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Preço do milho futuro cai 30% em 2023 e registra maior queda em 10 anos

Redução também foi registrada para soja e trigo em Chicago, impulsionada pelas colheitas irregulares no Brasil por causa do clima

Conab: milho verão começa a ser colhido no Rio Grande do Sul e Santa Catarina (Jaelson Lucas/AEN/Divulgação)

Conab: milho verão começa a ser colhido no Rio Grande do Sul e Santa Catarina (Jaelson Lucas/AEN/Divulgação)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 3 de janeiro de 2024 às 18h13.

Última atualização em 3 de janeiro de 2024 às 19h03.

A cotação dos grãos futuros na Bolsa de Chicago — isto é, a commodity que ainda não foi colhida, mas já é colocada previamente à venda — terminou 2023 com queda expressiva em relação a anos passados.

A redução mais significativa foi no milho, cuja queda foi de 31%, de acordo com a agência Reuters — a maior queda anual desde 2013.

O trigo e a soja também registraram quedas anuais acentuadas, de 21% e 15%, respectivamente, depois de colheitas irregulares no Brasil e incertezas sobre o comércio do Mar Negro.

Leia também: StoneX reduz estimativas da soja e aponta recuo na área do milho segunda safra em 2023/2024

O mercado global aguarda os resultados da safra brasileira 2023/2024, à medida que a colheita do milho verão já está em andamento em algumas regiões do país. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) indica colheita efetuada em 0,9% das lavouras, com destaque para o Rio Grande do Sul (3%) e Santa Catarina (2%).

Lavouras brasileiras

Segundo a Conab, as lavouras de milho primeira safra se dividem em 6,3% em fase de emergência, 41,4% em desenvolvimento vegetativo, 21,8% em enchimento de grãos, 21,3% em floração, 8,3% em maturação e 0,9% colhidas.

Além disso, oferta e demanda globais também já miram o milho segunda safra, período mais expressivo para a cultura. O atraso no plantio da soja pode comprometer a janela ideal de semeadura do milho e coloca em dúvida o volume a ser colhido na segunda safra.

Neste primeiro ciclo de cultivo do milho, a Conab projeta uma produção de 25,3 milhões de toneladas — queda de 7,5% em relação à safra anterior. Já a colheita total de milho está estimada em 118,53 milhões de toneladas.

Leia também: A Kicaldo fatura R$ 1,2 bilhão com feijão. Agora, terá nova fábrica de R$ 45 milhões para crescer

No mercado interno, a queda dos preços também foi sentida ao longo de 2023, mas uma leve alta é registrada em janeiro. Segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea-Esalq/USP), o menor valor de 2023 foi atingido em junho, quando a saca chegou a um valor de R$ 54,33. No boletim divulgado nesta terça-feira, 2, o preço é de R$ 69,75.

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