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1. Anderson Silva, lutador de MMA
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1/45 (Getty Images)
Campeão mundial da categoria peso médio do UFC (Ultimate Fighting Championship), o curitibano
Anderson Silva, de 37 anos, mostrou neste ano porque é o principal nome do esporte na atualidade e uma lenda do MMA. Lutando pela categoria meio-pesado, seu mais recente feito foi
derrubar o americano Stephan Bonnar no UFC Rio 3, dia 13 de outubro. E ele só precisou de 4min40s e uma joelhada para o árbitro encerrar a luta, dando a ele a sua 33ª vitória em 37 lutas disputadas na sua carreira – destas, 20 por nocaute. Também neste ano, desta vez defendendo o cinturão dos pesos médios, Spider, como Silva é conhecido, levou ao chão Chael Sonnen, com menos de 2 minutos de luta, encerrando bem ao seu estilo as provocações feitas pelo americano antes da luta. Além do clube Corinthians, o atleta tem a Burger King,
Philips, Nike e
Nextel como principais patrocinadores.
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2. André Esteves, banqueiro
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2/45 (Germano Lüders/EXAME)
O mundo financeiro passou a fazer parte da vida de
André Esteves quando ele ainda estudava análise de sistemas na UFRJ. Nascido na Tijuca, bairro de classe média da Zona Norte do Rio de Janeiro, ele entrou no banco Pactual em 1989, como estagiário. Subiu para analista de sistemas e, pouco depois, foi parar na mesa de renda fixa. A exemplo do que ainda acontece com os que se destacam na instituição, Esteves deixou a área administrativa e foi para a de negócios depois de criar um programa que atualizava diariamente o saldo das operações realizadas na Bolsa. Até então, o sistema vigente deixava o banco na mão. Foi o pontapé para uma ascensão fulgurante. O executivo tornou-se sócio minoritário do Pactual e, mais tarde, participou da jogada que tiraria do quadro de funcionários o principal sócio da companhia, Luiz Cesar Fernandes. Ao contrário de Esteves, Fernandes queria investir no varejo bancário. Endividado, terminou se desfazendo da sua participação para saldar os compromissos assumidos em outros negócios. Depois de vender o Pactual para os suíços do UBS, em 2006, André capitaneou a manobra para comprá-lo de volta por um preço mais baixo, em 2009. Nesse meio tempo, fundou o BTG por aqui. Hoje, os dois braços fazem parte de uma mesma empresa. E das grandes. Avaliado pelo mercado em mais de 27 bilhões de reais, o BTG Pactual já é maior que titãs como o Pão de Açúcar e a Embraer, e Esteves virou referência de investidor brasileiro arrojado no mercado global.
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3. Alex Atala, chef de cozinha
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3/45 (Paulo Vitale / Veja)
Pelo sétimo ano consecutivo o restaurante D.O.M., do chef brasileiro
Alex Atala, está na lista dos cinquenta melhores restaurantes do mundo organizada pela revista britânica “Restaurant”. Em 2012, abocanhou o quarto lugar no ranking, além do título de melhor restaurante da América Latina. Ganhador de vários prêmios, o que fez o chef se tornar tão reconhecido internacionalmente foi a maneira autoral com que mistura elementos da cozinha tradicional com os da contemporânea. Grande defensor da culinária regional brasileira, explora em seus pratos principalmente os ingredientes e sabores da Amazônia. Paulista de 44 anos, Atala começou sua carreira fora do país, após se formar na na Escola de Hotelaria de Namur, na Bélgica. Ele é autor de três livros: “Alex Atala - Por uma gastronomia brasileira”, “Com Unhas, Dentes e Cuca” e “Escoffianas Brasileiras”. O chef também ficou conhecido pelo programa televisivo “Mesa para dois”, do canal GNT, no qual dividia a apresntação com a também chef Flávia Quaresma.
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4. Alex Kipman, criador do Kinect
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4/45 (./Divulgação)
O curitibano Alex Kipman, 32 anos, é descrito pela Microsoft como o visionário por trás de seu sensor para jogos Kinect. Acoplado ao console Xbox 360, o sensor permitiu que o próprio corpo do jogador substituísse o joystick nos games. Quando foi lançado, em 2010, o Kinect teve 8 milhões de unidades vendidas em 60 dias, tornando-se o dispositivo para jogos de venda mais rápida na história. Filho de diplomata, Kipman se formou em engenharia em Nova York e foi trabalhar na Microsoft em 2002. Lá, reuniu as tecnologias necessárias para tornar o Kinect realidade. Kipman, que é gerente-geral de incubação do
Xbox, recebeu, neste ano, um prêmio por sua destacada liderança técnica no projeto Kinect e passou a figurar no Hall of Legends da Microsoft.
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5. Antonio Bonchristiano, empresário
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5/45 (Bel Pedrosa/World Economic Forum)
Antonio Bonchristiano está nesta lista pela trajetória pessoal e também devido ao desempenho na GP Investments, da qual é co-presidente desde 2003, ao lado de Fersen Lambranho. A primeira e maior gestora de private equity do país foi fundada pelos banqueiros Jorge Paulo Lemann, Marcel Herrmann Telles e Carlos Alberto Sicupira, que passaram o bastão para jovens de confiança. Entre eles estava Bonchristiano. Após se formar em filosofia, política e economia na Universidade de Oxford, na Inglaterra, onde morou por dez anos, Bonchristiano foi contratado pelo banco Salomon Brothers em Londres e voltou ao Brasil em 1993 para ser um analista no GP. Um ano depois já era sócio. Lá, liderou a compra da Booknet e a sua transformação no site de comércio eletrônico Submarino e a primeira investida do grupo no exterior com a compra do grupo de serviços para petróleo Pride International . Na bolsa desde 2006, a GP não fica atrás em reputação quando comparada com gigantes globais como a Blackstone, Carlyle e Advent, e é bem recebida por investidores internacionais quando está em busca de capital para novas empreitadas.
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6. Armínio Fraga, economista
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6/45 (Oscar Cabral/Veja)
Um fato ocorrido em 1999 exemplifica bem a influência que
Armínio Fraga tem fora do país. O hoje prêmio Nobel de Economia, mas já visto à época como um bastante influente economista do MIT (Massachusetts Institute of Technology), Paul Krugman, foi a público pedir desculpas para o recém-empossado presidente do Banco Central do Brasil. Ele havia sugerido que Fraga teria agraciado o seu ex-chefe, o megainvestidor e guru George Soros, com informações privilegiadas sobre o rumo da política monetária. Sem conseguir provar, Krugman publicou uma desconfortável retratação. O ocorrido faz parte do currículo de Fraga, mas sua vida nas finanças e o seu prestígio no exterior têm mais capítulos. Além de ter ocupado uma diretoria do Soros Fund Management, o economista assumiu as rédeas do BC em um momento conturbado. Além de negociar um novo acordo com o FMI (Fundo Monetário Internacional), o seu antecessor, Francisco Lopes, nem chegara a esquentar a cadeira da sede do BC em Brasília. Fraga implantou em sua gestão o sistema de metas de inflação e rapidamente aumentou ainda mais a sua reputação internacional. Após deixar o BC, fundou a Gávea Investimentos, em 2003 – que foi vendida ao JPMorgan em 2010, mas que ainda comanda – e atualmente é presidente do Conselho de Administração da BM&FBovespa. Além disso, é um dos membros do exclusivíssimo Clube dos 30, que reúne os pensadores econômicos mais influentes do mundo. Em setembro de 2012, a revista britânica The Economist sugeriu o seu nome, entre três estrangeiros, para o posto de presidente do BC da Inglaterra.
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7. Bernardo Paz, empresário
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7/45 (Arquivo/Editora Abril)
Bernardo Paz, de 63 anos, foi considerado em 2012 pela revista britânica “Art Review” como uma das cem pessoas mais influentes do mundo das artes plásticas. O empresário fez sua fortuna no ramo da mineração, mas ficou mesmo conhecido internacionalmente devido à sua imensa coleção de arte contemporânea, uma das maiores do Brasil. Paz é o idealizador e fundador do Centro de Arte Contemporânea Inhotim, o maior museu a céu aberto do mundo, no qual investiu cerca de 90 milhões de dólares do próprio bolso. Antes uma propriedade privada, o Inhotim foi aberto ao público em 2006, contando com quase 100 hectares de um incrível jardim botânico, cujo projeto paisagístico conta com a colaboração de Roberto Burle Marx. O gigantesco espaço cultural está localizado no modesto município mineiro de Brumadinho, a 60 quilômetros de Belo Horizonte. Hoje, o acervo artístico do Inhotim compreende cerca de 500 obras de mais de 100 artistas de 30 diferentes nacionalidades.
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8. Carlos Alberto Sicupira, empresário
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8/45 (Germano Lüders/EXAME.com)
Membro da trinca controladora da Ambev, do Burger King e das Lojas Americanas,
Carlos Alberto Sicupira ajudou a posicionar o Brasil na constelação de grandes empresas globais ao lado de Jorge Paulo Lemann e Marcel Telles. Beto Sicupira, como é conhecido, é sócio-fundador da 3G Capital, membro dos conselhos do Burger King e da B2W, sócio-controlador da maior cervejaria do mundo e membro do conselho da Harvard Business School. Mas foi como controlador das Lojas Americanas que Sicupira foi mais atuante, provocando na varejista um autêntico choque de gestão – em todos os sentidos possíveis da expressão. Assim como ocorre com todas as empresas tocadas pelo trio de sócios, as Lojas Americanas receberam uma boa dose do sistema de gestão do banco Garantia, primeira parceria entre Sicupira, Lemann e Telles ainda nos anos 70. Ao lado de Marcel Telles, Sicupira faz parte do conselho da consultoria INDG, de Vicente Falconi, responsável por disseminar o sistema de gestão do Garantia, que hoje está mais para “cultura Ambev”: meritocracia e competitividade acirrada, combinadas a uma boa dose de enxugamento de custos. O sexto homem mais rico do Brasil também fundou o Instituto Empreender Endeavor, de estímulo ao empreendedorismo brasileiro, e criou a Fundação Brava, que investe em projetos de melhoria da gestão pública e de ONGs.
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9. Carlos Ghosn, CEO da Nissan e Renault
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9/45 (Getty Images)
Carlos Ghosn é considerado um popstar do mundo dos negócios. Atualmente, ele preside as operações da
Renault, na França, e da Nissan, no Japão, e é um dos poucos executivos a acumular o cargo de CEO de duas companhias gigantes ao mesmo tempo. Ghosn nasceu no Brasil, mas passou parte da sua infância e adolescência em Beirute, no Líbano. Estudou engenharia na École Polytechnique, em Paris, e começou sua carreira na Michelin - onde permaneceu por quase duas décadas e chegou a ocupar a cadeira de presidente da companhia para América do Norte. Em 1996, Ghosn foi contratado pela Renault como vice-presidente. Três anos depois, a montadora francesa comprou participação na Nissan e foi dada ao executivo a difícil missão de tirar a companhia japonesa da beira da falência. Como CEO da
Nissan, Ghosn conseguiu reverteu o prejuízo da montadora, que somava mais 6 bilhões de dólares, em 1999, para um lucro de quase 3 bilhões de dólares um ano depois. O executivo está entre os CEOs mais influentes e bem pagos do mundo. No Japão, a adoração por Ghosn é tanta que sua história é contada por meio de mangás, história em quadrinhos em estilo japonês, e até pratos em restaurantes levam seu nome.
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10. Carlos Motta, arquiteto e designer
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10/45 (Divulgação)
Natureza, alegria, conforto, respeito, pessoas, formas orgânicas e liberdade são palavras reincidentes em qualquer conversa sobre o trabalho do arquiteto, designer e marceneiro Carlos Motta. Ele mesmo as usa com frequência para falar sobre os fundamentos das casas e mobiliários que cria. “Quero que as coisas sejam feitas com muito carinho e gerem um resultado significativo”, disse à EXAME.com numa manhã por telefone, “quebrado” (e igualmente energizado) das horas de surf do dia anterior, uma paixão antiga. Suas convicções aos 60 anos são as mesmas de quatro décadas atrás: bolar projetos imbuídos de responsabilidade ambiental e social, desde a escolha da matéria-prima – madeira reutilizada, de demolição e com certificação – ao compartilhamento dos lucros por toda sua cadeia produtiva. “Precisamos exercitar o olhar da troca. Tiramos muito do mundo e devolvemos pouco em retorno”, define. Ao traduzir essa ideia em formas, Motta tornou-se referência no Brasil e no exterior quando o assunto são móveis de qualidade com respeito à natureza e valorização do trabalho artesanal e da identidade brasileira.
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11. Carlos Saldanha, cineasta
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11/45 (Divulgação)
Nos bastidores da saga do esquilo Scrat (aquele que corre atrás de uma noz durante todos os filmes da franquia “A Era do Gelo”) está um brasileiro. Um carioca, para ser mais preciso. Formado em processamento de dados, Carlos Saldanha é hoje um dos principais nomes do cinema de animação do mundo. Foram as peripécias de Scrat que projetaram o nome de Saldanha internacionalmente, em 2004, quando o curta-metragem “Gone Nutty” (2003), de sua autoria, foi indicado ao Oscar. O feito rendeu a ele a oportunidade de dirigir, sozinho, “A Era do Gelo 2” (2006), “A Era do Gelo 3” (2009) e “Rio” (2011). Antes disso, co-dirigiu o primeiro filme da franquia “A Era do Gelo” e foi produtor de mais quatro longas. Ao todo, a série que o tornou conhecido arrecadou 2,8 bilhões de dólares ao redor do mundo. E “Rio”, 500 milhões de dólares, além de uma indicação ao Oscar de melhor canção original pela música “Real in Rio”. Em outubro deste ano, Saldanha assinou um contrato de exclusividade com aos estúdios Fox. O acordo deve durar cinco anos. Atualmente, está trabalhando no segundo filme da franquia “Rio”, previsto para ser lançado em 2014.
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12. Daniella Helayel, estilista
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12/45 (Fernanda Calfat / Divulgação)
No ano 2000, a estilista fluminense Daniella Helayel criou a grife inglesa Issa London, para dar mais feminilidade e cor à moda do país. Desde então, ela tem conquistado clientes para lá de ilustres. Entre as muitas famosas que aderiram a seus vestidos, estão a modelo Kate Moss, a cantora Madonna, as atrizes Sharon Stone e Scarlett Johansson, e até a realeza britânica. Na cerimônia para anunciar o noivado de Kate Middleton com o Príncipe William, a princesa usou um vestido azul da marca que chamou a atenção do mundo inteiro. A escolha do modelo não foi ao acaso, já que Kate é fã declarada das peças de Daniella Helayel, que, agora, também cria roupas para duas netas da rainha Elizabeth II.
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13. Dilma Rousseff , presidente
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13/45 (Cristiano Mariz/EXAME.com)
A presidente
Dilma Rousseff ainda não completou dois anos no cargo de presidente do Brasil, mas já pode entrou, por dois anos seguidos, na lista das
pessoas mais influentes do mundo da revista Time – que incluiu nomes como o de Barack Obama, presidente dos Estados Unidos, e da chanceler alemã Angela Merkel. Isso não é tudo. Novamente pela segunda vez consecutiva, Dilma ficou com a terceira posição no ranking das
mulheres mais poderosas do mundo da Forbes. Na edição americana publicada em agosto deste ano, ganhou o título de “
Entepreneur-in-chef” do Brasil – em uma alusão a medidas que a revista considerou um estímulo ao empreendedorismo no país. Dentro das fronteiras do Brasil, Dilma Rousseff registrou, em setembro,
aprovação pessoal de 77% dos brasileiros, segundo levantamento da CNI/Ibope. Um recorde tendo em vista o desempenho neste quesito dos seus antecessores, e a despeito da economia em marcha lenta.
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14. Eduardo Saverin, cofundador do Facebook
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14/45 (Divulgação)
Saber aproveitar boas oportunidades é uma das principais qualidades do empreendedor
Eduardo Saverin, brasileiro de nascimento e atualmente cidadão de Singapura. Em 2004, quando era estudante em Harvard, ele ajudou seu colega Mark Zuckerberg a criar o que viria a ser o
Facebook. Os dois, depois, tiveram uma briga feia que terminou num acordo judicial sigiloso. Saverin, hoje com 30 anos, mora em Singapura, onde investe em startups. Sua fortuna é estimada em 2,2 bilhões de dólares. Em setembro de 2011, ele renunciou à cidadania americana, que adquirira ao morar nos EUA. A manobra pode ajudá-lo a pagar menos impostos sobre o que lucrar com as ações do Facebook, mas gerou críticas pesadas nos Estados Unidos.
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15. Fernando Meirelles, cineasta
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15/45 (Reinaldo Canato/Contigo)
Requisitado pelos grandes estúdios de Hollywood, o reservado Fernando Meirelles já recusou a direção de alguns potenciais blockbusters por não se sentir a vontade com a falta de independência para imprimir sua marca nas produções. Considerado um dos maiores cineastas brasileiros, hoje o diretor pode se dar ao luxo de escolher a dedo seus trabalhos. Paulista de 56 anos, Meirelles alcançou grande prestígio após o lançamento em 2002 de “Cidade de Deus”, seu maior sucesso. O filme - que marcou o cinema nacional pelo realismo e originalidade com que retratou a violência e a vida na favela - teve quatro indicações para o Oscar em 2004, incluindo a de melhor diretor. Depois disso, Meirelles foi chamado para dirigir grandes produções internacionais, incluindo “O jardineiro fiel”, de 2005, e “Ensaio sobre a cegueira”, de 2008. Em agosto deste ano, o diretor estreou o filme “360”, que conta com um elenco de peso com nomes como Anthony Hopkins, Jude Law e Rachel Weisz. Seu próximo trabalho será “Nemesis”, filme baseado na obra do escritor inglês Peter Evans que conta a história do magnata grego Aristóteles Onassis e sua relação tumultuosa com Bobby Kennedy.
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16. Joaquim Barbosa, presidente do STF
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16/45 (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
O ministro
Joaquim Barbosa, 58 anos, o Batman brasileiro, é o primeiro negro a comandar o Supremo Tribunal Federal. Mas não é por isso que Barbosa se tornou uma referência de Brasil no exterior. Apesar de nomeado para o STF pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, Barbosa teve uma postura independente no julgamento do mensalão, como relator do processo, agindo com firmeza para conseguir a condenação de petistas e não-petistas do escândalo. O caso repercutiu forte na imprensa internacional, que gosta de bater nos casos de corrupção e impunidade. A popularidade do ministro acabou lhe rendendo o apelido de Batman nas redes sociais. A aproximação com o herói dos quadrinhos tem sido feita por causa da capa - no caso, a toga - e pelo espírito “justiceiro” de Barbosa. O entusiasmo dos internautas é tanto que já foi criada uma campanha que encoraja sua candidatura para as próximas eleições presidenciais de 2014.
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17. Jorge Gerdau, empresário
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17/45 (EXAME)
Um dos maiores grupos empresariais do país leva o nome de sua família. Mas a importância na maneira de empreender de Jorge Gerdau Johannpeter, controlador e presidente do conselho de administração da Gerdau, não se limita aos corredores da siderúrgica de faturamento superior a 35 bilhões de reais. Gerdau é hoje um exemplo de como globalizar uma empresa.
Ele assumiu a presidência da companhia na década de 80 com a missão de perpetuar o negócio da família, uma empresa que começou como uma pequena fábrica de pregos fundada pelo seu avô e tio em 1901 na cidade gaúcha de Porto Alegre.
A siderúrgica, que já havia aberto capital na bolsa de valores gaúcha, em 1948, ganhou sua primeira planta industrial fora do país, no Uruguai, com a aquisição da Siderúrgica Laisa. Na época, trava-se de um projeto-piloto para testar a capacidade da companhia de atuar fora do Brasil. Hoje, a empresa está consolidada como a principal produtora de aço do país, atua em 14 países e emprega mais de 45.000 pessoas.
Com toda essa experiência, Gerdau hoje é consultor do governo Dilma Rousseff. Sua missão? Ajudar a azeitar a pesada máquina pública, melhorando a eficiência da administração. Fazemos figas.
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18. Gisele Bündchen, modelo
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18/45 (Divulgação)
“Über”, em alemão, significa “acima”, “além”. Não há palavra mais apropriada para definir a modelo brasileira Gisele Bünchen, que ganhou o apelido de “über model” dos editores das revistas de moda mais conceituadas internacionamente. A top das tops brasileiras aparece na lista da revista “Forbes” há mais de uma década como a modelo mais bem paga do mundo. Gisele, que nasceu no interior do Rio Grande do Sul e foi descoberta aos 14 anos, tem mais de 500 capas de revista do mundo inteiro em seu currículo. Ela já desfilou para grandes grifes como Victoria’s Secret, Yves Saint Laurent, Dolce & Gabbana, Christian Dior, Versace, Louis Vuitton e Valentino. E explora seu nome como marca em vários outros negócios, próprios ou de grandes empresas. Casada com o jogador de futebol americano Tom Brady, é mãe de Benjamin, de 3 anos, e está grávida de seu segundo filho. A modelo também dedica parte de seu tempo e fortuna a causas sociais, principalmente relacionadas ao meio ambiente, combate à pobreza e luta contra a Aids. A imagem de mulher brasileira que Gisele projeta é a da brasileira bonita, independente, bem-sucedida e que esbanja cérebro.
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19. Hugo Barra, executivo do Google
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19/45 (Google)
O brasileiro Hugo Barra, 35 anos, ocupa a estratégica posição de diretor de produtos móveis do Google. Estão sob sua responsabilidade a linha de dispositivos móveis Nexus e o Android, sistema operacional utilizado em 75% dos smartphones vendidos no mundo. Nascido em Belo Horizonte, Barra se mudou em 1996 para os Estados Unidos. Ele estudou administração de empresas e engenharia no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). Já formado, em 2000, fundou uma startup que desenvolvia tecnologia de reconhecimento de fala, a Lobby7. A pequena empresa foi adquirida em 2003 pela Nuance, outra companhia especializada em processamento de voz. Como diretor da Nuance, Barra chamou a atenção do Google, que o contratou em 2008.
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20. Graça Foster, presidente da Petrobras
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20/45 (Agência Petrobras/Divulgação)
A engenheira química
Maria das Graças Foster , 58 anos, oi eleita em agosto deste ano a 20ª mulher mais poderosa do mundo pela revista Forbes. Primeira mulher a assumir a presidência da Petrobras, também apareceu no ranking como a terceira mulher mais influente na categoria negócios.
Graça começou na Petrobras como estagiária. Após mais de 30 anos de carreira na companhia, comanda a empresa que hoje é a maior do Brasil e quinta maior de energia do mundo. Próxima à presidente Dilma Rousseff, foi secretária de Petróleo e Gás quando Dilma era então ministra de Minas e Energia. Nascida em Caratinga, no interior de Minas Gerais, Graça mudou-se para o Rio de Janeiro ainda com dois anos de idade. Cresceu no Morro do Adeus, comunidade pobre que faz parte do Complexo do Alemão. Formou-se em Engenharia Química pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e possui mestrado em Engenharia Nuclear e MBA em Economia.
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21. Irmãos Campana, designers
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21/45 (Divulgação)
Apesar de sua formação em Direito pela Universidade de São Paulo, em 1977, Humberto Campana mostrou sua verdadeira vocação em outra área, ao lado de Fernando Campana, formado em Arquitetura, em 1984, pela Faculdade de Belas Artes de São Paulo. Conhecidos como Irmãos Campana, eles se tornaram ícones do design no mundo, com móveis e objetos inovadores e inusitados. Os dois colecionam prêmios nacionais e internacionais. Prova de seu talento é o fato de algumas de suas obras fazerem parte do acervo de importantes museus, como o MoMA (Museu de Arte Moderna), em Nova York, e o Vitra Design Museum, na Alemanha.
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22. Jorge Paulo Lemann, empresário
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22/45 (Divulgação)
Pelas mãos de
Jorge Paulo Lemann e seus inseparáveis sócios Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles, empresas brasileiras se tornaram globais. Junto a seus sócios, Lemann fez nascer a Ambev, fruto da fusão das rivais Brahma e Antárctica, e acabou por formar a maior cervejaria do mundo: a ABInbev, surgida da fusão da Ambev com a belga Interbrew e da aquisição da americana Anheuser-Busch, dona de marcas como Budweiser e Stella Artois. Em outra tacada que ajudou a levar o Brasil para a posição de protagonista da economia global, o trio de sócios comprou a americana Burger King, por meio de seu fundo 3G Capital. Ao fundar o lendário banco de investimentos Garantia nos anos 70, o segundo homem mais rico do Brasil inaugurou um estilo de gestão que influenciou inúmeras companhias brasileiras e que foi levado para todas as empresas em que Lemann pôs o dedo: gestão de custos espartana e um sistema de meritocracia e competição polêmico, mas que alça funcionários ao posto de sócios em poucos anos. O trio ainda adquiriu o controle das Lojas Americanas e fundou o primeiro fundo de private equity do Brasil, a GP Investiments, responsável por comprar participações e impulsionar empresas como Estácio, ALL e BRMalls.
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23. Leontino Balbo Jr, presidente da Native
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23/45 (ANNA CAROLINA NEGRI)
Quebrador de mitos: essa é uma definição que cabe no caso de Leontino Balbo Jr, o presidente da Native, empresa que lidera o mercado mundial de açúcar e álcool orgânicos. Nos fins dos anos 80, ele começou a mudar os negócios da família Balbo, com o Projeto Cana Verde, que aboliu o cultivo com agrotóxicos sintéticos e a queima da cana, permitindo à natureza deflagrar mecanismos naturais de proteção à cultura. Na época, a proposta chegou a enfrentar críticas e zombarias do próprio setor e o nome de Leontino passou a ser pronunciado ao lado de adjetivos como “delirante” e “sonhador”. Foi preciso mais de uma década para o projeto tomar corpo, consistência e visibilidade. A primeira certificação para o mercado americano saiu em 1997, mas ainda faltava criar uma marca, que nasceria no ano 2000, a Native, um nome fácil de ser pronunciado em qualquer língua. Com investimentos que somaram US$ 80 milhões até os dias atuais, o Projeto Cana Verde possui hoje 15 mil hectares de lavoura de cana-de-açúcar orgânica certificado, uma produtividade de fazer inveja - 27% superior à do plantio convencional da cana - e uma marca presente em mais de 60 países de todos os continentes.
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24. Luis Stuhlberger, investidor
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24/45 (Germano Lüders/EXAME.com)
Visto nos meios financeiros como o George Soros brasileiro, Luis Stuhlberger é o gestor do Fundo Multimercado Verde do Credit Suisse Hedging Griffo (CSHG). O rendimento do fundo, iniciado em 1997 quando a Hedging Griffo ainda não tinha o sócio suíço, deixou para trás os melhores do mundo. “Mr. Stuhlberger” passou por muitas crises financeiras incólume e só apresentou retorno negativo em 2008. A carreira do engenheiro civil e mestre pela Politécnica da USP teve início na década de 1980 no Banco Expansão, fundado por seu pai David. O banco tinha uma participação da corretora Griffo, para onde o filho rumou. A sua visão global sobre os produtos financeiros começou a aparecer já no começo da sua carreira nas mesas de operação. A aposta acertada no ouro em 1982 o levou a ser convidado pelo então chefe do Departamento de Operações Internacionais do Banco Central, Emílio Garofalo, para representa-lo junto aos operadores da commodity. A carreira continuou depois com a Hedging-Griffo de onde, agora com o parceiro suíço, continua a criar um frisson nos milhares de cotistas e investidores no mundo todo a cada vez que publica a sua carta de desempenho mensal.
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25. Marcel Telles, empresário
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25/45 (Pedro Rubens)
Marcel Telles conheceu seus inseparáveis sócios Jorge Paulo Lemann e Carlos Alberto Sicupira ainda no início da carreira, quando foi contratado pelo banco Garantia, fundado por Lemann nos anos 70. À frente da Brahma, executou sua fusão com a Antárctica e, posteriormente, como CEO da Ambev, liderou também sua fusão com a belga Interbrew e a compra da americana Anheuser-Busch, formando a maior cervejaria do mundo. Telles foi o responsável por executar, na Ambev, o “estilo de gestão Garantia”, caracterizado por ser altamente competitivo, meritocrático e austero nas despesas. O economista esteve ainda ao lado de Lemann e Sicupira em todos os principais negócios: na sociedade no Banco Garantia, na fundação da GP Investiments, primeiro fundo de private equity do Brasil, na compra do controle das Lojas Americanas e, mais recentemente, na fundação da 3G Capital, fundo que comprou o controle do Burger King. Hoje, Marcel Telles é membro do conselho da rede de fast food e da varejista brasileira, além de ser um dos controladores da Ambev e o quinto homem mais rico do Brasil.
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26. Marcello Serpa, publicitário
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26/45 (Divulgação/Trator Filmes)
O diretor de criação Marcello Serpa, sócio da agência de publicidade Almap BBDO, trouxe nada menos que 133 leões de Cannes, o festival publicitário mais importante do mundo, desde 1994. De lá veio também o primeiro Leão de Ouro na nova categoria Mobile por uma campanha feita para a Bradesco Seguros. Mesmo antes de se unir à Almap, Serpa já fizera história em Cannes ao conquistar o primeiro Grand Prix brasileiro no festival: em 1993, quando ainda estava na DM9, levou o leão para casa com uma campanha do Guaraná Antárctica Diet. Ele também foi premiado pelo conjunto de sua obra no Clio Awards, outro importante prêmio da publicidade mundial. Em suma: se depender de Marcello Serpa para projetar o nome da publicidade brasileira lá fora, estamos bem.
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27. Marco Stefanini, empresário
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27/45 (Germano Luders, EXAME)
Formado em geologia pela USP no início dos anos 80, Marco Stefanini quase não exerceu a profissão. Trabalhou um mês em uma mina de cassiterita no interior de Goiás e enterrou a carreira de geólogo ali mesmo, pouco antes de ingressar em um curso de analistas de sistemas e fundar a empresa que leva seu nome. Seu objetivo era treinar profissionais de TI. A Stefanini logo migrou sua operação para a oferta de serviços de tecnologia e conseguiu sobreviver aos anos do fim da reserva de mercado de informática, que terminou em 1992. Passou, então, a reunir ofertas de serviços para brigar com as maiores companhias de TI do mundo. E ganhar, aos poucos, 32 contas globais, que incluem Ford e Santander. Desde a abertura de sua primeira filial fora do país, em 1996, na Argentina, a empresa de Stefanini cresce em disparada, tanto com a abertura de outros escritórios pelo mundo como com a compra de concorrentes. Hoje, a Stefanini atua em 30 países, tem 75 escritórios, atende em 32 idiomas, fatura quase R$ 2 bilhões e emprega 17.000 pessoas – 40% delas no exterior. É uma referência dentro e fora do país de empresa brasileira globalizada.
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28. Mayana Zatz, geneticista
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28/45 (Divulgação/ Mayana Zatz)
Nascida em Israel em 1947 e radicada no Brasil desde 1955, a geneticista Mayana Zatz é uma das maiores autoridades científicas do mundo em doenças neuromusculares e pesquisas com células-tronco. Uma técnica desenvolvida por ela trouxe avanços importantes na compreensão dos mecanismos que causam determinadas doenças genéticas. Mayana é diretora do Centro de Estudos do Genoma Humano da Universidade de São Paulo, além de ser diretora-presidente e fundadora da Associação Brasileira de Distrofia Muscular (ABDIM). Tem mais de cem artigos científicos publicados
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29. Michel Nussenzweig, imunologista
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29/45 (Reprodução / Nobelprize.org)
Encontrar uma vacina contra a Aids é um desafio que move inúmeras pesquisas ao redor do mundo. E um dos imunologistas que estão mais perto desse objetivo é Michel Nussenzweig. Em seu laboratório na Universidade Rockefeller, em Nova York, ele conseguiu proteger camundongos do vírus HIV com uma mistura de cinco anticorpos diferentes. Nascido no Brasil, Nussenzweig, que é filho de um casal de cientistas, mora nos Estados Unidos desde que tinha 12 anos e quase não fala português. Mas já demonstrou interesse em desenvolver pesquisas em colaboração com instituições brasileiras.
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30. Miguel Nicolelis, neurocientista
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30/45 (Wikimedia Commons)
O médico Miguel Nicolelis já foi considerado pela revista “Scientific American” como um dos 20 cientistas mais influentes do mundo. Primeiro brasileiro a ter um artigo publicado na capa da “Science”, seus estudos são referência mundial na área. Ele coordena Departamento de Neurociência da Universidade de Duke, nos Estados Unidos, além de ser fundador e diretor científico do Instituto Internacional de Neurociência Edmond e Lily Safra em Natal, no Rio Grande do Norte. Nicolelis chama ateção da comunidade científica principalmente por seus estudos com primatas em pesquisas que buscam integrar o cérebro às máquinas, trazendo a esperança de que em breve seja possível fazer tetraplégicos voltarem a andar. O seu trabalho com as próteses neurais está na lista do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) de tecnologias que podem mudar o mundo. Apaixonado por futebol e palmeirense roxo, Nicolelis tem como meta fazer um paraplégico dar o pontapé inicial do jogo de abertura da Copa do Mundo de 2014, com a ajuda de um exoesqueleto. Ele também desenvolve estudos ligados a distúrbios neurológicos e psiquiátricos para o tratamento de doenças como mal de Parkinson, epilepsia, esquizofrenia e défict de atenção.
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31. Mike Krieger, cofundador do Instagram
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31/45 (Gilberto Tadday/EXAME.com)
O brasileiro Mike Krieger é um dos criadores do
Instagram, um dos aplicativos para smartphones mais celebrados nas redes sociais. Paulista, deixou o Brasil em 2004 para estudar na Universidade de Stanford, no Vale do Silício. Lá, conheceu Kevin Systrom, que se tornaria seu sócio. Lançado como app para iPhone em 2010, o Instagram ganhou uma versão para smartphones com Android em abril deste ano. Também neste ano, a empresa fundada por Krieger e Systrom foi comprada pelo Facebook por 1 bilhão de dólares. É um valor notável para uma companhia fundada há menos de dois anos que não tem nenhuma fonte de receita. Especula-se que a transação tenha rendido a Krieger 100 milhões de dólares. O sucesso do app pode ser comprovado pela quantidade de usuários, que passa de 80 milhões.
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32. Neymar, jogador de futebol
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32/45 (Getty Images)
Desde os 12 anos na mesma equipe - o Santos -
Neymar Jr. é a principal estrela do futebol brasileiro atual, diga o que diga o coro dos descontentes. Artilheiro da seleção na era Mano Menezes, e medalha de prata nas Olímpiadas de Londres, ninguém duvida que o craque de 20 anos faça a diferença com a bola nos pés com o próximo treinador. Neste ano conquistou o tricampeonato Paulista, foi artilheiro e melhor jogador da competição. Foi artilheiro da Libertadores. Um dos seus gols na competição pode ser eleito
o mais bonito do ano, valendo prêmio Puskas da Fifa – que ele arrematou no ano passado. Foi também campeão e melhor jogador da Recopa Sul-Americana. Fora dos campos o sucesso é o mesmo. Tendo contrato de patrocínio com mais de 10 empresas, ele é o atleta com
maior potencial de marketing no mundo, segundo a Sports Pro.
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33. Oscar Niemeyer, arquiteto
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33/45 (Ricardo Stuckert/Presidência da República)
Mesmo aos 104 anos, entrando e saindo de hospitais, a aposentadoria ainda parece estar longe dos planos do arquiteto
Oscar Niemeyer. Durante o período recente em que esteve internado em um hospital do Rio de Janeiro, Niemeyer pediu aos os médicos para ser liberado logo, pois “precisava trabalhar”. Ao longo de sua carreira, o que não faltou pra Niemeyer foi trabalho. As linhas curvas de suas obras grandiosas, feitas em concreto armado, fizeram dele o maior arquiteto do Brasil, influente no mundo todo. Niemeyer é responsável pelos belíssimos e mais importantes edifícios de Brasília, como o Palácio da Alvorada, o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional, o Itamaraty, a Catedral de Brasília, entre outros. Também foram projetados pelo arquiteto carioca o Memorial JK, o Memorial da América Latina, o Ibirapuera, o edifício Copan, o Museu de Arte Contemporânea de Niterói e o Sambódromo do Rio de Janeiro, para ficar apenas nos projetos brasileiros de Niemeyer.
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34. Osgemeos, grafiteiros
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34/45 (Reprodução/Youtube)
Personagens de cabeça grande e pele amarelada, com olhos separados e narizes arredondados. Traços finos e muita cor. Não é difícil reconhecer as formas características das obras dos grafiteiros e artistas plásticos paulistanos Gustavo e Otávio Pandolfo, de 38 anos, conhecidos como Osgemeos. Seja em gigantescos murais espalhados pelas ruas das cidades, seja pela diversidade das obras que já foram expostas nas mais importantes galerias de arte do mundo, os trabalhos da dupla são conhecidos e reconhecidos internacionalmente. Os irmãos gêmeos idênticos começaram a usar o spray na década de 1980, quando o movimento Hip Hop chegava a São Paulo. A partir de então, se tornaram referência na nova arte que surgia: o grafite. Os artistas criam um universo próprio em suas obras, misturando
o retrato do cotidiano das grandes cidades a elementos do folclore, da cultura nordestina e imagens surrealistas, com boas doses de crítica social. A arte dos irmãos não se limitou às ruas, alcançando exposições no Reino Unido, França, Alemanha, Portugal, Espanha, Itália, Grécia, Holanda, Cuba, Japão, China, Austrália e Estados Unidos. Em 2007, foram convidados a pintar o castelo histórico de Kelburn, em Ayrshire, um dos mais importantes da Escócia. Em 2008, pintaram também a famosa fachada do prédio da galeria Tate Modern de Londres, templo da arte contemporânea internacional.
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35. Oskar Metsavaht, empresário
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35/45 (J. EGBERTO)
Um conjunto de acontecimentos inusitados rendeu ao empresário Oskar Metsavath uma história improvável de sucesso – além de muito dinheiro e fama global. Embolsar dezenas de milhões de dólares com a venda de 30% da Osklen para a Alpargatas foi o último capítulo dessa história. Badalado por artistas como Madonna, Naomi Campbell e Sting, Metsavath já foi considerado uma das 100 personalidades mais inovadoras do mundo, pela revista americana FastCompany. Aos 23 anos, o médico gaúcho aficionado por esportes radicais aceitou o desafio de participar de uma expedição ao monte Aconcágua, na Cordilheira dos Andes. Ele tinha o desafio de encontrar roupas adequadas para o grupo de alpinistas e, sem encontrar nada no Brasil, decidiu fazer ele mesmo dez casacos. Sem saber desenhar, produziu as roupas com um tecido impermeável, ideal para manter o corpo aquecido e deixar o suor evaporar, como exigem as peças para os esportes de inverno. Poucos anos depois, em 1989, com a procura crescente por sua invenção, Metsavath decidiu abrir sua primeira loja Osklen, em um lugar tão improvável quanto o começo de sua história: Búzios, no Rio de Janeiro. Sem noções de moda, nem de administração, Oskar esteve à beira da falência por duas vezes, nos anos 90. Profissionalizou a empresa, mergulhou em aulas de gestão, e conseguiu consolidar a Osklen como uma grife internacional de luxo com presença na Europa, Estados Unidos e Ásia.
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36. Paulo Borges, produtor de moda
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36/45 (Rafael Cusato / Contigo)
De acordo com o ranking mais recente da Global Language Monitor (GLM), São Paulo é a sétima capital mais importante para a moda no mundo e a primeira na América Latina. Boa parte desse sucesso se deve ao esforço de Paulo Borges, produtor de moda, idealizador e diretor artístico da São Paulo Fashion Week, e sócio do Grupo Luminosidade. Sua carreira começou nos anos 80, quando trabalhou na revista Vogue Brasil, e, anos mais tarde, passou a produzir desfiles para estilistas brasileiros até criar o Morumbi Fashion, em 1997, embrião da semana mais importante da moda brasileira. Atualmente, além de trazer os holofotes internacionais para dentro do país, o evento movimenta cerca de 1,5 bilhão de reais em cada edição.
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37. Paulo Coelho, escritor
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37/45 (Getty Images)
No ano em que o livro “O Diário de um Mago” completou 25 anos no mercado,
Paulo Coelho publicou sua 22ª obra: “Manuscrito encontrado em Accra" (Sextante). É o primeiro lançamento do escritor desde que uma cirurgia no coração para desobstrução de artérias salvou sua vida, em janeiro. Você pode não gostar de ler Paulo Coelho, mas muita gente gosta, no mundo inteiro. Ele vendeu mais de 140 milhões de livros, foi publicado em 160 países e é lido em 73 idiomas. O escritor também tem deixado sua marca no espaço virtual. Aos 65 anos e com quase 14 milhões de seguidores em redes sociais como Twitter e Facebook, Paulo Coelho se destaca por ser um ferrenho defensor do
download gratuito e do livro digital. Em agosto, ao
abrir a Campus Party em Berlim, o primeiro brasileiro a disponibilizar toda sua obra no Kindle defendeu a flexibilização dos direitos autorais de propriedade intelectual.
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38. Roberto Setubal, banqueiro
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38/45 (Fabiano Accorsi)
À frente do maior banco brasileiro em valor de mercado desde a fusão entre o Itaú e o Unibanco em 2008,
Roberto Setúbal comanda a empresa em sua estratégia de se tornar uma instituição financeira global. Já com o porte para tanto, o banco começou a esticar as suas operações pela América Latina – possui agências na Argentina, Uruguai, Paraguai e Chile. Em outros países, o meio utilizado será o braço de investimentos, o Itaú BBA. Além de porte, Setúbal também goza de reconhecimento internacional. Engenheiro formado pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, ele recebeu o prêmio de banqueiro do ano em 2011 da Euromoney Awards for Excellence. Foi a primeira vez que um presidente de uma instituição financeira de um mercado emergente recebe o prêmio, que é um dos mais importantes do segmento financeiro no mundo. Além da posição no Itaú, Setubal é vice-chairman do Instituto Internacional de Finanças (IIF), conselheiro do comitê internacional da unidade de Nova York do Banco Central Americano (Federal Reserve), além de ocupar a mesma função na bolsa de Nova York (NYSE).
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39. Romero Britto, artista plástico
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39/45 (Paulo Vieira/Viagem e Turismo/Divulgação)
Uma das características do artista plástico pernambucano Romero Britto é levar seu trabalho para além dos limites do seleto grupo de colecionadores de obras de arte. Com suas cores e formas inconfundíveis, o pintor, escultor e serígrafo virou parte da cultura pop, licenciando produtos e criando desenhos para campanhas publicitárias. Suas peças, que chegaram a ser chamadas de “arte da cura” por admiradores, já passaram por mais de 100 países e compuseram exposições em importantes museus como o Louvre, em Paris, o MASP, em São Paulo, e o Sichuan Arts Museum Chengdu, na China.
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40. Romero Rodrigues, empreendedor
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40/45 (Germano Lüders/EXAME.com)
O espírito empreendedor desabrochou cedo no engenheiro Romero Rodrigues. Ele tinha apenas 21 anos quando decidiu fundar, junto com colegas da Escola Politécnica da USP, o Buscapé. O site, um comparador de preços, é hoje o carro-chefe de uma das maiores empresas de internet do mercado brasileiro. Quando entrou ao ar, em 1999, o Buscapé comparava os preços de apenas 35 lojas, pois o comércio eletrônico ainda estava engatinhando no país. Mesmo jovem, a empresa sobreviveu à bolha da internet e conseguiu grandes investidores internacionais. Com o crescimento, incorporou outras empresas, incluindo seu principal concorrente, o Bondfaro. Em 2009, a gigante sul-africana Napsters comprou 91% das ações do Buscapé, numa transação de 342 milhões de dólares, uma das maiores da história do mercado digital brasileiro. Ao entrar para o rol dos milionários, Rodrigues, que continua como CEO da empresa, manteve com seus sócios 9% das ações. O Buscapé está presente hoje no Brasil, Estados Unidos, Argentina, Colômbia, Chile, Espanha, México e outros 15 países da América Latina, com aproximadamente 30 milhões de visitas mensais e mais de 11 milhões de produtos cadastrados.
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41. Ruy Ohtake, arquiteto
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41/45 (Divulgação)
A definição de Ruy Ohtake sobre seu trabalho é certeira: “Minha obra tem raízes brasileiras, mas com alcance universal. Essa é uma das características que acho importantes na arte em geral e na arquitetura". Filho da artista plástica Tomie Ohtake, ele é responsável por mais de 300 obras dentro e fora do país. Entre as principais, estão o hotel Unique, um dos mais divulgados por revistas de arquitetura no mundo, o Conjunto Habitacional Heliópolis, que proporciona arquitetura digna para pessoas na favela, e a Embaixada Brasileira em Tóquio, já considerada pelo jornal The New York Times como um dos principais edifícios da cidade. Em seus projetos, o objetivo não é apenas embelezar paisagens e inovar, mas também promover uma relação mais harmônica entre o meio-ambiente e a cidade. Outros dois trabalhos que traduzem bem essa proposta são o Parque Ecológico do Tietê, em São Paulo, e o Aquário Pantanal, em Campo Grande, que deverá ficar pronto dentro de 10 meses.
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42. Vik Muniz, artista plástico
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42/45 (Leonardo Marinho/Contigo)
Açúcar, macarrão, geleia, caviar, diamantes, terra, lixo. Os elementos mais inusitados parecem criar vida nas mãos do artista plástico e fotógrafo Vik Muniz. Nascido em São Paulo, Vik mudou-se para Nova York ainda na década de 1980, e ganhou o mundo com suas criações. Sempre explorando a relação entre o desenho e a fotografia, Vik já expôs suas obras nos Estados Unidos, Espanha, Alemanha, França, Itália, Portugal, Japão, Suiça, Holanda, Suécia e também por todo o Brasil. Sua técnica consiste em montar as figuras com os materiais - muitas vezes perecíveis - e depois fotografá-los, eternizando-os desta maneira. As fotografias compõem então o trabalho final a ser exposto. Em algumas de suas séries, o artista recriou grandes obras como a “Monalisa”, de Leonardo Da Vinci, da qual realizou duas versões, uma de pasta de amendoim e outra de geleia. No seu currículo também estão um Frankenstein de caviar, um retrato de Elizabeth Taylor em diamantes, “A Descida da Cruz” de Caravaggio em calda de chocolate, entre tantos outros.
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43. Vitória Da Riva, empresária
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43/45 (Marta Santos)
Uma empresária verde. Esta é Vitória Da Riva, que, na década de 90, quando ecoturismo era palavra exótica no Brasil, decidiu abrir em plena selva amazônica um hotel ecológico, o Cristalino Lodge. A região escolhida foi Alta Floresta, município mato-grossense marcado por atividades predatórias, como o desmatamento e o garimpo. Inconformada, Vitória ficou à frente de uma série de ações ambientais que culminaram na criação, em 2001, do Parque Estadual do Cristalino numa área de 184 mil hectares. Com uma biodiversidade excepcional, o parque é recordista em número de espécies de aves catalogadas no Brasil e tornou-se referência mundial na observação de pássaros e borboletas. A empresária também criou a Fundação Ecológica Cristalino (FEC), uma ONG ambientalista para promover a conservação e o uso sustentável dos recursos naturais na fronteira agrícola.
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44. Walter Salles Jr., cineasta
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44/45 (Valery Hache / AFP)
Responsável por “Central do Brasil”, um dos maiores sucessos internacionais do cinema brasileiro, Walter Salles já apareceu na lista do jornal britânico “The guardian” entre os quarenta melhores diretores do mundo. Após a projeção do longa, que recebeu duas indicações ao Oscar, Salles conquistou as plateias dentro e fora do país, realizando diversas produções e co-produções com parcerias estrangeiras. A mais nova delas é “On the Road”, que estreou em julho deste ano e é baseado na obra do escritor Jack Kerouac. Em 2005, o road movie de Waltinho, como é chamado, sobre Che Guevara, “Diários de Motocicleta” se tornou um dos filmes de língua espanhola mais vistos no mundo, além de ganhar o Oscar de melhor canção e ser aclamado em outras premiações. São também obras suas "Água Negra", “Linha de Passe”, “Abril Despedaçado” e “Terra Estrangeira”. Walter Moreira Salles Júnior nasceu em uma família rica do Rio de Janeiro, em 1956. Antes de se tornar diretor, formou-se em Economia pela Pontifícia Universidade Católica (PUC). Posteriormente graduou-se em comunicação audiovisual pela Universidade do Sul da Califórnia. Ele é filho do já falecido Walter Moreira Salles - fundador do Unibanco e diplomata brasileiro - e irmão do também cineasta João Moreira Salles.
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45. Agora veja a lista dos brasileiros com as maiores fortunas
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45/45 (Gabriel Rinaldi/EXAME.com)