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A delação de Odebrecht; 8 mi para Lula…

Odebrecht fecha acordo O empresário Marcelo Odebrecht e 50 executivos da empreiteira enfim fecharam um acordo de delação premiada, revela o jornal O Globo. Outros acordos ainda estariam pendentes – o número de delações pode chegar a 68. As acusações do empresário, segundo fontes ouvidas pelo jornal, atingem líderes de todos os grandes partidos que […]

LULA:  com o processo correndo, seria mantida uma espécie de pressão sobre o governo e sobre a Justiça brasileira / Fernando Donasci/ Reuters

LULA: com o processo correndo, seria mantida uma espécie de pressão sobre o governo e sobre a Justiça brasileira / Fernando Donasci/ Reuters

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Da Redação

Publicado em 25 de outubro de 2016 às 06h02.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h50.

Odebrecht fecha acordo

O empresário Marcelo Odebrecht e 50 executivos da empreiteira enfim fecharam um acordo de delação premiada, revela o jornal O Globo. Outros acordos ainda estariam pendentes – o número de delações pode chegar a 68. As acusações do empresário, segundo fontes ouvidas pelo jornal, atingem líderes de todos os grandes partidos que estão no governo e na oposição.

8 mi para Lula

Para a Polícia Federal, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu 8 milhões de reais da Odebrecht como propina em operações que estão sendo investigadas pela Lava-Jato. Lula seria o “amigo” que aparece descrito nas planilhas apreendidas na sede da empreiteira, em São Paulo. A informação está no despacho que indiciou o ex-ministro Antonio Palocci pelo crime de corrupção passiva. De acordo com a PF, Palocci também teria recebido propina da empreiteira. De acordo com o delegado Filipe Hille Pace, responsável pelo caso, “há respaldo probatório e coerência investigativa em se considerar que o ‘AMIGO’ das planilhas faça referência a Luiz Inácio Lula da Silva”.

Moro pressiona Congresso

Em um evento realizado na Assembleia Legislativa do Paraná para debater o projeto Dez Medidas Contra a Corrupção, o juiz Sergio Moro disse que o Congresso deve mostrar de que lado está. Ele cobrou dos parlamentares uma posição em relação à corrupção no país. O juiz parabenizou a iniciativa do Ministério Público Federal em apresentar o projeto e disse que o Judiciário tem feito mais para combater a corrupção do que o Legislativo, citando a proibição de doações empresariais nas eleições e a aprovação da prisão após segunda instância, decisões que partiram do Supremo Tribunal Federal.

Calheiros critica 

O presidente do Senado, Renan Calheiros, criticou o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, dizendo que ele “não tem se comportado como ministro de Estado”, mas como “um chefe de polícia” e está “falando mais do que devia, dando bom dia a cavalo”. Ele também dirigiu críticas ao juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília, que autorizou a prisão dos policiais legislativos na semana passada. Calheiros disse que “um juizeco de primeira instância não pode, a qualquer momento, atentar contra um Poder”.

Adolescente morre em escola ocupada

Um adolescente de 16 anos foi morto a facadas em uma escola ocupada por movimentos contrários à PEC do Teto de Gastos e à Reforma do Ensino Médio propostas pelo governo. Lucas Eduardo de Araújo Mota teria brigado com outro aluno depois de ambos consumirem drogas e levou facadas no peito e no pescoço. O agressor foi apreendido pouco depois, em casa. O governador do Paraná, Beto Richa, voltou a pedir o fim das invasões (há 800 escolas invadidas no estado).

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O acordo da Embraer

A fabricante de aviões Embraer chegou nesta segunda-feira a um acordo com autoridades do Brasil e dos Estados Unidos para encerrar uma investigação de corrupção envolvendo o pagamento de subornos em quatro contratos na Arábia Saudita, Índia, Moçambique e República Dominicana. Para fechar o caso, a companhia pagará 206 milhões de dólares. A multa está em linha com a provisão da Embraer feita em julho de 200 milhões de dólares. Apesar do anúncio, os papéis da companhia caíram 0,64% nesta segunda-feira.

Renner: lucro cai

Como previsto, os resultados da varejista Renner, divulgados ontem, foram menores do que no ano passado. O lucro líquido somou 84,9 milhões de reais, 11,5% a menos que no mesmo trimestre de 2015. O faturamento cresceu 1,8%, para 1,45 bilhões. O diretor financeiro da companhia, Laurence Beltrão Gomes, afirmou em teleconferência que espera melhores números já no próximo trimestre.

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Logística à venda

A Petrobras vai incluir ativos de logística de petróleo e combustíveis no processo de venda de participações em refinarias, que deve ser iniciado no ano que vem. Segundo o diretor de refino e gás da estatal, Jorge Celestino, a ideia é criar empresas que controlem refinarias e a infraestrutura logística dedicada às unidades e vender fatias a companhias privadas. A busca por sócios em refinarias é uma novidade do plano de negócios da Petrobras divulgado em setembro, que prevê a arrecadação de 19,5 bilhões de reais em vendas de ativos durante 2017 e 2018. Segundo ele, o modelo será apresentado ao conselho de administração da estatal até o final do ano.

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J&F quer Eldorado

A produtora de celulose Eldorado informou nesta segunda-feira que sua controladora, a J&F Investimentos, iniciou negociação com as fundações Petros e Funcef para adquirir participação na companhia. Os dois fundos de pensão da Petrobras e da Caixa Econômica Federal detêm 17%. Na semana passada, a Eldorado apresentou queda no lucro do terceiro trimestre, para 11 milhões de reais, apesar de um recorde de produção no período, pressionada pela queda nos preços da celulose em dólares e a valorização do real.

Maduro e o papa

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, foi recebido pelo papa Francisco em uma audiência no Vaticano, ainda que a reunião não estivesse na agenda oficial do papa nem do presidente. Segundo a assessoria da Santa Sé, o encontro ocorreu “no âmbito da preocupante situação” venezuelana, e o papa encorajou Maduro a seguir o caminho do “diálogo sincero e construtivo” para “aliviar o sofrimento das pessoas”. A oposição venezuelana já havia pedido ao Vaticano que mediasse as conversas para o fim da crise política no país. Na semana passada, as tensões se agravaram após a Justiça eleitoral suspender o processo de coleta de assinaturas para a convocação de um referendo que decidiria sobre a permanência de Maduro no poder.

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