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Preço pago pelo ovo se mantém estável no fim de setembro, diz Cepea

Calor extremo contribui para cotações mais tímidas; a expectativa é de alta para outubro

Líder de um setor em franca consolidação, Granja Faria tem 10% do mercado brasileiro e vê espaço para um grande player com share de 25% no médio prazo (Foto: Wenderson Araujo/Trilux/Sistema Senar-CNA) (Wenderson Araujo/Trilux/Sistema Senar-CNA/Divulgação)

Líder de um setor em franca consolidação, Granja Faria tem 10% do mercado brasileiro e vê espaço para um grande player com share de 25% no médio prazo (Foto: Wenderson Araujo/Trilux/Sistema Senar-CNA) (Wenderson Araujo/Trilux/Sistema Senar-CNA/Divulgação)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 2 de outubro de 2023 às 13h42.

Na última semana, o mercado de ovos manteve-se estável, mesmo diante de desafios como a liquidez enfraquecida e o calor extremo, segundo levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), divulgado nesta segunda-feira, 02.

Nos últimos quatro meses, o valor médio pago ao produtor caiu cerca de 30%, de acordo com o Cepea, com base nos preços do município de Bastos (SP), referência na produção. Mesmo com o calor extremo registrado na região do Sudeste ao fim de setembro, a caixa com 30 dúzias se manteve no mesmo patamar da semana anterior e fechou a R$ 134,92.

As altas temperaturas refletem na qualidade do produto, além do tempo de consumo, por ser um item perecível. O calor provocou o chamado estresse térmico nas galinhas poedeiras, cujos ovos produzidos apresentam menos qualidade, apresentando casca mais frágil. 

Ao consumidor, exatamente pelo tempo quente, as granjas e varejistas tendem a jogar o preço para baixo. Em algumas regiões do país, produtores estão oferecendo ovos com desconto, já que desperdiçar a vida útil do produto também significa não ter qualquer retorno sobre os recursos investidos desde a alimentação animal até o transporte.

Leia também: 5 municípios que mais produzem leite, ovos, peixes e mel no Brasil

Preços médios de ovos em regiões produtoras nos estados de Espírito Santo, São Paulo, Minas Gerais e Pernambuco. (Cepea/Esalq/USP/Reprodução)

Os ovos vermelhos enfrentam uma pressão adicional sobre suas cotações, por causa da dificuldade dos produtores em obter valores mais elevados, uma vez que as vendas do produto branco estão em declínio, limitando assim a aceitação dos compradores.

Perspectivas de alta

Para os próximos dias, os pesquisadores do Cepea enxergam um possível aumento nas cotações para quem produz. Isso porque, no início do próximo mês, quando muitos recebem seus salários, a demanda tende a ser impulsonada.

Leia também: Burocracia e alta taxa de juros dificultam gestão da pequena propriedade rural

Além disso, algumas regiões registraram perdas de poedeiras devido às temperaturas elevadas, o que pode reduzir a oferta de ovos no mercado e consequentemente impulsionar os preços às granjas e ao avicultor.

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