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Vaca louca: Mapa confirma caso da doença no Pará e suspende exportação de carne à China

Animal foi abatido e rebanho isolado; exportações à China ficam suspensas a partir desta quinta-feira

Rebanho de 160 cabeças foi isolado no município de Marabá (PA) após confirmação da doença da vaca louca (Pilar Olivares/Reuters)

Rebanho de 160 cabeças foi isolado no município de Marabá (PA) após confirmação da doença da vaca louca (Pilar Olivares/Reuters)

Mariana Grilli
Mariana Grilli

Repórter de Agro

Publicado em 22 de fevereiro de 2023 às 21h00.

Última atualização em 23 de fevereiro de 2023 às 07h04.

Um caso isolado da 'doença da vaca louca' - nome comumente dado à Encefalopatia Espongiforme Bovina - foi confirmado nesta quarta-feira, 22, pelo Ministério da Agricultura e Pecuária e pela Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará).  Desde segunda-feira a hipótese já era considerada pelos órgãos e foi comprovada em um animal macho de 9 anos em uma pequena propriedade no município de Marabá (PA).

O rebanho de 160 cabeças foi isolado preventivamente, bem como a propriedade interditada. Ainda assim, as autoridades afirmam que não há risco de contaminação para outros animais e também a humanos.

Segundo o Mapa, o animal foi abatido e a carcaça incinerada no local. Também foi feito o comunicado à Organização Mundial de Saúde Animal (OMAS) e as amostras foram enviadas para o laboratório referência da instituição em Alberta, no Canadá, que poderá confirmar se o caso é atípico.

“Todas as providências estão sendo adotadas imediatamente em cada etapa da investigação e o assunto está sendo tratado com total transparência para garantir aos consumidores brasileiros e mundiais a qualidade reconhecida da nossa carne”, ressaltou o ministro Carlos Fávaro.

Vaca louca e a exportação para a China

Ainda de acordo com o Ministério, seguindo o protocolo sanitário oficial, as exportações para a China serão temporariamente suspensas a partir desta quinta-feira (23). "O diálogo com as autoridades está sendo intensificado para demonstrar todas as informações e o pronto restabelecimento do comércio da carne brasileira", informa a nota.

O pecuarista identificou que um de seus animais estava com sintomas de doença nervosa, que atinge parte do sistema nervoso central do bicho. O produtor compareceu à agência de defesa para informar a suspeita, assim como é indicado a todos os produtores que desconfiarem desta e outras doenças, como influenza aviária ou incidências de pragas na lavoura.

Segundo a Adepará, um fiscal estadual agropecuário realizou a inspeção in loco, notificou o caso e prosseguiu para a eutanásia para coleta de amostras e envio ao laboratório.

A idade do boi pode influenciar na aparição da doença. Isso porque casos atípicos podem acometer animais de mais idade. Para ser exportado à China, o boi precisa estar com menos de 30 meses no momento do abate e no máximo quatro dentes incisivos permanentes, uma determinação sanitária dos chineses.

Ainda em relação às exportações, o autoembargo para a carne bovina deve refletir no preço da arroba, que tende a cair enquanto houver a paralisação da venda externa.

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