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3 perguntas para Rogério Chequer: das manifestações para as urnas

Chequer, que é um dos fundadores do Vem pra Rua, anunciou sua saída do movimento para disputar o governo de São Paulo nas eleições de 2018

Rogério Chequer, um dos líderes do movimento Vem pra Rua (Arquivo pessoal/Divulgação)

Rogério Chequer, um dos líderes do movimento Vem pra Rua (Arquivo pessoal/Divulgação)

Valéria Bretas

Valéria Bretas

Publicado em 9 de dezembro de 2017 às 07h00.

Última atualização em 9 de dezembro de 2017 às 07h00.

São Paulo - Na última quinta-feira (7), Rogério Chequer, um dos fundadores do Vem pra Rua, anunciou sua saída do movimento para disputar o governo do estado de São Paulo nas eleições de 2018.

Candidato do partido Novo, Chequer, que é engenheiro de produção formado pela USP, defende uma gestão com foco na sociedade.

“Existe uma demanda natural para quem esteja disposto a fazer política de uma forma diferente, mais transparente, com foco na sociedade, e não em si mesmo”, disse o pré-candidato em entrevista a EXAME.

EXAME - Uma sondagem do Instituto Paraná Pesquisas mostrou que 71,9% dos brasileiros acreditam que o país terá uma renovação política em 2018. Nessa toada, a decisão de se candidatar agora é uma tentativa de aproveitar esse momento?

Rogério Chequer - Eu acho que qualquer cargo eletivo em 2018 vai ter um espaço entre o eleitorado que está buscando renovação na política. Há uma coincidência entre a minha decisão de cogitar concorrer um cargo político com um momento em que as pessoas também estão buscando mudanças no plano político.

O motivo é que eu acredito que nós precisamos correr riscos e dar a cara para bater e começar a dar o exemplo de que é possível ter pessoas novas na política e que pensem no país.

Mas participar de um movimento social não é suficiente para atuar na política e promover mudanças?

São duas formas diferentes de participação. Em uma delas você está trabalhando junto com a sociedade promovendo novos hábitos, novos costumes e a fiscalização dos políticos. Já na outra, você parte de um sistema que até agora se mostrou falido e que nós temos esperança que mude. Mas, para mudar, precisamos ter gente nova nele.

Então são duas  maneiras completamente diferentes de se promover uma mudança tão necessária no sistema político brasileiro.  

O cansaço dos eleitores com as lideranças e grupos tradicionais é suficiente para emplacar uma candidatura de um estreante na política?

O que a gente já sabe é que existe uma insatisfação com o que está aí. Existe uma demanda natural para quem esteja disposto a fazer política de uma forma diferente, mais transparente, com foco na sociedade e não em si mesmo, no partido ou no futuro político das pessoas.

Essa demanda vai fazer com que as eleições tenham uma dinâmica completamente diferente. As eleições de 2018 podem trazer resultados surpreendentes.

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