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14h no Senado; Governo tranquilo…

Dilma no Senado Durou cerca de 14 horas a defesa da presidente afasta Dilma Rousseff no Senado. Dilma abriu sua fala com um discurso de 44 minutos no qual classificou a ação como golpe e acusou a oposição de armar para desestabilizar o país como forma de montar um ambiente propício para sua retirada do […]

DILMA NO SENADO: a presidente afastada falou em golpe e acusou a oposição de armar para desestabilizar o país / Ueslei Marcelino/ Reuters (Ueslei Marcelino/Reuters/Reuters)

DILMA NO SENADO: a presidente afastada falou em golpe e acusou a oposição de armar para desestabilizar o país / Ueslei Marcelino/ Reuters (Ueslei Marcelino/Reuters/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 30 de agosto de 2016 às 07h02.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h54.

Dilma no Senado

Durou cerca de 14 horas a defesa da presidente afasta Dilma Rousseff no Senado. Dilma abriu sua fala com um discurso de 44 minutos no qual classificou a ação como golpe e acusou a oposição de armar para desestabilizar o país como forma de montar um ambiente propício para sua retirada do poder. Ela disse que tentou melhorar o ambiente econômico, mas foi boicotada pelo então presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha.

“Não há crime”

A presidente afastada também sustentou que não cometeu o crime de responsabilidade pelo qual é acusada, de abrir créditos suplementares sem aprovação do Congresso e realizar empréstimos de bancos públicos para maquiar o rombo nas contas da União, as chamadas pedaladas fiscais. Dilma também disse que o presidente interino Michel Temer vai inviabilizar gastos sociais com habitação, saúde, educação e Previdência com a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição que limita os gastos públicos à inflação do ano anterior.

A oposição

Depois de passar o fim de semana alegando que não aceitaria que Dilma utilizasse a palavra “golpe” no Senado, os senadores de oposição acabaram não tendo reações exageradas. Aécio Neves, que foi adversário de Dilma na corrida à Presidência em 2014 relembrou momentos dos debates, alegando que a presidente afastada mentiu na campanha. Dilma, por sua vez, defendeu-se alegando que o cenário internacional piorou muito a partir de outubro de 2014, com a queda no preço das commodities, e que isso refletiu na economia.

De leve

Outro senador que prometia uma fala áspera contra Dilma, o democrata Ronaldo Caiado perguntou sobre a economia, citando o número de desempregados e a recessão do país. Dilma respondeu que grande parte disso foi ocasionada pelo cenário internacional, citando novamente as commodities e a política monetária dos Estados Unidos, que aumentaram a taxa de juro aplicada. Os senadores aliados de Dilma usaram seus 5 minutos para defender a presidente afastada e levantar a bola de assuntos positivos para o governo do PT.

Repercussão dentro e fora

A imprensa internacional, de maneira geral, dá como certo o impeachment de Dilma Rousseff. Diversos veículos influentes deram destaque à fala da presidente no Senado. De modo geral, jornais como o americano The New York Times e o britânico The Guardian ressaltaram a fala em que Dilma diz que sofre um golpe e que não cometeu crimes. Já o jornal especializado em economia Financial Times questionou o sistema político brasileiro, criticando o fato de não haver um líder efetivo há quase um ano. O jornal debateu se não seria hora de o país mudar para o sistema parlamentarista.

Enquanto isso

O presidente Michel Temer acompanhou as falas de Dilma Rousseff do Palácio do Jaburu durante a manhã. À tarde, ele recebeu atletas olímpicos e o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Arthur Nuzman. Temer discursou aos atletas, agradecendo pelo comprometimento, e disse que acompanha o julgamento de Dilma com “absoluta tranquilidade”. O presidente deve viajar para a China — já como efetivo — assim que o julgamento de Dilma se encerrar, e colocá-lo como definitivo no cargo. Nos bastidores, a equipe de Temer avaliou o discurso da presidente afastada pela manhã como “fraco politicamente” e incapaz de mudar o placar que culminará na cassação.

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Venda de 6 bi?

A Petrobras está em fase final para vender sua rede de gasodutos Nova Transportadora Sudeste (NTS), avaliada entre 5,5 bilhões e 6 bilhões de dólares. Desde maio, a estatal está em negociação exclusiva com a gestora de ativos canadense Brookfield para a venda de sua subsidiária de gasodutos. Segundo informações da agência de notícias Bloomberg, a petroleira poderá vender mais do que os 81% da NTS previstos. Petrobras e Brookfield não quiseram comentar o assunto.

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Comando novo na GM

A montadora GM anunciou que seu atual diretor financeiro, Carlos Zarlenga, será o novo presidente da companhia no Brasil a partir do dia 1o de setembro. Ele substituirá Santiago Chamorro, promovido a vice-presidente de conectividade e relação com o cliente na sede da montadora em Detroit. Segundo a companhia, Chamorro terá como missão consolidar e expandir a Chevrolet no país. A GM planeja investir 13 bilhões de reais no país até 2019.

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Fies ocioso

Mais de 30% das vagas do Fies neste ano devem ficar ociosas. Segundo levantamento do Mapa do Ensino Superior do Semesp, sindicato das instituições de ensino superior, de um total de 278.000 financiamentos ofertados, apenas 222.000 foram preenchidos. A maior ociosidade foi vista no primeiro semestre, quando metade das 250.000 vagas não foi preenchida.

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Expectativa da indústria cai

Após uma sequência de cinco altas, o Índice de Confiança da Indústria (ICI) do Brasil diminuiu 1 ponto, para 86,1 pontos, em agosto. Segundo a Fundação Getulio Vargas, isso indica uma tendência de acomodação, e não uma mudança na tendência de alta. O resultado em agosto foi influenciado pela piora na expectativa em relação aos próximos meses. “A combinação de resultados mostra continuidade da tendência de ajuste de estoques associada a uma calibragem para baixo do nível de atividade”, disse Aloisio Campelo Junior, superintendente de estatísticas públicas da FGV/IBRE, em nota.

EUA: consumo sobe, inflação cai

Responsável por dois terços da atividade econômica dos Estados Unidos, o consumo no país teve a quarta alta seguida em julho, fechando em 0,3% — ante 0,5% de crescimento em junho. O resultado positivo seguiu as previsões de analistas e foi puxado sobretudo pelas vendas de automóveis. Por outro lado, o PCE, índice de inflação, foi de 1,6% em julho, no acumulado dos últimos 12 meses — abaixo da meta de 2% desejada pelo Fed, banco central americano. Assim, os números desta segunda-feira são controversos para o Fed: enquanto o aumento do consumo pode estimular uma opção pelo aumento da taxa de juro nos próximos meses, a inflação baixa talvez retarde uma possível mudança.

A ameaça dos hackers

Às vésperas das eleições presidenciais de 8 de novembro, o FBI, agência de inteligência americana, encontrou falhas de segurança na base de dados eleitorais de Illinois e do Arizona — que podem ter sido invadidas anteriormente. Os servidores afetados contêm apenas dados pessoais dos eleitores, e uma possível invasão não seria capaz de interferir no resultado das eleições. De qualquer forma, o FBI vem tomando cuidado redobrado depois que hackers russos conseguiram acessar milhares de e-mails confidenciais do Partido Democrata no mês passado.

Apple: multa bilionária 

A Comissão Europeia concluirá na terça-feira 30 uma investigação de três anos sobre os benefícios fiscais concedidos à empresa de tecnologia Apple pelo governo irlandês. Na prática, a Irlanda permitiu que a Apple omitisse bilhões de dólares em lucros. O caso começou a ser investigado por Bruxelas em 2014, como parte dos esforços europeus para evitar evasões fiscais. Fontes revelaram à imprensa internacional que a Apple deve ser considerada culpada pelo júri e pode ser multada em mais de 1 bilhão de euros — ultrapassando a maior multa da história europeia, aplicada ao grupo de energia francês EDF em 2015.

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