Brasil

36,6% dos consumidores voltaram a ficar inadimplentes

Dados do Serasa mostram que parte das pessoas que regularizaram suas pendências no final de 2012 voltaram a ter dívidas em 2013


	Sede da Serasa: amanhã (13) e sexta-feira (14), das 8h às 20h, haverá um mutirão online para orientar consumidores com dúvidas relacionadas à renegociação de dívidas
 (Divulgação)

Sede da Serasa: amanhã (13) e sexta-feira (14), das 8h às 20h, haverá um mutirão online para orientar consumidores com dúvidas relacionadas à renegociação de dívidas (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 12 de março de 2014 às 18h36.

São Paulo - Um estudo feito pela Serasa Experian mostrou que 36,6% dos consumidores que estavam inadimplentes, mas regularizaram suas pendências no final de 2012, voltaram a ter dívidas em 2013.

De acordo com a pesquisa, divulgada hoje (12) na capital paulista, apesar de existir, a reincidência é a menor dos últimos três anos, já que, em 2012, esse índice chegou a 38,9% e, em 2011, foi de 39,4%.

Para o presidente da Serasa Experian, Ricardo Loureiro, os dois principais aspectos que influenciam no nível de inadimplência em qualquer situação avaliada são o cenário econômico e o comportamento do indivíduo. “A questão econômica atualmente não justifica [a inadimplência] porque temos pleno emprego, as pessoas estão trabalhando e a renda crescendo.

Claro que, fortuitamente, alguém perde o emprego, tem uma doença na família, mas a maior parcela neste momento vem do descontrole. Daquelas pessoas que, em um passado recente, deram um passo maior que a perna e não conseguiram regularizar a situação”, explicou.

Loureiro disse que o estímulo ao consumo não é um problema, mas a reação a esse incentivo, sim. Segundo ele, o estímulo é importante e tem que haver consumo para a produção existir. “Mas é preciso ser feito um uso adequado disso, com educação financeira e o cadastro positivo que, em conjunto com o comportamento, é uma ferramenta prática que dá condição para que os próximos créditos sejam concedidos para quem tem condição de pagá-los. Senão, joga-se essa pessoa na sarjeta”, acrescentou Loureiro.

Conforme os dados da pesquisa, dos 36,6% consumidores que voltaram à inadimplência, 27,1% tinham mais de cinco dívidas, contra os 29,4% do ano anterior. Aqueles com cinco a nove dívidas em 2013 eram 18,4% ante os 19,4% do ano anterior.

Os que tinham de dez a 14 dívidas diferentes eram 5,4% em 2013 contra 6,1% em 2012. Quanto aos inadimplentes com apenas uma dívida, a pesquisa mostra que em 2013 essa taxa chegou a 33,6% ante os 32,7% de 2012.


O estudo também indicou que, mesmo com o aumento da inadimplência, no ano passado, 17,6 milhões de consumidores quitaram suas dívidas e regularizaram seu nome, o que representa um aumento de 2,17% na comparação com 2012, quando 17,3% limparam seu nome (1,88% a mais do que no ano anterior).

Para ajudar o consumidor a evitar a inadimplência e a reincidência, a Serasa Experian lançou hoje um guia on line e gratuito de orientação.

Loureiro informou que esse guia contém planilhas simplificadas para fazer o controle orçamentário, dicas de como poupar e calculadoras que mostram o que sobra no final do mês de forma simplificada. “O guia ajuda a criar o hábito de considerar as datas importantes do mês nos quais os principais pagamentos deverão ser feitos. A ideia é fazer com que esse assunto esteja à disposição dos consumidores”, disse o presidente da Serasa.

Amanhã (13) e sexta-feira (14), das 8h às 20h, um mutirão on line para orientar os consumidores com dúvidas relacionadas à renegociação de dívidas.

O plantão será dado por 120 voluntários do programa de educação financeira da Serasa Experian, Sonhos Reais. Todas as ações estão ligadas à comemoração do Dia do Consumidor, em 15 de março, quando as agências da Serasa Experian estarão abertas para receber aqueles que buscarem orientação financeira para regularizar suas pendências.

Os consumidores também poderão abrir o Cadastro Positivo, que reúne o histórico de pagamentos e compromissos. Com o cadastro, é possível medir a pontualidade de quitação das parcelas vencidas e avaliar o risco de superendividamento. Os consumidores que já estiverem inscritos no cadastro poderão consultar seu histórico.

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