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A carta de Dilma; Moro: Lula é comigo…

A carta de Dilma 1  A duas semanas da votação final do impeachment, a presidente afastada Dilma Rousseff leu nesta terça-feira uma carta aos senadores e à população. No pronunciamento no Palácio da Alvorada, ela falou sobre os erros do governo, propôs um plebiscito para consultar os brasileiros sobre uma nova eleição e voltou a […]

DILMA ROUSSEFF: ela leu uma carta enderaçada aos senadores e voltou a bater na tecla do golpe  / Adriano Machado/ Reuters

DILMA ROUSSEFF: ela leu uma carta enderaçada aos senadores e voltou a bater na tecla do golpe / Adriano Machado/ Reuters

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Da Redação

Publicado em 16 de agosto de 2016 às 18h43.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h11.

A carta de Dilma 1 

A duas semanas da votação final do impeachment, a presidente afastada Dilma Rousseff leu nesta terça-feira uma carta aos senadores e à população. No pronunciamento no Palácio da Alvorada, ela falou sobre os erros do governo, propôs um plebiscito para consultar os brasileiros sobre uma nova eleição e voltou a bater na tecla do golpe. “Meu retorno à Presidência por uma decisão do Senado significará a reafirmação do estado democrático de direito e poderá contribuir decisivamente para o surgimento de uma nova e promissora realidade política”, afirmou.

A carta de Dilma 2

Dilma também defendeu uma reforma política. “Devemos concentrar esforços para que seja realizada uma ampla reforma política, que supere a fragmentação de partidos e moralize o financiamento das campanhas eleitorais”, disse. Ela voltou a afirmar que não cometeu crime e que seu afastamento, se consumado, será pelo conjunto da obra. “Quem afasta o presidente pelo conjunto da obra é o povo, e só o povo, nas eleições, por isso afirmamos que, se consumado o impeachment sem crime de responsabilidade, teríamos um golpe de Estado”, concluiu.

A carta de Dilma 3 

Como era de esperar, a carta endereçada aos senadores foi vista com descrédito e como um ato de desespero pelos adversários de Dilma Rousseff. Eles ainda acreditam que Dilma não é sincera ao apresentar a proposta de plebiscito. Até mesmo aliados da petista consideram que a carta veio tarde demais para gerar algum efeito prático no convencimento dos senadores.

Jantar para tucanos 

O presidente interino Michel Temer convidou o senador Aécio Neves e a cúpula do PSDB para jantar nesta terça-feira no Palácio do Jaburu. É mais uma tentativa de azeitar as relações com os tucanos, que nos últimos dias têm criticado duramente o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, por ceder às pressões políticas na reforma fiscal. O PSDB também está incomodado com a antecipação do debate eleitoral de 2018 — apesar de Temer reiteradamente negar ser candidato.

Moro: Lula é comigo

O juiz federal Sergio Moro decidiu nesta terça-feira que é de sua competência julgar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em uma decisão com seis páginas, Moro classificou como “inadmissíveis” as tentativas dos advogados de Lula de tirar de suas mãos os inquéritos da Polícia Federal que investigam se o petista é o arquiteto do petrolão. Moro disse que há indícios suficientes para o julgamento e que as provas vão definir se as hipóteses são corretas ou não.

Sexta fase da Acrônimo 

A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira a 6a fase da Operação Acrônimo, que investiga o esquema de tráfico de influência para liberar empréstimos do BNDES. As ações visam obras no aeroporto Catarina, em São Roque, no interior de São Paulo, financiadas pelo banco de fomento. De acordo com a investigação, os recursos foram liberados mediante um pagamento de campanha da construtora JHSF ao petista Fernando Pimentel, atual governador de Minas Gerais. A ajuda financeira, segundo a PF, ocorreu por meio do instituto Vox Populi e foi intermediada pelo empresário Benedito Oliveira Neto, o Bené.

Embaixador convocado

O Itamaraty convocou o embaixador uruguaio no Brasil, Carlos Daniel Amorín-Tenconi, para esclarecer declarações do chanceler Rodolfo Nin Novoa. Na semana passada, Novoa afirmou ter se incomodado com a oferta do Brasil de acordos comerciais, insinuando que o país queria comprar o voto uruguaio para impedir a Venezuela de assumir a presidência do Mercosul. Marcos Galvão, secretário-geral do Itamaraty, disse que o governo brasileiro ficou insatisfeito com as declarações. Galvão afirmou ainda que o Brasil não vai ceder na decisão de não permitir que a Venezuela assuma o comando do bloco.

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