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39 cidades do AL e PE vivem duas tragédias: seca e chuva

No mês de abril, Pernambuco decretou emergência ou calamidade, por seca, em 56 dos 185 municípios

Chuva: em Alagoas, esse número chegou a 77 das 102 cidades (Ian Waldie/Getty Images)

Chuva: em Alagoas, esse número chegou a 77 das 102 cidades (Ian Waldie/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 3 de junho de 2017 às 16h23.

Última atualização em 3 de junho de 2017 às 16h50.

Recife - Pelos menos 39 cidades de Alagoas e Pernambuco, que até uma semana atrás vivenciavam situação de calamidade por seca, foram incluídas pelos governos estaduais em decretos que determinavam emergência pelas chuvas.

De acordo com dados do Comitê de Monitoramento de Estiagem do Nordeste, parte dos municípios de Pernambuco, Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte, Paraíba e Ceará enfrenta o sexto ano consecutivo de estiagem.

No mês de abril, Pernambuco decretou emergência ou calamidade, por seca, em 56 dos 185 municípios. Em Alagoas, esse número chegou a 77 das 102 cidades.

Na prática, de um dia para o outro, famílias que dependiam de caminhão-pipa para ter água em casa perderam tudo o que tinham com as enchentes.

Uma das cidades pernambucanas a viver esta situação é Caruaru. Um dos maiores do Agreste do Estado, o município enfrenta grave crise no abastecimento de água.

Morador do bairro do Salgado, o comerciante Hélio Souza, de 45 anos, lamenta os prejuízos causados pelas enchentes, que se somam aos custos que já vinha tendo com a estiagem.

Dono de dois pontos comerciais, ele gastava cerca de R$ 450 por semana para abastecer as cisternas e garantir água aos clientes. Com as chuvas, teve perda total em um de seus pontos, no bairro de Pinheirópolis. "A água invadiu tudo."

No campo

Em Alagoas, a situação da agricultora Josélia Freitas é bem parecida. Moradora de União dos Palmares, na Zona da Mata, ela enfrentou rodízio no abastecimento de água, por causa do nível baixo do Rio Mundaú, até o mês passado.

Agora, o nível do rio subiu tanto que a Defesa Civil recomendou que os ribeirinhos deixassem as moradias e procurassem abrigo em locais seguros. Josélia saiu do imóvel onde morava, com o marido e três filhos, e está abrigada na casa de parentes.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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