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A Lava Jato não está ameaçada, afirma Cármen Lúcia

Cármen Lúcia negou riscos à Lava Jato mesmo com as recentes revogações de prisões preventivas de condenados em primeira instância pelo juiz Sérgio Moro

Cármen Lúcia: "a Lava Jato não está ameaçada, não estará" (Adriano Machado/Reuters)

Cármen Lúcia: "a Lava Jato não está ameaçada, não estará" (Adriano Machado/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 3 de maio de 2017 às 06h38.

Última atualização em 3 de maio de 2017 às 11h13.

São Paulo - A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, garantiu que a Operação Lava Jato não corre riscos, mesmo com as recentes revogações de prisões preventivas de condenados em primeira instância pelo juiz Sérgio Moro.

"A Lava Jato não está ameaçada, não estará. Eu espero que aquilo que cantei como hino nacional a vida inteira, nós do Supremo saibamos garantir aos senhores cidadãos brasileiros, de quem somos servidores: verás que um filho teu não foge à luta", afirmou a ministra em entrevista ao programa "Conversa com Bial", da Rede Globo, na madrugada desta quarta-feira, 3.

A descontraída conversa com o apresentador Pedro Bial foi gravada na segunda-feira, 1 - antes, portanto, da decisão do STF que deu liberdade ao ex-ministro José Dirceu, na terça-feira, 2. Na semana passada, o Supremo mandou soltar outros três presos: o pecuarista José Carlos Bumlai, o ex-tesoureiro do PP João Cláudio Genu e o empresário Eike Batista.

A ministra também foi questionada pelo apresentador sobre a possibilidade do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva ser candidato à Presidência em 2018, mas preferiu não avaliar a situação jurídica do petista.

"Depende se ele for réu em primeira instância, se for em segunda instância, se o TSE, a Justiça Eleitoral, vai decidir sobre a Lei da Ficha Limpa... Não há como, abstratamente, dizer isto", explicou. A ministra ainda afirmou que a legislação eleitoral a ser aplicada em 2018 pode mudar até 16 de setembro.

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