São Paulo – O Ministério da Saúde declarou nesta quarta-feira situação de emergência nacional devido a um surto de microcefalia em Pernambuco. Até agora, foram identificados 141 casos da doença em 44 municípios do estado. De acordo com o ministro Marcelo Castro, a média nos anos anteriores é de dez casos. Entenda um pouco mais sobre a situação:
O que é microcefalia?
A microcefalia é uma anomalia congênita caracterizada pela alteração no tamanho do crânio do recém-nascido - bem abaixo da média. Ela pode ser diagnosticada ainda na gestação e deixa sequelas como problemas cognitivos, de visão e audição.
O que causa a doença?
Vários fatores podem provocar a anomalia, como a má nutrição das mães, o uso de drogas e álcool durante a gravidez e doenças como rubéola e toxoplasmose.
No caso específico de Pernambuco, investigadores analisam uma possível relação com o zika – vírus transmitido pelo Aedes Aegypti e que causa coceira na pele e febre baixa. Algumas das mães apresentaram alguns desses sintomas no início da gestação.
E como está a situação em outros estados?
Rio Grande do Norte e Paraíba também registraram um aumento recente no número de casos da doença. No Rio Grande do Norte, de acordo com informações da Agência Estado, foram identificados 10 bebês nascidos com microcefalia até o início da semana. Outras 11 gestantes tiveram o diagnóstico da malformação no mesmo período.
Por que o governo declarou situação de emergência?
A declaração do surto de emergência, de acordo com o ministério da Saúde, tem como objetivo facilitar a investigação de novos casos e facilitar, caso seja preciso, compras e contratações emergenciais.
Uma equipe de pesquisadores foi enviada ao estado para cuidar dos casos. As mães foram entrevistadas e, junto com os bebês, passaram por exames.
Para ajudar na investigação de novos casos, a Secretaria de Saúde de Pernambuco lançou um site para a notificação de ocorrências e um protocolo que orienta quais exames devem ser feitos e possíveis tratamentos.
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São Paulo – Dados divulgados recentemente pelo IBGE mostram que os brasileiros não cuidam tão bem assim de seus filhos – pelo menos no que se refere à
alimentação.
Três em cada dez bebês de até dois anos consomem refrigerantes ou sucos industrializados e pelo menos 60% deles comem biscoitos ou bolos. Tomar conta dos hábitos alimentares, no entanto, não é a única obrigação dos pais para garantir o crescimento saudável de seus rebentos. Navegue pelas fotos acima e veja outros aspectos do cuidado dos brasileiros com suas crianças. Os números foram retirados da Pesquisa Nacional em Saúde, divulgada no último mês pelo IBGE, e de dados do
Ministério da Saúde compilados pela ONG Criança Segura.
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2. Refrigerante e biscoito nos lanches
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2/7 (John Moore/Getty Images)
Mais de 30% das crianças com menos de dois anos tomam refrigerante ou suco artificial e quase 61% delas comem biscoito, bolacha ou bolo.
O consumo de tais alimentos - que, em geral, são ricos em açúcares e contraindicados para bebês nessa faixa etária - varia de região para região. As maiores proporções são encontradas em regiões mais ricas como Sul e Sudeste. .
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3. Apenas metade dos bebês entre nove e doze meses continua sendo amamentada
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3/7 (GettyImages)
Os números do IBGE mostram, também, que pouco mais de 50% das crianças entre nove e doze meses são amamentadas de forma complementar. A recomendação do Ministério da Saúde é que, após os seis meses de idade, as crianças recebam alimentos como sopas ou papinhas, mas que continuem recebendo leite materno até os dois anos de idade.
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4. O Sul é a região com a maior proporção de crianças vacinadas
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4/7 (Maurilio Cheli/Divulgação)
Quase 76% das crianças com um ano de idade tomaram pelo menos três doses da vacina teatravalente – que evita doenças como difteria, tétano, coqueluche e meningite. Os dados do IBGE mostram, ainda, que a região em que mais crianças são imunizadas é o Sul. Lá, quase 86% dos bebês já receberam três doses da vacina. No Norte e no Sudeste, apenas sete em cada dez crianças tomaram as mesmas doses.
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5. Quase metade das internações de crianças por acidente é causada por quedas
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5/7 (Thinkstock)
Um levantamento da ONG Criança Segura, feito com base em dados do Ministério da Saúde, mostra que a maior causa das internações de crianças por acidentes é a queda. Em 2014, 47% das internações foram ocasionadas por esse motivo. O segundo motivo mais comum é a queimadura (16%), seguido por mordidas de animais (12%). No ano passado, os acidentes foram responsáveis por pouco mais de 120 mil internações de crianças de até 14 anos.
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6. Acidentes no trânsito são a principal causa de morte de crianças acima de 1 ano
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6/7 (Fernando Camino/Cover/Getty Images)
Os acidentes que mais causam mortes de crianças no Brasil são os relacionados ao trânsito – como colisões e atropelamentos. Em 2013, das 4580 mortes registradas de jovens de até 14 anos, 38% foram no trânsito. Apesar de alta, a quantidade de mortes tem caído. De 2012 para 2013, foi registrada uma redução de 2,24% na mortalidade por acidentes.
Os dados são do Ministério da Saúde e organizados pela Ong Criança Segura.
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7. Veja agora como a vida das crianças mudou nos últimos anos
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7/7 (©AFP / Didier Pallages)