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4 em cada 10 não sabem dizer uma medida positiva do governo Bolsonaro

Segundo Datafolha, 39% dos entrevistados responderam "nada" ao serem questionados sobre o que o presidente teria feito de melhor desde que assumiu

Bolsonaro: entre os que afirmam que votaram em Bolsonaro no segundo turno, 17% disseram não ter nada a destacar (Adriano Machado/Reuters)

Bolsonaro: entre os que afirmam que votaram em Bolsonaro no segundo turno, 17% disseram não ter nada a destacar (Adriano Machado/Reuters)

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Clara Cerioni

Publicado em 22 de julho de 2019 às 10h26.

Última atualização em 22 de julho de 2019 às 10h45.

São Paulo — Quatro em cada dez brasileiros não sabem dizer o que Jair Bolsonaro fez de positivo nesses seis meses de governo, revelou um novo levantamento do Datafolha, divulgado nesta segunda-feira (22).

Questionados sobre o que o presidente teria feito de melhor até então, 39% dos entrevistados responderam “nada”.

O percentual sobe para 45% no caso das mulheres e pessoas com apenas ensino fundamental, 46% entre negros, 47% entre nordestinos, 52% entre adeptos de religiões de matrizes africanas e 76% entre quem avalia o governo como ruim ou péssimo.

Entre os que afirmam que votaram em Bolsonaro no segundo turno, 17% disseram não ter nada a destacar de muito positivo.

A pesquisa ouviu 2.860 pessoas com mais de 16 anos, em 130 cidades. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, e o índice de confiança é 95%.

O questionamento foi feito nos dias 4 e 5 de junho, ou seja, antes da aprovação da reforma da Previdência em primeiro turno na Câmara dos Deputados, da indicação de Eduardo Bolsonaro para a embaixada brasileira nos Estados Unidos, da declaração sobre a inexistência de fome no Brasil e do flagra no microfone se referindo aos 'governadores da Paraíba'.

Recentemente, o Datafolha divulgou uma nova pesquisa de avaliação do governo. O resultado revelou que o Brasil está rachado: para 33%, o presidente faz um trabalho ótimo ou bom. Para 31%, regular, e para outros 33%, ruim ou péssimo.

Com isso, Bolsonaro se mantém como o presidente em primeiro mandato com a pior avaliação a esta altura do governo desde Fernando Collor de Mello, em 1990.

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