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Uruguai prorroga até fim do ano emergência agropecuária devido à seca

Perdas geradas pela falta de chuva se aproximam de 2 bilhões de dólares no país

Seca no Uruguai: garota em área ressecada da represa Paso Severino, que abastece Montevidéu (Santiago Mazzarovich/Getty Images)

Seca no Uruguai: garota em área ressecada da represa Paso Severino, que abastece Montevidéu (Santiago Mazzarovich/Getty Images)

Publicado em 20 de setembro de 2023 às 22h07.

O governo do Uruguai anunciou, nesta quarta-feira (20), a prorrogação até o final do ano da emergência agropecuária devido à seca, que foi declarada há 11 meses. Essa medida permite continuar apoiando os produtores afetados pela seca histórica que atingiu o país.

"Considerando que a seca impactou a economia de muitas produções, tomamos a decisão de estender a emergência agropecuária por mais três meses, até o final do ano", disse o ministro da Pecuária, Agricultura e Pesca, Fernando Mattos.

Ele observou que, embora as causas da seca estejam diminuindo e que chuvas são esperadas no último trimestre do ano devido ao fenômeno El Niño, os efeitos da contínua falta de chuva ainda persistem. "Se interrompermos a emergência, os instrumentos de crédito que têm dado apoio aos produtores que ainda precisam serão perdidos", explicou.

A emergência agropecuária, que está em vigor desde outubro de 2022, abrange a pecuária, a produção de leite, horticultura, fruticultura, agricultura, apicultura, avicultura e silvicultura.

Mattos, no entanto, mostrou otimismo em relação ao caminho para a normalidade, destacando a recuperação do pasto e a disponibilidade de água.

O presidente da Associação Rural do Uruguai (ARU), Patricio Cortabarría, afirmou no sábado que o Uruguai enfrentou uma das piores secas de sua história. Para ilustrar o impacto, ele disse que 455 mil bezerros a menos nascerão nesta primavera no hemisfério sul, e as perdas na produção de vinho e frutas estão estimadas entre 30% e 50%.

Em seu discurso às autoridades, Cortabarría destacou que a maior parte da contração de 2,5% do PIB no segundo trimestre de 2023 se deve à queda na produção agropecuária. "As perdas são significativas, próximas de US$ 2 bilhões (R$ 9,7 bilhões)", afirmou.

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