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Programa EXAME Agro traz o mercado bilionário das bactérias e fungos do bem

Bioinsumos, produzidos de micro-organismos, são cada vez mais utilizados como métodos de fertilização natural e controle de pragas; programa EXAME Agro mostra as inovações no setor

Bioinsumos movimentam mercado bilionário (Getty Images/Getty Images)

Bioinsumos movimentam mercado bilionário (Getty Images/Getty Images)

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Carla Aranha

Publicado em 30 de junho de 2022 às 10h52.

Última atualização em 30 de junho de 2022 às 11h27.

Produzidos de micro-organismos como bactérias e fungos, os bioinsumos movimentam um mercado de R$ 1,7 bilhão no Brasil. Hoje, 57% dos produtores rurais brasileiros já utilizam métodos de fertilização natural e 78% fazem o controle biológico de pragas, segundo uma pesquisa da consultoria McKinsey. “Há uma demanda crescente pelo uso mais eficaz e produtivo de defensivos agrícolas e pela preservação ambiental”, diz Nelson Ferreira, sócio sênior da McKinsey. “Muitos produtores rurais já entenderam que é preciso começar a adotar uma série de tecnologias e inovações sustentáveis para estar bem posicionado no mercado”.

Atualmente, 33% dos produtores rurais brasileiros consideram altamente estratégico medir o impacto ambiental de seu negócio e 47% dizem que é importante reportar de maneira mais eficiente esse aspecto da gestão, de acordo com uma pesquisa da consultoria PwC. De olho nessa tendência, as empresas do setor têm investido cada vez mais em inovações capazes de proporcionar sustentabilidade no campo. É o caso de companhias como a AgroGalaxy, Oro Agri e Biotrop, atentas à evolução do segmento — as inovações em bioinsumos são tema de episódio inédito do programa EXAME Agro. Assista aqui: 

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Considerado um dos maiores grupos de varejo de insumos agrícolas do país, a AgroGalaxy tem impulsionado as vendas de produtos biológicos. O lucro líquido da empresa alcançou R$ 130 milhões no primeiro trimestre, 356% mais do que no mesmo período do ano passado. “Os bioinsumos representam uma das maiores vertentes de crescimento da empresa, com uma demanda ascendente”, diz Sheila Albuquerque, vice-presidente de negócios da AgroGalaxy.

Outras empresas também vêm investindo no setor. A Biotrop, companhia de defensivos agrícolas controlada pelo fundo Acqua Capital, está investindo R$ 60 milhões para ampliar sua capacidade de produção. A unidade operacional de Curitiba, no Paranã, deve produzir 7 milhões de litros de bioinsumos este ano, quase 70% mais em comparação a 2021.

A Oro Agri também segue fortemente posicionada no mercado de bioinsumos. Fabricante de defensivos agrícolas e de insumos de nutrição vegetal de base biológica de origem sul-africana, a empresa está pavimentando a expansão no Brasil. Com um faturamento de cerca de R$ 120 milhões no país, a multinacional projeta novos saltos de crescimento.

A Biotrop, por sua vez, tem investido no sequenciamento e identificação do DNA das plantas para identificar riscos e necessidades de nutrição específicos. “Bactérias altamente benéficas para o solo contribuem grandemente para a sustentabilidade e progresso da lavoura”, diz Tedson Avezedo, gerente de desenvolvimento técnico da Biotrop.

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