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A ética é a única forma de viver sem o caos, diz Cármen Lúcia

Para a presidente do STF, o Brasil precisa mudar para ser o que está na Constituição e voltar a ter a confiança da população

Cármen Lúcia: a ministra disse que não quer "mudar do Brasil", mas "mudar o país" (Ueslei Marcelino/Reuters)

Cármen Lúcia: a ministra disse que não quer "mudar do Brasil", mas "mudar o país" (Ueslei Marcelino/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 15 de agosto de 2017 às 13h04.

São Paulo - A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, afirmou durante palestra em São Paulo, que a ética é a única forma de viver sem o caos e declarou que gosta e confia no Brasil, mas não da forma que o País está no momento. "Quero mudar o Brasil para ele ser o que está na Constituição."

A ministra disse que não quer "mudar do Brasil", mas "mudar o país", o que arrancou aplausos da plateia do evento, que lotou o auditório de um hotel em São Paulo. Cármen Lúcia disse que não concorda com a visão de que é possível viver sem a política. O importante é mudar a forma como se faz política hoje no Brasil.

O Judiciário, afirmou a presidente do STF, não pode ter corrupção. "A corrupção corrói as instituições e deteriora a economia", disse a ministra, ressaltando que esta prática é crime e precisa ser combatida.

Cármen Lúcia defendeu que o Brasil tem capacidade de fazer boas leis, que chegam a ser imitadas por outros países, mas a dificuldade é o cumprimento destas normas.

"Precisamos dar resposta coerente ao que a sociedade espera do Judiciário", disse ela. A ministra afirmou não querer ver o paradoxo de o direito impor penas e os acusados escaparem ilesos ou ainda de impor moralidade e ver os direitos sendo atropelados.

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