Brasil

Três ministros militares saem em defesa de Moro

Augusto Heleno disse que "querem macular a imagem do Dr Sergio Moro, cujas integridade e devoção à Pátria estão acima de qualquer suspeita"

General Augusto Heleno: ministro foi um dos que se pronunciou sobre o caso (Adriano Machado/Reuters)

General Augusto Heleno: ministro foi um dos que se pronunciou sobre o caso (Adriano Machado/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 10 de junho de 2019 às 19h48.

Última atualização em 11 de junho de 2019 às 10h21.

Brasília — Os ministros Augusto Heleno (Segurança Institucional), Fernando Azevedo e Silva (Defesa) e Carlos Alberto dos Santos Cruz (Secretaria de Governo) saíram nesta segunda-feira (10), em defesa do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, após o site "The Intercept Brasil" divulgar o suposto conteúdo de mensagens trocadas por ele e integrantes do MPF-PR, como o procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa em Curitiba.

Em mensagem enviada a contatos por um aplicativo de troca de mensagens, Augusto Heleno disse que "querem macular a imagem do Dr Sergio Moro, cujas integridade e devoção à Pátria estão acima de qualquer suspeita". Para ele, "o desespero dos que dominaram o cenário econômico e político do Brasil, nas últimas décadas, levou seus integrantes a usar meios ilícitos para tentar provar que a Justiça os puniu injustamente".

"Vão ser desmascarados, mais uma vez. Os diálogos e acusações divulgadas ratificam o trabalho honesto e imparcial dos que têm a lei a seu lado. O julgamento popular dará aos detratores a resposta que merecem. Brasil acima de tudo!!!", escreveu.

As conversas supostamente mostrariam que Moro teria orientado investigações da Lava Jato por meio de mensagens trocadas no aplicativo Telegram. O The Intercept afirmou que recebeu de fonte anônima o material. O site tem entre seus fundadores Glenn Greenwald, americano radicado no Brasil que é um dos autores da reportagem.

De acordo com o site, há conversas escritas e gravadas nas quais Moro teria sugerido mudança da ordem de fases da Lava Jato, além de dar conselhos, fornecer pistas e antecipar uma decisão a Dallagnol.

A jornalistas, após cerimônia em comemoração aos 20 anos de criação do Ministério da Defesa e de entrega da Ordem do Mérito da Defesa, no Clube Naval de Brasília, Azevedo e Silva disse que Moro tem "total confiança" do governo.

"Eu preciso me aprofundar nesse fato, um fato recente, vamos ver o que que aconteceu realmente. Agora, uma coisa eu falo, o ministro Moro tem a total confiança nossa. Total confiança nossa. Ele é um ministro, um homem de muito respeito e do bem", disse Azevedo e Silva a jornalistas.

Também presente no evento, Santos Cruz afirmou que o fato de o celular do ministro ter sido invadido por hackers "demonstra a ousadia do crime e não pode ser admitido". O presidente Jair Bolsonaro, que participou da cerimônia, não se pronunciou sobre o caso durante seu discurso e saiu do evento sem falar com a imprensa.

Acompanhe tudo sobre:General Augusto HelenoOperação Lava JatoSergio Moro

Mais de Brasil

Acidente com ônibus escolar deixa 23 mortos em Alagoas

Dino determina que Prefeitura de SP cobre serviço funerário com valores de antes da privatização

Incêndio atinge trem da Linha 9-Esmeralda neste domingo; veja vídeo

Ações isoladas ganham gravidade em contexto de plano de golpe, afirma professor da USP