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82% dos paulistanos são contra rolezinhos, diz Datafolha

Apesar do alto índice de rejeição ao encontro de jovens, 77% dos entrevistados também são contra a atitude dos shoppings de selecionar seus frequentadores


	Jovens em rolezinho no shopping Metrô Itaquera: para 77% dos paulistanos, encontros são apenas para provocar tumulto
 (Reprodução/ Youtube)

Jovens em rolezinho no shopping Metrô Itaquera: para 77% dos paulistanos, encontros são apenas para provocar tumulto (Reprodução/ Youtube)

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Da Redação

Publicado em 23 de janeiro de 2014 às 09h48.

São Paulo - A maior parte dos moradores de São Paulo não gostaram nada dos rolezinhos, nome pelo qual ficaram conhecidos os encontros de jovens de regiões periféricas da cidade em shoppings.

De acordo com a pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira, 82% dos paulistanos se disseram contra os rolezinhos, enquanto apenas 11% que afirmaram ser a favor. A pesquisa foi feita com 799 pessoas maiores de 16 anos. 

Mesmo entre os mais novos, o índice de rejeição é alto: 70% dos paulistanos entre 16 e 24 anos se declararam contra o encontro dos jovens.

Mas é também nessa mesma faixa etária que se encontra o maior nível de aprovação, de apenas 18%.

Pode surpreender a muitos que os setores mais ricos da sociedade paulistana são os que encaram os rolezinhos de forma mais positiva: 16% dos entrevistados que tem renda familiar mensal superior a 10 salários mínimos disseram concordar com os eventos. 

Além disso, ao contrário do que os participantes dizem, 77% dos paulistanos acham que o objetivo dos rolezinhos é apenas provocar tumulto. Apenas 18% acreditam que os jovens vão aos shoppings somente por diversão.

Polícia e discriminação

Em relação à ação da polícia, 73% afirmaram concordar que ela deve agir. Já em relação à atitude de alguns shoppings de selecionar seus frequentadores, 77% dos entrevistados disseram que os centros comerciais não têm esse direito.

No entanto, 80% não acreditam que os shoppings ajam com preconceito de cor de pele quando proíbem os eventos, que são frequentados principalmente por jovens negros e pardos.

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