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1,2 milhão de pessoas já contraiu covid-19 na cidade de SP, diz pesquisa

Considerando a população de 12,25 milhões, a prevalência do novo coronavírus na capital gira em torno de 10%

 (Governo do Estado de São Paulo/Divulgação)

(Governo do Estado de São Paulo/Divulgação)

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Clara Cerioni

Publicado em 9 de julho de 2020 às 12h09.

Última atualização em 9 de julho de 2020 às 12h23.

A segunda etapa de uma pesquisa da prefeitura de São Paulo para identificar a dimensão da pandemia da covid-19 no município mostra que 1,2 milhão de pessoas já teriam sido infectadas. Considerando a população de 12,25 milhões, a prevalência na cidade seria de 9,8%.

Na primeira etapa do inquérito sorológico, chamada de fase zero e apresentada no fim de junho, a prevalência era de 9,5% e oscilou dentro da margem de erro da pesquisa, de 4,2%.

O secretario municipal da Saúde, Edson Aparecido, avaliou que as duas etapas da pesquisa mostraram uma "estabilidade" e pontos importantes para reforçar o atendimento da rede básica de saúde.

Na fase chamada de zero foram testadas 5.664 pessoas, determinadas por sorteio e distribuídas nas 472 Unidades Básicas de Saúde da cidade. Nesta nova etapa, chamada de 1, o número de pessoas subiu para 5.777.

As regiões em que mostraram uma prevalência maior de casos foram: Brasilândia, Cachoeirinha, Jaçanã, Liberdade, Santa Cecília, Cidade Ademar, Jardim São Luis, Campo Limpo, Capão Redondo, Parque São Lucas, Sapopemba, Itaim Paulista, Itaquera e Lageado.

Inicialmente o inquérito sorológico teria 5 fases mas a prefeitura decidiu ampliar para 9 etapas.

O teste feito é o chamado imunocromatográfico, que tem uma taxa de confiabilidade de 99%. Ele identifica pessoas que têm o anticorpo da covid-19, ou seja, já contraíram a doença em algum momento.

No último boletim oficial divulgado pela Secretaria Municipal da Saúde, a cidade tem um total de 176.303 casos confirmados e 7.922 mortes causadas pelo coronavírus.

Subnotificação no Brasil

No Brasil, a mesma subnotificação também acontece. Inquérito sorológico feito pela Universidade Federal de Pelotas e o Ministério da Saúde testou 89.397 pessoas em 133 cidades do país, uma média de 200 pessoas por município, sendo o maior até o momento no país.

Na semana passada, Pedro Hallal, coordenador da pesquisa, apresentou resultados preliminares que indicam que o país pode ter até 8 milhões de casos de covid-19, 6,4 milhões a mais que o registrado oficialmente. Mas ainda precisam ser feitos mais testes para confirmar as projeções.

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