Brasil

À caça dos investidores

O discurso do presidente Michel Temer abre nesta terça-feira a Assembleia Geral da ONU, em Nova York. Segundo o chanceler José Serra adiantou à imprensa, a pauta será focada em direitos humanos e desenvolvimento sustentável. Mas ninguém na comitiva brasileira em Nova York esconde que mais importante que falar ao mundo é falar aos investidores estrangeiros. Ontem, […]

TEMER NA ONU: ninguém na comitiva brasileira esconde que o foco é atrair investidores internacionais  /  (Carlo Allegri/ Reuters/Reuters)

TEMER NA ONU: ninguém na comitiva brasileira esconde que o foco é atrair investidores internacionais / (Carlo Allegri/ Reuters/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 20 de setembro de 2016 às 06h58.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h36.

O discurso do presidente Michel Temer abre nesta terça-feira a Assembleia Geral da ONU, em Nova York. Segundo o chanceler José Serra adiantou à imprensa, a pauta será focada em direitos humanos e desenvolvimento sustentável. Mas ninguém na comitiva brasileira em Nova York esconde que mais importante que falar ao mundo é falar aos investidores estrangeiros.

Ontem, o presidente deu entrevista à agência Bloomberg – atrasado para o compromisso, precisou descer da van e caminhar até a redação. Não é hora de perder oportunidades. Amanhã, Temer tem encontro com empresários. Em paralelo, Moreira Franco, à frente do Programa de Parcerias e Investimentos, tem reuniões com banqueiros e investidores ao longo dos dias. O foco é vender os pacotes de infra-estrutura do país.

A verba de 30 bilhões disponibilizada pelo BNDES e FGTS para financiamento de obras, anunciada na última semana, é atrativa. Mas o maior desafio será ofertas bons projetos e, sobretudo, oferecer segurança jurídica aos investidores em meio a um continuado caos político. Pelas métricas da economia, a tarefa tampouco é fácil. Nesta segunda-feira, o IBC-Br, índice que mede a atividade econômica do país, encolheu mais 0,09% em julho na comparação com o mês anterior. Trata-se da décima sétima queda consecutiva da prévia do PIB.

“É consenso entre as empresas estrangeiras que seria um erro estratégico não embarcar no mercado brasileiro durante a época de baixa. Mas é preciso que o governo faça a sua parte”, afirma Flávio Fligenspan, professor do departamento de Economia e Relações Internacionais da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

 

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