Recife: os trabalhadores querem 10% de aumento salarial (REUTERS/Paulo Whitaker)
Da Redação
Publicado em 29 de julho de 2014 às 11h30.
Recife - Cerca de 50 ônibus pararam, por volta das 9h30, nesta terça-feira, 29, nos dois sentidos da Avenida Agamenom Magalhães - que liga a zona sul do Recife a Olinda - interrompendo as viagens e obrigando os passageiros a descerem e seguirem a pé, no segundo dia de greve dos motoristas, cobradores e fiscais.
O presidente do sindicato dos motoristas, Benílson Grilo, se mostrou indignado com a liminar concedida pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT), concedida a pedido da classe patronal, determinando que 100% da frota circule nos horários de pico, sob pena de multa diária de R$ 100 mil.
"As empresas dos ônibus impedem a saída de todos os veículos para que a gente descumpra a determinação", afirmou ele, ao reclamar pelo direito de greve. "Se a gente não pode fazer uma greve, para que serve a Constituição do País?"
Nesta manhã, 71% da frota circulou pelo Grande Recife, de acordo com o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros no Grande Recife (Urbana).
A redução dos veículos e atrasos levam os usuários a esperar mais que o normal nas paradas, mas até o momento não houve registro de depredação de veículos. Nesta segunda-feira, no primeiro dia de paralisação, pelo menos quatro ônibus foram depredados - um deles queimado.
Às 16 horas haverá audiência no TRT visando a uma tentativa de conciliação. Os trabalhadores querem 10% de aumento salarial e vale alimentação de R$ 320,00. Eles não aceitaram proposta patronal de aumento linear de 5% nos salários e no tíquete alimentação, que é de R$ 171,00.