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4,9 mil escolas tiveram média inferior a 500 em redação

Em todo o país, pouco mais de um terço das escolas tiveram média abaixo de 500 na nota da redação do Enem de 2013


	Brasília: em relação ao desempenho individual, mais da metade dos alunos de 3,9 mil escolas tiveram nota inferior a 500
 (Wilson Dias/ABr)

Brasília: em relação ao desempenho individual, mais da metade dos alunos de 3,9 mil escolas tiveram nota inferior a 500 (Wilson Dias/ABr)

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Da Redação

Publicado em 22 de dezembro de 2014 às 17h57.

Brasília - Em todo o país, 4,9 mil escolas tiveram média abaixo de 500 na nota da redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2013.

Elas representam pouco mais de um terço (33,87%) do total de 14,7 mil escolas cujos resultados foram divulgados hoje (22). Com essa nota, essas instituições são classificadas no nível 1, o mais baixo, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pela prova.

Em relação ao desempenho individual, mais da metade dos alunos de 3,9 mil escolas tiveram nota inferior a 500. A nota máxima é 1 mil.

Na outra ponta, apenas 16 escolas tiveram 800 ou mais na média da nota da redação, o que corresponde ao nível 5, o maior na escala do Inep. No total, 9,1 mil escolas tiveram alguma porcentagem de estudantes no nível 5. Apenas 39 tiveram mais da metade dos alunos nesse nível.

A redação é a única parte do exame em que os alunos têm de escrever. As demais provas são de múltipla escolha. Em 2013, o tema da redação foi Efeitos da Implantação da Lei Seca no Brasil.

A correção da prova de redação avalia cinco competências: domínio da norma padrão da língua escrita; compreensão da proposta de redação; capacidade de selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista; conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários à construção da argumentação; elaboração de proposta de intervenção para o problema abordado, respeitados os direitos humanos.

Neste ano, o Inep acrescentou novos componentes na divulgação das notas, o nível socioeconômico e a formação docente. Além da média dos 30 melhores estudantes da instituição.

Nas escolas em que mais da metade dos estudantes ficou no nível 1, a maior parte dos alunos têm nível socioeconômico médio baixo ou médio. Esse indicador é calculado a partir do nível de escolaridade dos pais e da posse de bens e contratação de serviços pela família dos alunos.

Para o presidente do Inep, Francisco Soares, de modo geral, os resultados são semelhantes aos de anos anteriores. “A seleção tem excelentes alunos e tem alunos com baixo desempenho, como em qualquer levantamento. O que existe de novo é que estamos qualificando [os resultados].”

Segundo ele, o nível socioeconômico é importante para que posam ser desenvolvidas políticas para melhorar o aprendizado. “Isso é reflexo da desigualdade da sociedade brasileira, os alunos trazem mais ou menos de casa e a nossa escola ainda dá conta de compensar as exclusões que a sociedade criou”, diz.

O Censo aponta que há 25.909 escolas com pelo menos um estudante no ensino médio. Para a divulgação dos resultados foram consideradas as escolas com no mínimo dez alunos concluintes do ensino médio participantes do Enem em 2013 e que apresentaram, no mínimo, 50% dos estudantes participantes do exame. Ambas informações baseadas no Censo Escolar 2013.

O Enem de 2013 foi feito por mais de 5 milhões de estudantes em todo o país. As notas são usadas para ingresso em instituições públicas, participação em programa de intercâmbio, obtenção de bolsa e financiamento em instituições privadas, além de certificar o ensino médio.

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