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16 laboratórios fazem diagnóstico de vírus Zika no país

O Ministério da Saúde informou que capacitou mais 11 laboratórios públicos para fazer o diagnóstico de infecção pelo vírus Zika


	O zika virus: até então, apenas cinco unidades de referência faziam esse tipo de exame em todo o país
 (Arquivo/Agência Brasil)

O zika virus: até então, apenas cinco unidades de referência faziam esse tipo de exame em todo o país (Arquivo/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 18 de dezembro de 2015 às 16h48.

O Ministério da Saúde informou hoje (18) que capacitou mais 11 laboratórios públicos para fazer o diagnóstico de infecção pelo vírus Zika.

Até então, apenas cinco unidades de referência faziam esse tipo de exame em todo o país.

A técnica utilizada pela pasta para diagnóstico é o PCR (Biologia Molecular). A expectativa do governo é que, nos próximos dois meses, a tecnologia seja transferida para mais 11 laboratórios, totalizando 27 unidades preparadas para analisar 400 amostras por mês de casos suspeitos de Zika.

Atualmente, os exames podem ser feitos em laboratórios centrais dos seguintes estados: Bahia, Amazonas, Alagoas, Goiás, Pará, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Sergipe, Rio Grande do Norte e Distrito Federal, além dos laboratórios sentinelas de referência, que também terão sua produção ampliada.

De acordo com o ministério, essas unidades fazem, em média, cerca de 80 exames mensais em todo o país. “No entanto, devido ao aumento de casos de microcefalia em decorrência do vírus Zika, essas unidades passarão a usar 100% da sua atual capacidade instalada”.

A pasta informou ainda que fez esta semana um pregão para a compra de insumos para 250 mil exames a um custo de R$ 645 mil. Até a primeira quinzena de janeiro, todos os laboratórios terão recebido o material.

Atualmente, a circulação do vírus Zika em uma região é confirmada em algumas amostras, por meio de teste PCR. Em média, leva-se até 15 dias para a coleta, o envio ao laboratório de referência, o processamento, a análise e o resultado das amostras.

O teste deve ser feito, de preferência, nos primeiros cinco dias de manifestação dos sintomas. A partir da confirmação e caracterizada a presença do vírus na região, os outros diagnósticos são feitos clinicamente, por avaliação médica dos sintomas.

“Vale ressaltar que o vírus Zika é de difícil detecção, pois cerca de 80% dos casos infectados não manifestam sinais ou sintomas”, ressaltou a pasta. “Independente da confirmação das amostras para Zika, é importante que os profissionais de saúde se mantenham atentos frente aos casos suspeitos nas unidades de saúde e adotem as recomendações do protocolo vigente.”

Até o último sábado (12), foram notificados 2.401 casos de microcefalia (quadro relacionado à infecção por vírus Zika em gestantes) em 549 municípios de 20 unidades da Federação. Desses, 134 foram confirmados como tendo relação com o vírus, 102 foram descartados (não têm relação com a doença) e 2.165 estão em investigação.

O balanço mostra ainda que 29 óbitos por microcefalia foram notificados, desde o início do ano: um no Ceará, confirmado como tendo relação com o Zika; dois casos no Rio de Janeiro, descartada a relação com o Zika; e 26 estão em investigação.

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