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Repórter de agro e macroeconomia
Publicado em 5 de março de 2025 às 17h24.
Após recuarem mais de 1% na terça-feira, 4, em razão da decisão do governo chinês de impor tarifas sobre soja e milho dos Estados Unidos como retaliação às tarifas impostas pelo presidente Donald Trump, os preços dos grãos voltaram a subir nesta quarta-feira, 5, na Bolsa de Chicago (CBOT), em um movimento técnico de ajuste de posições.
Mesmo com a notícia de que a China aumentou a meta para a produção de grãos em 2025 para 700 milhões de toneladas, o impacto na bolsa norte-americana foi limitado.
Os preços da soja encerraram o contrato de maio com alta de 1,28%, cotados a US$ 1.011,75/bushel, impulsionados pela alta do farelo de soja e pela queda do dólar, o que favorece as exportações dos EUA. No entanto, a colheita no Brasil, que atingiu 38,3% da área projetada, limitou ganhos mais expressivos, embora ainda esteja acima da média dos últimos cinco anos, segundo a Datagro Consultoria.
O milho também subiu, com o contrato de maio avançando 0,97%, a US$ 440,25/bushel, refletindo o aumento na produção de etanol nos EUA. No entanto, a queda no preço do petróleo WTI desacelerou o otimismo. A colheita de milho no Centro-Sul do Brasil chegou a 31,4%, com o plantio de inverno avançando a 60,6%.
Já o trigo registrou alta de 2,14% no contrato de maio em Chicago, alcançando US$ 548,25/bushel, beneficiado pela valorização dos grãos e pelas melhores perspectivas de exportação da União Europeia, que competem com os suprimentos russos, fortalecendo o mercado global.