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A cada 3 vítimas de homicídio, 2 são negros, afirma Ipea

O estudo também aponta que negros são maiores vítimas de agressão por parte de policiais do que brancos


	Balas de revólver: autores do estudo se perguntam se existe um "racismo institucional" perante esse "viés" nas mortes por homicídios
 (Getty Images)

Balas de revólver: autores do estudo se perguntam se existe um "racismo institucional" perante esse "viés" nas mortes por homicídios (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 17 de outubro de 2013 às 18h08.

Rio de Janeiro - A possibilidade que um negro seja assassinado no Brasil é oito pontos percentuais superior à de um branco, segundo um relatório divulgado nesta quinta-feira pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Segundo os autores do estudo, o fato de ser negro no Brasil significa "pertencer a um grupo de risco", já que os mesmos são vítimas de dois de cada três assassinatos.

No caso dos adolescentes dos 226 municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes nos quais foi realizado o estudo, a possibilidade de homicídio de um jovem negro, grupo no qual também estão enquadrados os mulatos, é 3,7 vezes maior em comparação com um branco.

O estudo também aponta que negros são maiores vítimas de agressão por parte de policiais do que brancos.

A Pesquisa Nacional de Vitimização mostra que 6,5% dos negros que sofreram uma agressão no ano anterior à coleta dos dados pelo IBGE, em 2010, tiveram como agressores policiais ou seguranças privados, contra 3,7% dos brancos.

Por isso os autores do estudo concluem que a democracia brasileira "está incompleta" e se perguntam se existe um "racismo institucional" perante esse "viés" nas mortes por homicídios.

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