TEMER: o reconhecimento popular depende dos efeitos benéficos do novo governo / Marcelo Camargo/Agência Brasil
Da Redação
Publicado em 16 de maio de 2016 às 07h08.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h00.
A entrevista de Temer
O presidente interino Michel Temer deu uma entrevista ao “Fantástico” neste domingo. Questionado sobre a ausência de mulheres em seu governo, ele disse que, além de sua chefe de gabinete, terá mulheres em três cargos importantes: secretarias de Cultura, Cidadania e Ciência e Tecnologia. Temer disse que sua nova equipe ministerial é “notável politicamente e administrativamente” ao ser perguntado sobre a distribuição de cargos entre aliados. Reconheceu não ser um político popular, e disse que isso virá “se o novo governo trouxer efeitos benéficos ao país”. Perguntado se afastaria seu ministro do Planejamento, Romero Jucá, caso ele vire réu na Lava-Jato, disse que vai “examinar”. Por fim, voltou a negar que será candidato em 2018.
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120 bilhões
O governo de Michel Temer trabalha com um rombo orçamentário de até 120 bilhões de reais, muito acima dos 96,7 bilhões admitidos pela equipe de Dilma Rousseff, segundo o jornal Folha de S. Paulo. O novo número vai ser a base da discussão da meta fiscal e deve ser pauta de conversa do ministro do Planejamento, Romero Jucá, com o presidente do Senado, Renan Calheiros. Para evitar um bloqueio do orçamento, o número final deve ser aprovado até o próximo domingo, dia 22.
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Moraes e a PGR
Alexandre de Moraes, o novo ministro da Justiça, defendeu, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, que Michel Temer não nomeie, obrigatoriamente, o nome mais votado para a a chefia da Procuradoria-Geral da República. A prática vinha sendo adotada pelos governo do PT e era elogiada pelo MP, embora não esteja prevista na Constituição. Moraes disse que o poder do MP não pode ser “absoluto”. Moraes disse ainda que todos têm direito de se manifestar “sem armas, de forma pacífica e com prévia comunicação às autoridades”.
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Sem referendo
O referendo que a oposição venezuelana tenta aprovar para revogar o mandato do presidente Nicolás Maduro não irá em frente, segundo afirmou neste domingo o vice-presidente Aristóbulo Istúriz. O pronunciamento foi feito num evento, transmitido pela TV, em apoio a Dilma Rousseff. A oposição colheu 1,8 milhão de assinaturas pedindo a saída de Maduro, quase dez vezes acima das 198.000 assinaturas necessárias — o que será usado pelo governo como justificativa para a demora em auditar as firmas.