Brasil

85,5% das hospedagem têm médio e baixo grau de conforto

Pesquisa do IBGE aponta que apenas 14,5% desses estabelecimentos são classificados como de luxo ou superior muito confortável

A acessibilidade também é reduzida na rede de hospedagem brasileira: apenas 1,3% das 250.284 unidades habitacionais é adaptada para pessoas com necessidades especiais (Caroline Hoos/ Stock.XCHNG)

A acessibilidade também é reduzida na rede de hospedagem brasileira: apenas 1,3% das 250.284 unidades habitacionais é adaptada para pessoas com necessidades especiais (Caroline Hoos/ Stock.XCHNG)

DR

Da Redação

Publicado em 28 de fevereiro de 2012 às 14h54.

Rio de Janeiro – Pesquisa divulgada hoje (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela que 85,5% dos estabelecimentos de hospedagem nas capitais brasileiras estão classificados em patamares de médio e baixo grau de conforto e qualidade de serviços. Entre eles, 24,7% são considerados de médio conforto; 37,6% são econômicos e 23,2%, simples.

A Pesquisa de Serviços de Hospedagem (PSH) 2011 aponta que apenas 14,5% desses estabelecimentos são classificados como de luxo ou superior muito confortável.

De acordo com o gerente da pesquisa, Roberto da Cruz Saldanha, a classificação foi informada pelos próprios estabelecimentos, no momento das entrevistas, segundo padronização do Ministério do Turismo.

“A maioria dos estabelecimentos ainda tem padrões inferiores de qualidade. Se considerarmos apenas as duas classificações mais baixas, a econômica e a simples, já chegamos a mais da metade deles, 61% têm padrões inferiores em serviços. É um percentual alto”, avaliou.

Ele destacou, também, que há uma forte concentração na distribuição desses estabelecimentos, principalmente em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Salvador e Belo Horizonte. Juntos, esses municípios respondem por 40,7% do total nas capitais.

“Além disso, eles concentram 45,8% dos quartos e por 43% dos leitos disponíveis nas capitais, o que revela uma rede bastante concentrada”.

Segundo o levantamento, Brasília tem a maior proporção de hotéis entre as capitais, onde quase sete em cada dez (67,1%) estabelecimentos de hospedagem são desse tipo. Florianópolis (SC) é responsável pelo maior percentual de pousadas (40,2%) e Fortaleza (CE) concentra a maior proporção de motéis (39,3%).

A acessibilidade também é reduzida na rede de hospedagem brasileira. Apenas 1,3% das 250.284 unidades habitacionais é adaptada para pessoas com necessidades especiais. Dessa forma, somente 3.253 suítes, apartamentos, quartos e chalés contam com essa adequação.

O gerente da pesquisa enfatizou que um estudo complementar será divulgado em abril com dados semelhantes relativos às regiões metropolitanas. Todas as informações servirão para mensurar a capacidade de hospedagem no Brasil e ajudar os setores público e privado do país no planejamento para receber a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016.

Nas 27 capitais brasileiras, foram registrados 5.036 estabelecimentos de hospedagem, com 250.284 unidades habitacionais, como suítes, apartamentos, quartos e chalés, e 373.673 leitos, entre simples e duplos.

Acompanhe tudo sobre:Copa do MundoEsportesEstatísticasFutebolHotelariaIBGERestaurantesTurismo

Mais de Brasil

Ações isoladas ganham gravidade em contexto de plano de golpe, afirma professor da USP

Governos preparam contratos de PPPs para enfrentar eventos climáticos extremos

Há espaço na política para uma mulher de voz mansa e que leva as coisas a sério, diz Tabata Amaral

Quais são os impactos políticos e jurídicos que o PL pode sofrer após indiciamento de Valdemar