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84% dos médicos do Mais Médicos se apresentam nos municípios

Agora ficam abertas, em segunda chamada, 835 vagas em 498 municípios e 12 Distritos Sanitários Especiais Indígenas para os 9.276 mil médicos já inscritos


	Mais Médicos: previsão é que os médicos comecem a clinicar na próxima segunda-feira
 (Alina Souza/Especial Palácio Piratini)

Mais Médicos: previsão é que os médicos comecem a clinicar na próxima segunda-feira (Alina Souza/Especial Palácio Piratini)

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Da Redação

Publicado em 23 de fevereiro de 2015 às 18h38.

Balanço apresentado hoje (23) pelo Ministério da Saúde mostra que 84% dos médicos selecionados na primeira chamada do Mais Médicos apresentaram-se dentro do prazo nos municípios onde irão trabalhar.

Agora ficam abertas, em segunda chamada até amanhã, 835 vagas em 498 municípios e 12 Distritos Sanitários Especiais Indígenas para os 9.276 mil médicos já inscritos.

A previsão é que os médicos comecem a clinicar na próxima segunda-feira (2).

Entre os 3.936 médicos que concluíram a inscrição no programa, 3.304 compareceram nas cidades onde iriam trabalhar até o prazo limite, que foi a última sexta-feira (20).

Os médicos que não se apresentaram ficam eliminados desta edição do programa.

Para o ministro da Saúde, Arthur Chioro, um dos motivos das desistências é que neste período saem os resultados das provas de residência médica.

“Alguns desses médicos muito provavelmente iriam para o programa objetivando conseguir os 10% para, no ano que vem, entrar em um programa de residência na especialidade que ele almeja e isso pode já ter acontecido”.

A Região Nordeste foi a mais atendida nesta primeira chamada, das 1.794 opções disponíveis, 1.505 foram preenchidas.

No Sudeste, das 1.019 solicitadas, 837 foram ocupadas, enquanto no Centro-Oeste, das 393 disponíveis 314 foram ocupadas. O

ministro assegura que todas as 4.146 vagas ofertadas serão preenchidas ainda nesta edição do programa.

Entre os profissionais que se apresentaram nos locais onde irão clinicar, 57% optaram por receber os 10% de bônus nas provas de residência e trabalhar por um ano no programa.

Os demais optaram por receber os benefícios do Mais Médicos, auxílio moradia e alimentação e ficar no município por três anos. 

Chioro se disse supreso e satisfeito com a adesão de médicos brasileiros ao programa.

"A gente tinha perspectiva de que isso poderia acontecer daqui a alguns anos e começou  a ocorrer alguns anos antes, o que é uma coisa muito positiva: o medico brasileiro participando do programa e, se necessário, complementar com a participação de medicos estrangeiros, e não o contrário [como aconteceu nas outras edições]".

Nos dias 17 e 18 de março, haverá uma terceira chamada para que médicos com registro brasileiro já inscritos no programa possam escolher os municípios com vagas disponíveis.

Se ainda permanecerem postos em aberto, no dia 10 de abril será aberta chamada para brasileiros formados no exterior e no dia 5 de maio para médicos estrangeiros.

Se ainda sobrarem vagas, o governo recorrerá aos médicos cubanos.

As inscrições poderão ser feitas no site http://www.maismedicos.saude.gov.br.

As vagas disponíveis também estão na página do programa.

Nesta edição do programa o governo brasileiro fez uma alteração no edital no que diz respeito a médicos estrangeiros refugiados no Brasil.

As regras do programa proíbem a contratação de médicos que venham de países mais carentes desses profissionais do que o Brasil, porém, na situação de um médico refugiado no Brasil, esta regra não será seguida.

“Um refugiado, por exemplo, é de um país do Oriente Médio, esse país tem menos médicos percentualmente que o Brasil, [que tem 1,8 por mil habitantes]. Nós do Mais Médicos decidimos seguir os tratados internacionais, nunca recrutando profissionais de países que têm menos médicos que o Brasil, mas essa pessoa hipotética não pode ser médica no Oriente Médio porque é um refugiado, então a gente ajustou excetuando esta situação para os refugiados”, explicou o secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Heider Pinto. 

Nestes casos, o estrangeiro poderá se inscrever junto de outros estrangeiros para trabalhar no programa e o governo flexibilizará a necessidade de alguns documentos pela condição de refugiado, desde que o candidato apresente o diploma de médico.

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