votavam a proposta. A Polícia respondeu com bombas de gás lacrimogênio. Os parlamentares já aprovaram hoje o corte de 30% no salário do governador, o fim da frota de carros oficiais e a proibição de realizar sessões solenes no plenário à noite.

O futuro da Itália

Fontes ligadas ao presidente italiano, Sergio Mattarella, afirmam que o mandatário deverá iniciar conversações na quinta-feira 8 para tentar formar um novo governo sem a necessidade de eleições. Mas a oposição pede eleições diretas o mais rápido possível, e a expectativa é que um pleito ocorra em fevereiro. O atual premiê, Matteo Renzi, renunciou ao cargo no domingo — depois de ter sua proposta de reforma constitucional rejeitada por 59,1% dos eleitores num referendo no próprio domingo —, mas o Mattarella pediu a Renzi que permaneça no cargo até que a lei orçamentária de 2017 seja aprovada. O texto já passou pela Câmara e começará a ser votado no Senado nesta quarta-feira.

Irã x Trump

O presidente do Irã, Hassan Rouhani, disse que não vai “deixar” que Donald Trump rompa o acordo nuclear entre iranianos e americanos. “Vocês acham que nós e nosso país vamos deixar que ele faça isso?”, disse em pronunciamento na televisão. Pelo tratado, o Irã comprometeu-se a reduzir sua atividade nuclear. Trump considera a medida “um desastre” e “o pior acordo já negociado”. A renovação de sanções impostas pelos Estados Unidos ao Irã por mais dez anos é outro ponto que irrita os iranianos — a medida foi aprovada no Congresso na semana passada e ainda precisa ser assinada pelo presidente Barack Obama.

Merkel: sem véu

A chanceler alemã, Angela Merkel, foi escolhida novamente para liderar o partido conservador União Democrática Cristã (CDU), durante as convenções da legenda nesta terça-feira. Assim, ela será a representante da CDU nas eleições de 2017, quando tentará seu quarto mandato. Em discurso após a vitória, Merkel arrancou aplausos da plateia ao defender a proibição do uso de véus que cubram o rosto — como a burca —, dizendo que a vestimenta não é “apropriada”. Em 2011, a França já havia tentando banir o véu, mas a decisão foi barrada em 2014 por órgãos de direitos humanos da União Europeia.

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