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Produção de laranja no Brasil deve cair para menor nível em 36 anos na safra 2024/25, diz USDA

País deve produzir 12,3 milhões de toneladas da fruta na atual temporada

Produção de laranjas: Matt Stroshane/Bloomberg (Matt Stroshane/Bloomberg)

Produção de laranjas: Matt Stroshane/Bloomberg (Matt Stroshane/Bloomberg)

César H. S. Rezende
César H. S. Rezende

Repórter de agro e macroeconomia

Publicado em 10 de fevereiro de 2025 às 11h56.

Última atualização em 10 de fevereiro de 2025 às 12h05.

A produção brasileira de laranja deve alcançar 12,3 milhões de toneladas (300 milhões de caixas de 40,8 quilos) na safra 2024/25, segundo o adido do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA). Caso confirmado, será o menor volume em 36 anos. Na última safra o Brasil produziu 12,5 milhões de toneladas, de acordo com o órgão norte-americano.

Mesmo com um volume menor, a estimativa do USDA é mais otimista do que a do Fundecitrus, que prevê 9,5 milhões de toneladas (232,38 milhões de caixas) para a safra atual, impactada pelo clima adverso, que pode comprometer o desenvolvimento das laranjeiras.

Para a temporada 2025/26, a colheita está projetada em 320 milhões de caixas de 40,8 quilos, o equivalente a 13 milhões de toneladas.

O USDA projeta estabilidade na área de cultivo, estimada em 590 mil hectares. O consumo doméstico em 2025/26 deve alcançar 2,5 milhões de toneladas, próximo dos 2,6 milhões de toneladas previstas para o ciclo anterior.

A produção brasileira de suco de laranja concentrado e congelado (FCOJ) deve atingir 1,01 milhão de toneladas em 2025/26, um aumento de 8,8% em relação ao período anterior — as exportações estão projetadas para crescer 9,1%, chegando a 953,8 mil toneladas.

Produção de laranja em São Paulo e Minas

O cinturão citrícola de São Paulo e Triângulo/Sudoeste Mineiro, principal região produtora de laranja do Brasil, deve produzir 228,52 milhões de caixas na safra 2024/25, segundo estimativa do Fundecitrus, divulgada nesta segunda-feira, 10.

Segundo a entidade, as chuvas dos últimos dois meses foram bem distribuídas em todas as regiões, superando as previsões e até mesmo a média histórica em dezembro — o cenário contribuiu diretamente para o aumento do tamanho dos frutos da quarta florada, principalmente das variedades Pera e Natal.

Além disso, a redução da taxa de queda das variedades Valência, Folha Murcha e Natal, de 19% da projeção de dezembro para 18% na estimativa atual, impulsionou a produção. O resultado se deve à colheita antecipada das duas primeiras floradas e à menor carga de frutos nas árvores, em comparação com safras anteriores.

O Fundecitrus estima que cerca de 89% da produção tenha sido colhida até meados de janeiro. As variedades precoces já foram colhidas quase totalmente.

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