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A 2 anos das Olimpíadas, prefeitura garante entrega de obras

Prefeito do Rio, Eduardo Paes, destacou que 55% das instalações olímpicas já estão prontas e que outras 15% estão em obra ou já foram licitadas

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 4 de agosto de 2014 às 16h41.

Rio de Janeiro - A dois anos do início dos Jogos Olímpicos de 2016, marco que será lembrado na terça-feira, a Prefeitura do Rio de Janeiro e o Comitê Olímpico Internacional (COI) garantiram nesta segunda-feira que todas as obras serão entregues a tempo e que o evento deixará um legado inigualável para a cidade.

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, destacou em um evento para jornalistas que 55% das instalações olímpicas prometidas pela cidade para 2016 já estão prontas e que outras 15% estão em obra ou já foram licitadas.

"Não é exatamente uma característica dos brasileiros fazer as coisas no prazo, mas isso será um legado intangível que vamos aprender", assegurou.

"O Brasil não precisa sofrer tanto como com o Mundial e nem gerar tanta reivindicação e crítica. Nosso objetivo é mostrar que temos capacidade para realizar o evento", acrescentou ao se referir ao atraso na entrega dos estádios usados no Mundial de futebol que o país organizou neste ano.

O prefeito admitiu que entre 55% das instalações olímpicas consideradas como prontas, como o estádio Maracanã, o ginásio Maracanãzinho, o centro de convenções Riocentro e a Marina de Gloria, também há algumas que incluem necessidades de adaptações, como o Estádio Olímpico João Havelange (Engenhão), que está fechado desde o ano passado por problemas estruturais.

"São estruturas que estão prontas mas necessitam de adequações. No Engenhão, que será reaberto em novembro ou dezembro, necessitamos instalar 15 mil cadeiras adicionais, mas não vamos fazer isso agora, porque teríamos que pagar dois anos de aluguel, mas em dezembro de 2015", disse.

Paes acrescentou que a principal preocupação da Prefeitura era o Complexo Esportivo de Deodoro, um polo no qual serão disputadas 11 modalidades olímpicas, entre elas handebol, rugby, pentatlo moderno, tiro e hóquei de grama, mas que o temor começou a se dissipar com o início das obras há poucas semanas.

"Estava preocupado porque as obras não tinham começado, mas em Deodoro já existem 60% das instalações permanentes. As demais, são obras relativamente simples em comparação com a Vila dos Atletas ou o Parque Olímpico", disse.

Segundo o relatório divulgado na semana passada pela Autoridade Pública Olímpica, 37 das 52 instalações necessárias para os Jogos Olímpicos de Rio, ou seja 71%, já estão em andamento, contra 46% em janeiro passado.

Paes acrescentou que 57% do orçamento para os Jogos, que ascendia a R$ 37,6 bilhões na última atualização, será fornecido pelo setor privado.

O prefeito disse que prefere que o Rio não seja comparado a Londres, que organizou os Olímpicos em 2012, porque a cidade sul-americana está montando infraestruturas que a europeia já tinha, e sim com Barcelona, sede de 1992, já que, como ocorreu na cidade espanhola, os Jogos provocarão uma transformação urbana radical no Rio.

"Nunca dissemos que tínhamos um sistema de transporte eficiente, mas foi a promessa de transformação que fez que o Rio de Janeiro ser escolhido como sede há cinco anos. Nenhuma cidade se transformará tanto", afirmou.

"Queremos que sejam os Jogos do legado. Queremos que a Olimpíada ajude a transformar a cidade", acrescentou ao destacar que por cada dólar investido em instalações olímpicas, cinco são investidos em obras que ficarão como legado, como linhas de metrô e vias exclusivas para ônibus.

O potencial de transformação do Rio de Janeiro também foi destacado pelo presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e do Comitê Organizador dos Jogos, Carlos Arthur Nuzman. "Esta será a cidade que sofrerá a maior transformação na história dos Jogos Olímpicos", assegurou.

O diretor-executivo do COI, Glibert Felli, manifestou no mesmo seminário sua confiança na promessa das autoridades brasileiras de entregar todas as obras no prazo prometido e com tempo suficiente para os eventos preparatórios.

"O atual momento é de trauma, com pressões de fora e de dentro. A imprensa quer saber em quanto tempo estará tudo pronto e o Comitê prefere não ter marcar uma data. Mas confio que sim, que tudo dará certo, tudo estará pronto a tempo e será um evento bem-sucedido", afirmou o dirigente do COI.

Apesar da confiança manifestada, em abril o COI anunciou uma intervenção na organização dos Olímpicos e o envio de um supervisor para garantir que as obras não atrasem.

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