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1º de Maio: conheça os modelos de jornada já em prática no mercado, como 6x1, 5x2 e 12h x 36h

PEC de Erika Hilton que visa reduzir carga horária semanal para 36 horas, e foi proposta em maio de 2024, foi endossada pelo presidente Lula em pronunciamento por ocasião do Dia do Trabalhador. Sindicatos defendem mudanças em ato em São Paulo

Brasil abre recorde de 414.556 empregos formais em novembro . REUTERS/O Brasil abriu 414.556 vagas formais de emprego em novembro, recorde para todos os meses da série histórica do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) iniciada em 1992, desempenho que levou o saldo do ano a território positivo apesar do impacto no mercado de trabalho da pandemia de coronavírus.

Este foi o quinto mês seguido em que o Caged ficou no azul, informou nesta quarta-feira o Ministério da Economia, defendendo que o desempenho confirma a retomada do crescimento econômico após a fase mais crítica do surto de Covid-19, no segundo trimestre do ano.

"Desde o início da retomada, em julho, o Caged vem apresentando saldo positivo, o que revela o crescimento gradual do emprego formal no país, bem como a ampliação das contratações temporárias típicas desse período do ano", afirmou a pasta, em nota.

No acumulado do ano, há criação líquida de 227.025 vagas. Em rápida fala à imprensa, o ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu que isso significa que o país está se recuperando em formato de V.

"Só o negacionismo pode negar os números, números estão aí, criação líquida de empregos em plena pandemia, não imagino que isso possa ter acontecido em qualquer outro país do mundo", afirmou o ministro.

Ele também ressaltou que a esperança e trabalho da sua equipe estarão voltados para a vacinação em massa em 2021, já que a investida é que vai garantir retorno seguro ao trabalho e retomada do crescimento econômico brasileiro.

Desde o último mês, Guedes vinha reiterando em falas públicas a expectativa de perda zero de empregos formais em 2020, num desempenho fortemente amparado pelo Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda.

Nesta quarta-feira, o secretário especial de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco, destacou que, com ajuda da iniciativa, é possível que o fechamento do ano conte com resultado positivo.

"Mês de dezembro é historicamente negativo, mas não acho difícil que sejamos surpreendidos neste ano, já que temos vários programas dando subsídio a essas contratações", disse.

Bianco ressaltou que a eventual prorrogação em 2021 do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda passará pelo crivo do ministro Guedes e do presidente Jair Bolsonaro. Mas ele pontuou que a equipe ainda está avaliando "de maneira criteriosa" se há necessidade dessa extensão.

Válido até 31 de dezembro, o programa permite redução temporária de salário e jornada ou a suspensão do contrato de trabalho, com o pagamento de compensação parcial pelo governo aos trabalhadores.

O benefício bancado pelo governo, batizado de BEM, corresponde a uma parte do seguro-desemprego a que o trabalhador teria direito em caso de demissão. Hoje, o seguro-desemprego varia de um salário mínimo (1.045 reais) a 1.813,03 reais.

Segundo o governo, o BEM permitiu mais de 20 milhões de acordos entre empregados e empregadores no Brasil, contemplando 9,8 milhões de trabalhadores.

Até a véspera, o governo gastou 32,6 bilhões de reais com o programa, sendo que seu orçamento total é de 51,6 bilhões de reais.

Na terça-feira, o Ministério da Economia informou que 7,7 bilhões de reais em pagamentos do programa deverão ser feitos apenas em 2021, referentes a despesas empenhadas e que são da competência do mês de dezembro.

O secretário de Trabalho, Bruno Dalcolmo, lembrou que o pagamento do benefício se dá sempre até 30 dias após a submissão do acordo no sistema, razão pela qual é preciso ter orçamento disponível para quitar obrigações remanescentes em 2021.

Ele também afirmou que os recursos farão frente a pagamentos após decisões judiciais que ainda venham a ser dadas referentes ao programa.

DETALHAMENTO

Em novembro, a abertura de postos foi puxada principalmente pelo setor de serviços, com 179.261 novas vagas, e pelo comércio, com 179.077.

Aparecem em seguida a indústria (+51.457) e a construção (+20.724), ao passo que na agropecuária houve fechamento de 15.353 postos. (exame/Exame)

Brasil abre recorde de 414.556 empregos formais em novembro . REUTERS/O Brasil abriu 414.556 vagas formais de emprego em novembro, recorde para todos os meses da série histórica do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) iniciada em 1992, desempenho que levou o saldo do ano a território positivo apesar do impacto no mercado de trabalho da pandemia de coronavírus. Este foi o quinto mês seguido em que o Caged ficou no azul, informou nesta quarta-feira o Ministério da Economia, defendendo que o desempenho confirma a retomada do crescimento econômico após a fase mais crítica do surto de Covid-19, no segundo trimestre do ano. "Desde o início da retomada, em julho, o Caged vem apresentando saldo positivo, o que revela o crescimento gradual do emprego formal no país, bem como a ampliação das contratações temporárias típicas desse período do ano", afirmou a pasta, em nota. No acumulado do ano, há criação líquida de 227.025 vagas. Em rápida fala à imprensa, o ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu que isso significa que o país está se recuperando em formato de V. "Só o negacionismo pode negar os números, números estão aí, criação líquida de empregos em plena pandemia, não imagino que isso possa ter acontecido em qualquer outro país do mundo", afirmou o ministro. Ele também ressaltou que a esperança e trabalho da sua equipe estarão voltados para a vacinação em massa em 2021, já que a investida é que vai garantir retorno seguro ao trabalho e retomada do crescimento econômico brasileiro. Desde o último mês, Guedes vinha reiterando em falas públicas a expectativa de perda zero de empregos formais em 2020, num desempenho fortemente amparado pelo Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda. Nesta quarta-feira, o secretário especial de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco, destacou que, com ajuda da iniciativa, é possível que o fechamento do ano conte com resultado positivo. "Mês de dezembro é historicamente negativo, mas não acho difícil que sejamos surpreendidos neste ano, já que temos vários programas dando subsídio a essas contratações", disse. Bianco ressaltou que a eventual prorrogação em 2021 do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda passará pelo crivo do ministro Guedes e do presidente Jair Bolsonaro. Mas ele pontuou que a equipe ainda está avaliando "de maneira criteriosa" se há necessidade dessa extensão. Válido até 31 de dezembro, o programa permite redução temporária de salário e jornada ou a suspensão do contrato de trabalho, com o pagamento de compensação parcial pelo governo aos trabalhadores. O benefício bancado pelo governo, batizado de BEM, corresponde a uma parte do seguro-desemprego a que o trabalhador teria direito em caso de demissão. Hoje, o seguro-desemprego varia de um salário mínimo (1.045 reais) a 1.813,03 reais. Segundo o governo, o BEM permitiu mais de 20 milhões de acordos entre empregados e empregadores no Brasil, contemplando 9,8 milhões de trabalhadores. Até a véspera, o governo gastou 32,6 bilhões de reais com o programa, sendo que seu orçamento total é de 51,6 bilhões de reais. Na terça-feira, o Ministério da Economia informou que 7,7 bilhões de reais em pagamentos do programa deverão ser feitos apenas em 2021, referentes a despesas empenhadas e que são da competência do mês de dezembro. O secretário de Trabalho, Bruno Dalcolmo, lembrou que o pagamento do benefício se dá sempre até 30 dias após a submissão do acordo no sistema, razão pela qual é preciso ter orçamento disponível para quitar obrigações remanescentes em 2021. Ele também afirmou que os recursos farão frente a pagamentos após decisões judiciais que ainda venham a ser dadas referentes ao programa. DETALHAMENTO Em novembro, a abertura de postos foi puxada principalmente pelo setor de serviços, com 179.261 novas vagas, e pelo comércio, com 179.077. Aparecem em seguida a indústria (+51.457) e a construção (+20.724), ao passo que na agropecuária houve fechamento de 15.353 postos. (exame/Exame)

Agência o Globo
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Publicado em 1 de maio de 2025 às 15h55.

Última atualização em 1 de maio de 2025 às 15h57.

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Do Twitter ao Instagram, passando, claro, pelo LinkedIn, o debate sobre a proposta de fim da escala de trabalho 6x1, na qual o funcionário tem apenas um dia folga, tem mobilizado trabalhadores nas redes desde o ano passado e ganhou novo fôlego neste Dia do Trabalhador, com apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mas esse não é o único regime de jornada comum no mercado de trabalho brasileiro hoje.

A mudança na jornada semanal está prevista numa Proposta de Emenda à Constituição (PEC) de iniciativa da deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), que encampou a bandeira do movimento Vida Além do Trabalho (VAT), que ganhou força nas redes em 2023. O VAT foi fundado por Rick Azevedo, vereador eleito na cidade do Rio.

A deputada protocolou a PEC em feveriro na Câmara dos Deputados, mas o tema não tem data para avançar no Congresso
. Na quarta-feira, o debate ganhou fôlego após o presidente Lula defender as discussões sobre as mudanças, em pronunciamento em cadeia de rádio e TV, por ocasião do Dia do Trabalhador.

O que é o fim da escala 6x1?

O texto da PEC prevê a adoção de jornada de quatro dias e sugere que o limite legal de 44 horas semanais de trabalho caia para 36 horas, sem alteração na carga máxima de diária de oito horas e sem redução salarial.

Quais são as regras hoje?

A definição da carga horária atual está estabelecida no artigo 7º da Constituição Federal. Lá, fica assegurado ao trabalhador o direito de ter um expediente “não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais”. Já as horas extras não podem passar do limite de duas horas por dia, com exceção de situações excepcionais.

Advogada trabalhista e especialista em Direito Sindical, Maria Lucia Benhame, explica que a escala 6x1 atinge principalmente trabalhadores do comércio e de alguns setores de serviços, como os de hotéis, bares e restaurantes, com jornada de 7h20 de trabalho em seis dias e um dia de folga.

No setor de logística, 4x4

Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), só no comércio são 10,5 milhões de trabalhadores, o segundo setor que mais emprega no país. Mas em outros setores, há jornadas específicas.

A advogada detalha que na indústria, por exemplo, as escalas têm sido cada vez mais "criativas":

– Já vi fábricas com jornadas semanais que se revezam, com 6x3, 6x2 e 6x1, por exemplo. E no setor logístico, há casos de escalas 4x4, numa demanda dos próprios trabalhadores – diz.

Em outros setores, a escala não é por dia, mas por horas trabalhadas. É o caso de trabalhadores da saúde ou de serviços de segurança patrimonial, por exemplo, que muitas vezes trabalham 12 horas e folgam 36 horas.

— Nos escritórios, o mais corriqueiro é trabalhar só de segunda a sexta-feira. Algumas empresas baixaram voluntariamente a escala para 8 horas diárias, 40 horas por semana, e outras funcionam com 44 horas semanais, mas com uma compensação semanal, seja de 48 horas a mais por mês ou uma hora a mais de segunda a quinta-feira — explica Maria Lucia.

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