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Apresentado por DocuSign

5 curiosidades sobre inovações brasileiras

DocuSign lança e-book – disponível para acesso gratuito na internet – que conta 50 histórias de criações que transformaram o mundo

O Brasil tem um histórico de inovações, como o soro fisiológico, a urna eletrônica, o Pró-álcool, Ecobras e o Marco Civil da Internet. (Divulgação/Divulgação)

O Brasil tem um histórico de inovações, como o soro fisiológico, a urna eletrônica, o Pró-álcool, Ecobras e o Marco Civil da Internet. (Divulgação/Divulgação)

Mariana Martucci

Mariana Martucci

Publicado em 8 de setembro de 2020 às 08h30.

O Brasil não é um país reconhecido por inovação. Ocupamos a 66ª posição no último ranking Global Innovation Index, ou Índice de Inovação Global, divulgado em 2019. A lista, elaborada pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (Ompi), agência especializada da ONU, mede os níveis de inovação de 126 economias com base em uma série de critérios, desde a sofisticação de negócios até a facilidade de abrir uma empresa.

Apesar do resultado pouco visível, o Brasil tem, sim, um histórico de inovações, sejam elas recentes ou do passado longínquo. Aqui apresentaremos cinco delas para mostrar que o país tem potencial para inovar.

E o que essas histórias têm em comum? A assinatura de um acordo que as validou e permitiu que elas pudessem acontecer – um documento assinado em papel, como era realizado antigamente, ou eletronicamente, como já é possível fazer hoje. Esse é o mote do e-book "A história da inovação em 50 acordos". Elaborado pela DocuSign, líder mundial em acordos eletrônicos, o livro completo está disponível para leitura gratuita na internet e traz outras histórias de inovação pelo globo.

“O mundo dos negócios é baseado em acordos. Sem eles, não teríamos desenvolvimento, parcerias ou capital – nenhum tipo de negócio aconteceria. Esse é o ponto em que as ideias colidem e o capital intelectual começa a fluir”, afirma Scott Olrich, chief operating officer da DocuSign.

A importância tem explicação. Foram os pequenos acordos que abriram o caminho para que a inovação se espalhasse no mundo. Passando de um longo histórico de acordos informais para um sistema global formalizado, baseado em riscos, para permitir que as empresas prosperem. Então, vamos às histórias!

1) Soro antiofídico

No final do século 19, chamou a atenção do então jovem pesquisador e médico Vital Brazil o número de mortos por picadas de cobra na cidade de São Paulo: cerca de 5.000 vítimas fatais a cada ano.

Alguns anos antes, ele atendera agricultores da cidade de Botucatu, onde morava, que frequentemente eram picados por animais peçonhentos, especialmente cobras. Naquela época, o único antídoto que existia era o soro contra picadas de naja, que Vital notou não ter eficácia alguma contra o veneno das cobras brasileiras.

Juntamente com o médico Adolfo Lutz, Vital Brazil começou a trabalhar no desenvolvimento de soros antiofídicos. Com o progresso das pesquisas, o governo federal fez um acordo de doação da Fazenda Butantan ao médico e pesquisador, onde ele fundaria oficialmente, em 1901, o instituto de mesmo nome.

No Instituto Butantan, Vital descobriu a especificidade dos soros contra o veneno de cobras, ou seja, para cada espécie de serpente era preciso ter um antídoto específico. Ele também criou um soro universal para ser utilizado quando a origem da peçonha é desconhecida.

Sempre muito preocupado com a saúde pública, assim que recebeu a patente do soro antiofídico, em 1903, Vital assinou o termo de sua doação ao governo brasileiro, que até hoje produz e distribui gratuitamente o antídoto para toda a população do país.

2) Proálcool

Na década de 1970, o preço do petróleo importado para atender a demanda interna do Brasil disparou. Assim, tornou-se necessária a busca por uma alternativa “dentro de casa”, um desafio para o governo brasileiro.

Em 1975, o então presidente Ernesto Geisel assinou o Decreto nº 76.593, que estabelecia o Programa Nacional do Álcool (Proálcool). A iniciativa foi definida por um acordo entre o governo e a iniciativa privada. Tinha como principal objetivo estimular a produção de álcool no país com a expansão da oferta de matérias-primas, a ampliação e modernização das destilarias e a implantação de novas unidades produtoras e armazenadoras.

Ainda em 1975, o Brasil seria responsável por mais um acordo que entraria para a história do segmento, dando origem ao primeiro carro movido a álcool (etanol) do mundo, o Fiat 147. Lançado em 1979, o modelo foi produzido na fábrica da montadora em Betim, Minas Gerais, por meio de um contrato firmado entre o governador do estado de Minas Gerais, Rondon Pacheco, e o presidente da Fiat, Giovanni Agnelli, seis anos antes.

Nas quatro décadas seguintes, o Brasil se transformaria no terceiro maior produtor de energia renovável do mundo. O programa tornou-se um marco da área nacional de ciência e tecnologia, colocando o país como um dos protagonistas mundiais no setor de bioenergia.

Hoje, o Brasil tem aproximadamente 38 milhões de veículos leves, como carros, camionetes e motos. Cerca de 30 milhões, ou 80% do total, possuem tecnologia flex, que permite abastecer com etanol ou gasolina. Desde o primeiro veículo flex até fevereiro de 2019, o uso do etanol evitou a missão de 535 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera, economia que só seria possível com a plantação de 4 bilhões de árvores ao longo de 20 anos.

3) Urna eletrônica

Capaz de registrar os votos de mais de 144 milhões de eleitores em todo o país, o sistema de urna eletrônica brasileiro, considerado revolucionário e referência mundial, foi implementado em todo o território nacional no ano 2000.

Mas sua história iniciou muito antes, em 1989, quando o juiz Carlos Prudêncio, da pequena cidade de Brusque, em Santa Catarina, conseguiu pôr em prática a solução que idealizara anos antes.

Inconformado com a lentidão na contagem de votos da urna convencional, durante mais de uma década ele havia procurado entusiastas de sua ideia de utilizar a informática para agilizar a contagem de votos nas eleições.

Ele convenceu o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Santa Catarina a abraçar a ideia e, por meio de um acordo, autorizar a implantação do novo sistema. Dessa maneira, os 372 eleitores de Brusque foram os primeiros brasileiros a votar em um computador.

No ano seguinte, a cidade recebeu diretores-gerais dos TREs de todo o Brasil para conhecer o novo processo de votação. O sistema passou por diversas melhorias até ser realidade em todos os municípios do país.

Em 2008, deu-se início ao cadastro biométrico dos eleitores, o que praticamente exclui a intervenção humana da votação no Brasil e reforça ainda mais a segurança do sistema contra possíveis fraudes.

4) Ecobras

Uma parceria firmada em 2004 entre a indústria alemã Basf e instituições de ensino brasileiras, como Unicamp, Universidade Federal de São Carlos, Universidade São Francisco e Universidade de Londrina, resultou em uma importante iniciativa para mitigar os impactos da produção do plástico na natureza. Após três anos de estudo, foi lançado o Ecobras, um plástico que se decompõe da mesma forma que um produto orgânico.

O plástico criado é renovável, biodegradável e possui resistência para as mais diversas aplicações, como sacolas que suportam o mesmo peso das sacolas plásticas tradicionais ou embalagens para cosméticos. E, com um aprimoramento realizado pela Basf, foi possível aplicar tintas orgânicas ao produto.

Composto por 51% de um polímero à base de milho e 49% de resina compostável, o Ecobras é capaz de se decompor em até 180 dias, enquanto o plástico comum, feito com resina de petróleo, pode levar mais de 400 anos.

O Ecobras foi um marco importante no desenvolvimento dos polímeros biodegradáveis e compostáveis. Com outros aperfeiçoamentos, as possibilidades de aplicação foram ampliadas para o uso em descartáveis, embalagens, na agricultura e como aliado no gerenciamento de resíduos sólidos orgânicos nas cidades.

5) Marco Civil da Internet

Em 2014 foi sancionado pela então presidente Dilma Rousseff o conjunto de leis chamado Marco Civil da Internet (MCI). Ele entrou em vigor dois anos depois e é considerado um importante passo para tornar a internet cada vez mais livre e justa no país.

Foi um ponto de transformação das relações na rede mundial de computadores num momento em que se expandia continuamente o número de pessoas e setores da economia que dependiam dessa nova estrutura informacional. A regulamentação tem entre seus principais propósitos proteger a privacidade dos usuários, defender o consumidor e garantir os direitos e deveres dos internautas.

Diferentemente de muitos outros serviços, o acesso à internet é livre hoje no Brasil graças ao MCI. Criado com base em pesquisas e debates realizados com a participação da população e de representantes de diferentes setores da sociedade, ele identifica as principais demandas e preocupações dos usuários.

Atualmente, está em análise o texto do Projeto de Lei nº 5959/19, que altera o MCI para assegurar ao usuário o direito à portabilidade de suas informações pessoais em redes sociais e em serviços de armazenamento de dados.

Para conhecer todas as histórias do livro realize o download da edição completa no site da DocuSign.

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