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12 dias para a posse: Bolsonaro reúne os 22 ministros, Fabrício depõe

No encontro em Brasília, deve ser discutido o início do mandato e a reforma da Previdência; no Rio, ex-assessor deve falar sobre Coaf

Jair Bolsonaro: presidente se reúne com equipe dos ministérios para fazer definir primeiros momentos do governo (Adriano Machado/Reuters)

Jair Bolsonaro: presidente se reúne com equipe dos ministérios para fazer definir primeiros momentos do governo (Adriano Machado/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 19 de dezembro de 2018 às 06h25.

Última atualização em 19 de dezembro de 2018 às 07h52.

A duas semanas da posse do novo governo, o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), vai se reunir pela primeira vez com os 22 ministros e o vice, general Hamilton Mourão, nesta quarta-feira, 19, em Brasília. O objetivo do encontro, segundo o blog do jornalista Valdo Cruz, é discutir as medidas que devem ser adotadas logo no início do mandato.

O debate deve se concentrar em torno das parcerias com a iniciativa privada e do texto da reforma da Previdência que será apresentado ao Congresso. Ainda não há uma definição se o novo governo pretende aprovar partes do texto elaborado pela equipe de Michel Temer ou se prefere formular outro projeto de reforma a ser encaminhado à Câmara e ao Senado.

O mercado está otimista com o novo governo, segundo sondagem feita pela XP Investimentos e divulgada pelo site Infomoney. Para 83% dos 103 investidores institucionais entrevistados, a gestão será ótima ou boa contra apenas 4% que projetam um governo ruim ou péssimo. A pesquisa foi feita após a notícia da investigação do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) sobre movimentações suspeitas na conta de Fabrício de Queiroz, ex-assessor do filho Flávio Bolsonaro.

Queiroz, desaparecido desde as denúncias de movimentação de 1,2 milhão de reais, deve prestar depoimento hoje sobre o caso ao Ministério Público. Ao ser diplomado senador ontem, no Rio, Flávio Bolsonaro disse que é cabe ao assessor esclarecer a origem do dinheiro. “Sou o maior interessado. Estou há dias apanhando”, afirmou, segundo o jornal O Estado de S. Paulo.

O tema espinhoso do Coaf não foi abordado por Bolsonaro na transmissão ao vivo feita na noite de ontem, 18. O presidente eleito voltou a usar as redes sociais para comentar notícias relacionadas a ele e à sua equipe. Ele, inclusive, reconheceu que não será fácil governar pelos próximos quatro anos. “A barra vai ser pesada. Ninguém acreditava. Aqueles que sempre estiveram no poder não acreditavam que a gente pudesse obter a vitória. Teremos problemas pela frente, sim. Mas acredito em Deus e no apoio de vocês”, afirmou, na transmissão ao vivo.

O depoimento de Fabrício Queiroz, caso de fato aconteça, deve mostrar a relevância do primeiro grande problema de um governo que sequer começou.

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