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As imagens das 39 horas de protesto anti-Dilma em São Paulo

Veja o que aconteceu na Avenida Paulista durante a manifestação contra o governo que ocupou o local por quase dois dias

Protesto contra o governo na Avenida Paulista, São Paulo, dia 16/03/2016 (Miguel Schincariol / AFP)

Protesto contra o governo na Avenida Paulista, São Paulo, dia 16/03/2016 (Miguel Schincariol / AFP)

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Da Redação

Publicado em 18 de março de 2016 às 21h34.

São Paulo - Não faltou nada nas manifestações anti-Dilma que duraram quase 40 horas na Avenida Paulista. Lá estavam presentes cover de Roberto Carlos com as cores do Brasil, repentista com a bandeira nacional ao fundo, Dilma inflável e o Pixuleco (boneco inflável que representa o ex-presidente Lula vestido de presidiário).

Os gritos que começaram na tarde de quarta-feira (16), com a divulgação de grampos telefônicos envolvendo o ex-presidente e Dilma Rousseff, eram os mesmos da manifestação de domingo (13): "Fora Dilma" e "Fora PT".  

Crescia, no entanto, a reivindicação pela prisão de Lula, que tomou posse do cargo de ministro-chefe da Casa Civil na manhã de quinta-feira (17)  e nele permaneceu por menos de uma hora.

A suspensão da posse feita por liminar pelo juiz federal Itagiba Catta Preta não foi suficiente para fazer os manifestantes deixarem a região da Paulista. Eles permaneceram lá por toda a noite, alguns acampando no local, inclusive.

Para aguentar todo esse tempo e manter a animação, os vendedores ambulantes foram essenciais. Camisas do Brasil, apitos, buzinas, bandeiras de diversos tamanhos, assim como faixas e outros adereços de cabeça deram o tom verde e amarelo à multidão.

Quem quisesse miniaturas do grande boneco Pixuleco também não encontrava dificuldades para comprar o artigo que foi sucesso absoluto na avenida. Bem dizia um dos vendedores mais sinceros do protesto: "Fora PT, eu quero é vender".

Diversidade

Marcou presença no evento um grupo de estudantes da Escola Estadual de Diadema. Com os dizeres "Quem vai punir os ladrões de merenda?", os secundaristas causaram estranhamento nos demais protestantes.

Segundo os garotos, algumas pessoas que se aproximavam deles pensavam que essas palavras se relacionavam ao PT. Protestavam, no entanto, contra o esquema de corrupção que envolveu o presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo Fernando Capez e o ex-chefe de gabinete da Casa Civil Luiz Roberto dos Santos, ambos do PSDB.

O fim

Por volta das 9h de hoje (18) manifestantes que ainda ocupavam a avenida Paulista foram dispersados pela Tropa de Choque da Polícia Militar. A Polícia usou jatos d'água, bombas de gás e de efeito moral para intimidar os ocupantes da avenida. 

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