Brasil

1º TRF derruba liminar que suspende novo ministro da Justiça

A decisão vale até que o Supremo Tribunal Federal (STF) decida sobre o caso.


	STF: a decisão vale até que o Supremo Tribunal Federal (STF) decida sobre o caso.
 (Reuters / Ricardo Moraes)

STF: a decisão vale até que o Supremo Tribunal Federal (STF) decida sobre o caso. (Reuters / Ricardo Moraes)

DR

Da Redação

Publicado em 7 de março de 2016 às 17h27.

Brasília - O Tribunal Regional Federal da 1ª Região derrubou nesta segunda-feira, 7, a liminar que suspendeu o decreto da presidente Dilma Rousseff com a nomeação do novo ministro da Justiça, Wellington César Lima e Silva.

A decisão vale até que o Supremo Tribunal Federal (STF) decida sobre o caso.

O despacho, assinado pelo desembargador federal Cândido Ribeiro, chama de "precaríssima" a decisão para suspender o decreto, assinada pela juíza federal Solange Salgado, da 1ª Vara da Justiça Federal de Brasília, na última sexta-feira, 4.

De acordo com o desembargador, a determinação da juíza interfere em um ato do governo e prejudica as "condições de governabilidade" da presidente Dilma.

"A decisão precaríssima envolve interferência em ato de Governo, com subjacente impacto nas condições de governabilidade da Chefe do Poder Executivo", afirma o desembargador.

Ribeiro também menciona o requerimento elaborado pela Advocacia-Geral da União (AGU), em nome da presidente, que afirma que a decisão da juíza deixou sem comando o ministério "do dia para a noite".

Solange acatou o argumento formulado pelo deputado federal Mendonça Filho (DEM-PE) que aponta a proibição prevista na Constituição Federal de membros do Ministério Público de exercerem outra função pública, exceto a de professor.

A questão será analisada pelos ministros do STF em sessão plenária na próxima quarta-feira, 9. No Supremo, a ação foi proposta pelo PPS.

Embora pudesse decidir monocraticamente sobre o assunto, o ministro Gilmar Mendes, que é o relator da ação questionando o decreto de Dilma no STF, encaminhou na última sexta-feira o caso para o plenário.

Antes de tomar posse na quinta-feira passada, Wellington César ocupava o cargo de procurador-geral de Justiça adjunto para assuntos jurídicos do Ministério Público da Bahia (MP-BA).

Ele, que é ligado ao ministro Jaques Wagner (Casa Civil), já solicitou exoneração do cargo. A exoneração dele foi publicada no Diário Oficial da Justiça nesta segunda.

Outro cargo de Wellington no MP-BA é o de procurador de Justiça, que é vitalício. A exoneração, publicada no Diário da Justiça, no entanto, não tem relação com esta função.

Acompanhe tudo sobre:Dilma RousseffMinistério da Justiça e Segurança PúblicaPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos TrabalhadoresSupremo Tribunal Federal (STF)

Mais de Brasil

Acidente com ônibus escolar deixa 17 mortos em Alagoas

Dino determina que Prefeitura de SP cobre serviço funerário com valores de antes da privatização

Incêndio atinge trem da Linha 9-Esmeralda neste domingo; veja vídeo

Ações isoladas ganham gravidade em contexto de plano de golpe, afirma professor da USP